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sábado, 6 de junho de 2015

Potencialize seu cérebro

Como potencializar seu cérebro

AlimentaçãoDiversos

21 de março de 2015

Nootrópicos são substâncias que estimulam a nossa capacidade cognitiva, seja por um incremento na memória, atenção, concentração ou motivação. Os nootrópicos são usados pelos homens há milhares de anos, sendo que atualmente inúmeros novos compostos com maior eficiência foram descobertos. Alguns exemplos de nootrópicos utilizados desde a antiguidade são o café, o chocolate e o tabaco. Pesquisadores estudam há vários anos substâncias que possam melhorar as habilidades mentais. Estas substâncias são chamadas de “estimulantes cognitivos”, “drogas inteligentes” ou “nootrópicos”. (“Nootrópico” vem do grego – “noos =” mente e “tropos” = alterado, em direção a). Os efeitos de melhoria cognitiva podem ser variados, tais como, melhoria da memória, aprendizado, atenção, concentração, resolução de problemas, raciocínio, habilidades sociais, tomada de decisão e planejamento.

A pesquisa destas substâncias foi orientada inicialmente aos indivíduos com deficiências mentais. Posteriormente foram realizadas pesquisas em indivíduos saudáveis. É um campo com potencial ainda pouco explorado, apesar dos benefícios em potencial deste grupo de substâncias serem enormes. Entre os nootrópicos sintéticos mais recentes temos: Ritalina, Anfetaminas, Modafinil, Piracetam, etc. Os nootrópicos podem ser portanto, substâncias naturais ou sintéticas que exerçam atividade positiva sobre as funções cerebrais.

Como estas substâncias funcionam?

  • Aumento do metabolismo cerebral
  • Aumento da circulação cerebral
  • Proteção do cérebro contra danos físicos e químicos

Quais são os efeitos dessas substâncias?

  • O aumento da “energia” mental
  • Aumento da vigilância
  • Diminuição da depressão
  • Melhora da memória
  • Melhora da capacidade de aprendizagem

Nootrópicos

Nootrópico hormonal:  Pregnenolona

A perda gradual da capacidade cognitiva e velocidade de processamento cerebral acometem mais de 80% das pessoas que ultrapassaram os 30 anos de idade. Um grande número de evidências científicas demonstra, de forma clara, que a queda de desempenho cerebral não é um fato irrevogável, podendo ter o seu curso modificado. Dentro deste contexto, insere-se a Pregnenolona, um dos mais importantes hormônios do corpo humano e essencial em qualquer faixa etária. A Pregnenolona é um abundante hormônio cerebral que pode ajudar no processo da memória, sendo precursor (formador) da maioria dos hormônios esteróides ( sexuais e adrenais). Além de sua função de precursor dos nossos principais hormônios sexuais e adrenais, a pregnenolona têm função de neurotransmissor  e estímulo da neurogênese (formação de neurônios novos) comprovado em estudos em animais. Já em 1950, o Dr. Edward Anderson um célebre neurofisiologista, publicou no Jornal de Endocrinologia a seguinte  frase  “A Pregnenolona   parece ter   nítidos benefícios e merece a atenção  do meio  médico, além de não terem sido evidenciados nenhum efeito adverso na fisiologia endócrina e sua ação  mostrou-se promissora  no tratamento  das doenças correlacionadas ao processo de envelhecimento “.

Existem diversos outros medicamentos inteligentes sintéticos com atuações diferenciadas sobre os processos mentais. Além dos nootrópicos sintéticos podemos contar com substância naturais para a mesma proposta clínica, como veremos abaixo.

Cafeína – Um dos mais antigos, mais usados e menos eficiente dos nootrópicos. Atua mimetizando o neurotransmissor adenosina e se liga aos seus receptores no cérebro inativando-os. A adenosina tem um papel inibitório no cérebro, e inativação dos seus receptores aumenta a função cerebral. Além disso a cafeína e seus metabólitos aumentam as concentrações plasmáticas de adrenalina, com isso aumentando os batimentos cardíacos, pressão sanguínea e estresse. Como resultado, a longo prazo ela aumenta a incidência de infartos. Após longo período de uso se desenvolve tolerância e a interrupção causa depressão, irritabilidade e sonolência.

Fosfatidilserina – é uma substancia lipídica que é incorporada nas membranas de todas as células cerebrais e ela garante que haja boa comunicação entre as células, o que garante um bom funcionamento cerebral.  O uso de fosfatidilserina auxilia a reduzir os níveis de cortisol fruto do aumento do estresse, reduzindo seu impacto negativo sobre o cérebro. Ela age na memória e na reversão da redução da memória causada pela idade. Trabalhos com indivíduos mais velhos mostra que a ingestão diária desta substancia mostrou melhora do aprendizado, lembrança de nomes, imagens e números comparado com pessoas que não ingeriram.

Colina ou fosfatidilcolina – colina é uma vitamina do complexo B que auxilia no funcionamento cerebral. É um componente da molécula da acetilcolina, um neurotransmissor necessário para a memória. A colina também faz parte da molécula de fosfatidilcolina um lipídio necessário pelas células cerebrais.  A maior fonte de colina da dieta é a gema do ovo, que deveria ser consumida diariamente por aqueles que desejam melhorar a memória.

Guaraná (Paullinia cupana) – 1 colher de chá de pó ou utilizá-lo na forma de cápsulas pode ser interessante para aumentar a acetilcolina. Não exagerar na administração pois pode favorecer aumento da ansiedade, taquicardia e aumento de pressão arterial.

Cacau (Theobroma cacao) – usar o cacau desengordurado especialmente orgânico – 1 colher de sopa ao dia melhora a função cognitiva.

Ômega-3 proveniente do óleo de peixe – o Ômega-3 é um tipo de gordura essencial uma das mais saudáveis que podemos ter. Ele auxilia no desenvolvimento cerebral em crianças e na manutenção da função cerebral normal em adultos. Podemos encontrar o Ômega-3 em sementes de chia, de linhaça, nozes e nos peixes de água fria e profunda como a sardinha, o atum, o salmão, a cavala e a cavalinha, onde a biodisponibilidade é maior que nas sementes de linhaça, mas menor que nas sementes de chia.  Dois componentes ativos do Ômega-3 o EPA e o DHA são incorporados nas membranas das células do cérebro. Alguns autores têm mencionado que problemas comportamentais em crianças, principalmente com o distúrbio do déficit de atenção e hiperatividade, podem estar relacionados com uma deficiência de ácidos graxos poliinsaturados na alimentação e nas células cerebrais, principalmente a escassez de Ômega-3.

Ginkgo biloba – aumenta o fluxo sanguíneo cerebral aumentando a sua atividade e inibe a ação de uma enzima que degrada a acetilcolina, sendo assim os níveis de acetilcolina são mantidos mais tempo em níveis ótimos. Em estudos animais, o papel do Ginkgo biloba foi relacionado ao aumento do funcionamento de genes no cérebro relacionados ao aprendizado e a memória. O Ginkgo biloba por interferir com outros medicamentos não deve ser consumido sem prescrição medica.

Huperzine A (extraído da erva chinesa Huperzia serrata) – consegue inibir por 3 horas a enzima que degrada a acetilcolina (acetilcolinesterase), deixando este neurotransmissor mais tempo ativo, o que aumenta a memória.  Não disponível em alimento mas em cápsulas manipuladas em farmácias de manipulação.

Antioxidantes: vitamina A, C , E, carotenóides, selênio – todos auxiliam a evitar o processo de oxidação no cérebro que reduz as suas funções. O cérebro é altamente suscetível a oxidação devido ao seu alto conteúdo de lipídios e a baixa concentração de antioxidantes cerebrais.  O ideal é ter fontes alimentares variadas como castanhas do Brasil e outros frutos oleaginosos como sementes de abóbora, girassol, nozes e amêndoas. A vitamina C amplamente distribuída em frutas como laranja, acerola, goiaba, morango e em vegetais verdes escuros como brócolis, couve e salsinha. Os carotenóides estão disponíveis em vegetais verdes escuros, amarelos, laranja e avermelhados.

Ginseng (Panax ginseng) – para a memória e ajuda a se adaptar ao estresse, um dos maiores causadores da redução de memória em indivíduos jovens. A partir da redução dos efeitos do estresse o ginseng auxilia na melhora da memória.

Grãos integrais – ricos em vitaminas do complexo B – melhora da função cognitiva. Naturalmente presente em cereais integrais como arroz, centeio, gérmen de trigo, vegetais verdes, lentilhas, feijão, peixes, gema de ovo. Introduzir pelo menos 2 colheres de servir nas principais refeições.

Óleo de abóbora, semente de abóbora – contém beta-sitosterol, uma molécula que consegue fazer com que a adrenal produza menor quantidade de hormônio do estresse, levando a uma maior atividade cerebral.

L-Tirosina: Aminoácido precursor de dopamina. Aumenta as concentrações de dopamina levemente. Estudos revelam desempenho semelhante a anfetaminas em pessoas sem dormir.

Creatina: Aumenta disponibilidade de energia no cérebro. É a principal fonte energética do mesmo.

Coenzima Q10: Aumenta disponibilidade de energia no cérebro, tem papel no ciclo de Krebs na mitocôndria (e faz bem pra um bando de outras coisas).

Vitaminas do Complexo B: As vitaminas B1, B6, B2 e o ácido pantotênico (B5) são cofatores na produção de dopamina.


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