segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Sobre cocos e colesterol

Sobre cocos e colesterol!



SOBRE COCO, GORDURA SATURADA E TAXAS DE COLESTEROL

Colesterol e cocos

Dr. Ian Prior e sua equipe de Wellington, Nova Zelândia, estudaram a população das Ilhas de Tokelau e dos atóis de Pukapuka,4 onde a comida principal é feita a base de cocos, preparados de vários modos.
Frutos do mar e galinha também estão no cardápio. Cocos contêm grandes quantias de gordura. Ao contrário da maioria dos outros tipos de gordura de vegetais, o coco é alto em ácidos graxos saturados. Na realidade, a gordura de coco é mais saturada que a gordura animal.
Nas Ilhas de Tokelau a quantia de gordura saturada era quase duas vezes que a de Pukapuka que já é mais elevada que nos EUA, enquanto o consumo de óleos poliinsaturados era baixo em ambas as ilhas.
Os cientistas confirmaram que os polinésios realmente comem esta grande quantia de ácidos graxos saturados analisando a gordura sob sua pele. Eles removeram um pouco desta gordura com uma seringa e encontraram em seu conteúdo ácidos graxos saturados em quantia duas vezes maior que o dos ocidentais. Também, as galinhas que os insulanos do Pacífico comem têm um conteúdo alto de ácidos graxos saturados em sua gordura, provavelmente porque elas também consomem uma quantia considerável de coco.
O colesterol dos Tokelaus era mais alto que isso dos habitantes de Pukapuka, como esperado de acordo com a idéia de dieta cardíaca, mas era pelo menos 20 por cento menor do que deveria ter sido se os cálculos de Dr. Keys estivessem corretos.
Mas a parte mais interessante deste estudo se tornou aparente mais tarde. Em 1966, um tornado arrancou um grande número dos coqueiros das ilhas. Os atóis já não puderam alimentar seus habitantes, e mil Tokelaus migraram para Nova Zelândia. A Nova Zelândia mudou de forma marcante suas dietas; a quantia de calorias a partir de gordura saturada ficou cortada pela metade enquanto a entrada de gordura poliinsaturada aumentou relativamente5.
Aqui estava uma oportunidade perfeita para provar a hipótese da dieta cardíaca, mas os resultados desta mudança “favorável” na dieta não cumpriram as expectativas. Em vez de baixar como esperado, o colesterol dos Tokelaus aumentou em aproximadamente 10%, como mostrado na tabela a seguir:
Proporção de energia 
a partir de:

TOKELAU
     NOVA ZELÂNDIA
Gordura Saturada:                          
    45 %
                21 %
Gordura poli-insaturada
    03 %
                04 %

Colesterol Sangue:
Homens   45-54 anos
   195
               219
Mulheres 45-54 anos          
   213
               225
Tabela 3A. Percentual de gordura dos alimentos para os habitantes  Tokelau (na sua terra) e imigrantes Tokelau na Nova Zelândia, e seus níveis de colesterol.

Assim, algo no ambiente ou no estilo de vida na Nova Zelândia teve um grande impacto no Tokelaus a ponto dos níveis de colesterol aumentarem, embora o consumo de gordura saturada estivesse reduzido pela metade.

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