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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Obesidade no Brasil dispara

Obesidade no Brasil dispara!

Todo mundo sabe que o brasileiro come um pãozinho no café da manhã, um pãozinho ou um pedaço de bolo no lanche da tarde e está sempre consumido alguma massa, independente de qual forma, salgados, macarrão, lasanha, canelone, nhoque, pizza e assim vai… Arroz e feijão refogado com óleo industrial, acompanhado de um refrigerante ou suco e uma sobremesa para completar o almoço.
Bom, se fosse apenas o arroz e o feijão não estaríamos no estado atual de calamidade, com os níveis de obesidade, diabetes e síndrome metabólica disparando como os níveis norte-americanos. Estaríamos sim em níveis muito inferiores, mais próximos aos de algumas décadas atrás, quando éramos crianças ou jovens, de acordo com os novos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Estamos caminhando firmes em direção ao fundo do poço, com repercussões para saúde que mal podemos imaginar.
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As estatísticas não mentem. Neste mês de agosto de 2015, na terceira edição da pesquisa nacional de saúde de 2013, a entidade constatou que quase 2/3 da população brasileira está acima do peso (58,6%), muito parecido com as taxas dos americanos.
Esta não é nenhuma grande surpresa, pois de acordo com o longo estudo do IBGE publicado em 2005 que li por completo, os alimentos que o brasileiro mais consome são o “arroz beneficiado, feijão e a farinha de trigo” de acordo com o coordenador de Agropecuária do instituto de estatística, Carlos Alberto Lauria. O estudo ainda revelou que o consumo de trigo é bem elevado, comparado ao consumo de arroz. Má notícia para os brasileiros, que foi refletida agora nos dados estatísticos de 2015, com a epidemia de obesidade no Brasil.
Isso comprova o que a ciência há muito tempo atesta, por meio de experimentos clínicos, o fato de que não importa se o consumo excessivo de carboidratos vem através de sanduíches de redes de fast food, ou se ele vem através de pão com requeijão light, ou se o açúcar vem através de refrigerantes ou sucos, metabolicamente será processado pelo fígado e convertido em gordura visceral, abdominal e eventualmente poderá levar a diabetes, se houver suscetibilidade genética.
O brasileiro consumia de 54 a 58% das calorias diárias na forma de carboidratos, sendo estes os principais, de acordo com outra pesquisa do IBGE realizada em 2008-2009. Segundo os mesmos dados, o brasileiro, em média, consome mais de 300g de carboidratos por dia.
O fato mais revelador deste novo relatório de 2015 não foi apenas o índice de sobrepeso que aumentou de 42,3% a dez anos atrás para 58,6% neste ano, mas os níveis de obesidade de nossa nação (ordem e progresso é uma piada de mau gosto) subiu de 11,7% em 2005 para 21,5% da população adulta, neste ano! Você leu certo, a obesidade dobrou em 10 anos, para a alegria dos spas e para a tristeza de quem souber que está diabético. No relatório de 2008-2009 este índice era de 15,2%, o meio termo entre os dados de 2003-2005 a 2015, o que significa que se continuarmos nesta trajetória, a matemática diz que teremos perto de 30% da população obesa em uma década, no ano de 2025.
Estamos nos tornando uma nação obesa e a matéria por trás disso, como os dados mostram, são os carboidratos, principalmente os refinados na forma de pão, farináceos, açúcar e derivados. É isso pessoal, não tem muito para onde fugir, podemos reverter este quadro, ou cruzar os dedos e esperar que o melhor aconteça, que a medicina nos salve, entretanto, esperança por si só tende a ser a pior estratégia. Muita gente não sobrevive a ataques cardíacos, do mesmo modo que uma grande parcela não se salva do câncer de pulmão, após fumarem por décadas. Não podemos prever nosso destino, mas escolhemos se paramos de fumar ou vivemos cruzando os dedos.

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