segunda-feira, 28 de março de 2016

XENOESTRÓGENOS

 XENOESTRÓGENOS
 O segundo assunto, que levantarei aqui rapidamente, são os xenoestrógenos. O termo “xenoestrógeno” é usado para identificar uma série de substâncias químicas tóxicas produzidas pelo homem que confundem os receptores celulares dos estrogênios no organismo, interferindo nas mensagens bioquímicas naturais, pela habilidade de mimetizar ou bloquear a atividade dos hormônios naturais, ou ainda alterando a forma como os hormônios e seus receptores proteicos são elaborados, metabolizados e a forma de sua atuação.
São dificilmente excretadas, lipossolúveis (solúveis em gordura) e acumulam nos tecidos gordurosos, no cérebro, no aparelho reprodutor e em outros órgãos. Na maioria das vezes, os xenoestrogênios são na maioria gerados pela indústria petroquímica, e sabemos que os produtos petroquímicos estão por todos os lugares do planeta. Muitos dos mimetizadores hormonais são organoclorados produzidos pela reação do gás cloro com hidrocarbonetos do petróleo. São utilizadas em plásticos, agrotóxicos, solventes, agentes de branqueamento (para roupas e outras), refrigerações e em outros produtos químicos. Podemos citar:
 - Alquilfenóis (produtos químicos intermédios utilizados no fabricação de outros produtos químicos);
- Atrazina (herbicida);
- 4-metilbenzilideno cânfora (4-MBC) (cremes protetores solares);
- Hidroxianisol butilado , BHA (conservante de alimentos);
- Bisfenol A (antioxidante em plásticos monómeros para policarbonato de plástico e de resina epoxi);
- Dichlorodiphenyldichloroethylene (um dos produtos de degradação de DDT);
- Dieldrin (inseticida proibido);
- DDT (inseticida proibido);
- Endosulfan (inseticida amplamente proibido);
- Eritrosina;
- Etinilestradiol (pílula anticoncepcional liberada no meio ambiente como uma molécula Xenoestrogênica);
- Heptacloro (inseticida restrito);
- Lindano , hexaclorociclohexano (inseticida restrito);
- Metalloestrogens (uma classe de xenoestrogenos inorgânicos);
- Methoxychlor (inseticida proibido);
- Nonilfenol e seus derivados (surfatantes industriais; emulsificantes para polimerização em emulsão; detergentes de laboratório; pesticidas);
- Pentaclorofenol (biocida geral restrito e preservadores de madeira);
- Bifenis policlorados , PCB (anteriormente utilizado em óleos elétricos, lubrificantes, adesivos, tintas);
- Parabenos (loções) ftalatos ( plastificantes);
- DEHP (plastificante para o PVC);
- Gaiato de propilo (usado para proteger os óleos e gorduras em produtos de oxidação). 
Xenoestrógenos: Uma ameaça à vida moderna 19
 “Em razão de se degradarem tão lentamente, espalharam-se por todo o planeta tanto pelo ar como pelas águas, passando a integrar os tecidos vivos. Atualmente contaminam todos os ecossistemas e os organismos vivos. Continuarão assim por décadas e décadas. Dificilmente excretadas, são lipossolúveis, acumulando-se nos tecidos gordurosos, no cérebro, no aparelho reprodutor e outros órgãos. Grandes volumes destas substâncias biomagnificam na cadeia alimentar com as piores concentrações no seu topo, onde estão os seres que se alimentam de animais como os humanos e outros mamíferos, além de pássaros e répteis.
Alterando as funções principais dos estrogênios e androgênios, podem desencadear uma torrente de excepcionalidades na saúde da reprodução e do desenvolvimento.  A queda de 50% no número de espermatozóides humanos, globalmente, entre os anos de 1938 e 1990, além das alterações no comportamento sexual, depressão imunológica, deformidades genitais, cânceres de mama, ovários, útero, de próstata e testicular além de desordens neurológicas.  A doença fibrocística da mama, a síndrome policística ovariana, endometriose, fibroadenomas uterinos e doenças inflamatórias pélvicas também estão sob suspeita. Estes problemas podem ser influenciados pelas exposições, crônicas ou de desenvolvimento, através do ciclo da vida a essas substâncias.
As consequências potenciais desta superexposição aparecerão especialmente sobre as futuras gerações. Os embriões e os fetos cujo crescimento e desenvolvimento são altamente controlados pelo sistema endócrino recebem os contaminantes na fase pré-natal ainda no ovo (anfíbios, répteis e pássaros) ou no útero (mamíferos). Mesmo que adultos expostos não apresentem nenhum efeito deletério, seus descendentes poderão apresentar, em toda sua vida, anormalidades reprodutivas ou em sua saúde. 
Além do que foram citados acima, efeitos que incluem masculinização das fêmeas e feminização dos machos (redução no tamanho do pênis e dos testículos) além da retenção dos testículos e da alteração na densidade e na estrutura dos ossos.
Os xenoestrogênios são na maioria das vezes gerados pela indústria petroquímica e, desafortunadamente para nossa saúde, os produtos petroquímicos estão, hoje em dia, por todos os lugares deste planeta. Máquinas, carros e mesmo algumas usinas termoeléctricas, movem-se com petroquímicos como a gasolina, o diesel, os gases naturais e similares. Muitos dos mimetizadores hormonais são organoclorados produzidos pela reação do gás cloro com hidrocarbonetos do petróleo. São utilizadas em plásticos, agrotóxicos, solventes, agentes de branqueamento (para roupas e outras), refrigerações e em outros produtos químicos. Milhares são subprodutos do tratamento de água, do branqueamento do papel e da incineração de produtos clorados. 
Milhões de produtos, incluindo vários plásticos (polivinil cloreto/PVC e policarbonatos/PC, ambos encontrados em amadeiras para nenês, brinquedos infantis, filmes transparentes para embalar alimentos e garrafas de água mineral), PCB (policloretos bifenilos), medicamentos, roupas, alimentos, alvejantes domésticos, desodorizantes de ar, produtos de higiene pessoal (cosméticos, perfumes, antiperspirantes, sabonetes, pastas dentifrícias e higienizadores bucais), agrotóxicos e herbicidas (como DDT, dieldrin, aldrin, hepacloro, etc.) também contém ou são feitos dos petroquímicos. Muitos de nós trabalhamos ou vivemos em áreas altamente contaminadas onde os efeitos sinérgicos podem apresentar doses “seguras” (aceitáveis) de diferentes substâncias químicas, medicamentos, radiações, frequências eletromagnéticas e outras, e que são milhares de vezes mais tóxicas quando estão juntas.
Dezesseis substâncias “POP’s” (poluentes orgânicos persistentes) foram identificadas para ação prioritária da ONU. Pelo menos seis – PCB’s, dioxinas, furanos, hexaclorobenzeno (HCB), lindano e cadeias curtas de parafinas cloradas – são ainda geradas, produzidas e utilizadas no Canadá. A água potável pode estar contaminada por outro composto comprovadamente estrogênicos o nonylphenol e o endosulfan que continuam sendo utilizados em plásticos e agrotóxicos, além de estarem presentes na composição também de detergentes líquidos domésticos e de lavanderias, alvejantes multi-uso, sabonetes e shampoos. Compostos mimetizadores de hormônios como os ftalatos são utilizados como plastificantes no PVC, em tinta para escrever/imprimir, para pintar e em colas. O lixo plástico pode ser a fonte mais importante da presença do bisfenol-A – estabilizante tóxico empregado no PVC – nos efluentes líquidos lixiviados pelos aterros de lixo. E será mais terrível ainda se este lixo for incinerado.
As cinzas voláteis originárias das indústrias, dos incineradores de lixos domésticos ou resíduos perigosos, têm altas quantidades de mimetizadores hormonais e cancerígenos como a dioxina (uma das mais violentas) além de chumbo, mercúrio e cádmio, estes também mimetizadores estrogênicos. Estas cinzas depositam-se sobre as plantas que comemos além de contaminar os animais domésticos e os peixes, concentrando substâncias tóxicas no ser humano. A poeira doméstica, velhas tintas e a água parada em tonéis são outras fontes comuns de chumbo. Tal qual como com os petroquímicos, a queima de combustíveis fósseis libera mercúrio e cádmio. Mercúrio pode também ser um sério perigo em obturações de dentes. Dois por cento da população de cidades, acima de um milhão de habitantes, têm níveis dez vezes maiores de mercúrio no sangue, no limiar de gerarem efeitos neurológicos.
Nossa alimentação é um dos caminhos mais inconscientes quanto à contaminação por mimetizadores hormonais. O alimento processado, na maioria das vezes com excesso de açucares e gorduras hidrogenadas, enfraquece o sistema imunológico e atinge, hoje, 80% de nosso suprimento alimentar. Embalagens, conservantes, colorantes e flavorizantes artificiais, podem ser todos perigosos. Envases plásticos, copos de poliestireno (PS), filmes para embalar alimentos ou revestimento plástico interno de latas, podem conter PVC’s, alquifenóis, nonilfenóis, bisfenol-A e ftalatos. Todos são conhecidos estrogênios sintéticos (xenoestrogênios) que migram para o alimento quando aquecido ou guardado por longos períodos. Um destes ftalatos, sigla DEHP ou DOP, é encontrado em alguns filmes transparentes para embalar alimentos. O DEHP pode também estar contaminando outros alimentos embalados com filmes transparentes, especialmente aqueles com altos teores de gordura como carnes. O plastificante, enrijecedor plástico, bisfenol-A, encontrado no policarbonato de mamadeiras infantis, foi identificado em um relatório do governo dos EUA de 1997, como um disruptor endócrino químico que se libera, incontestavelmente, da resina policarbonato para o líquido quando aquecido (pesquisas minuciosas e replicadas encontraram efeitos biológicos mesmo em níveis extremamente baixos).
Alimentos de origem animal são a maior fonte de substâncias hormonalmente ativas em nossos alimentos e nos lençóis freáticos. A gordura animal e de laticínios tem alta concentração – carne bovina e produtos lácteos são os piores com altos resíduos de DDT e de outros agrotóxicos organoclorados além de antibióticos, drogas veterinárias e hormônios sexuais de estímulo de crescimento. Hormônios implantados na orelha de praticamente todos os animais de corte são totalmente sem regulamentação. Resíduos 300 vezes acima dos limites legais, comumente encontrados em carne, vem via de regra destes implantes, aplicados ilegalmente no músculo do animal para resultados mais rápidos. O hormônio de crescimento “rBGH” em gado leiteiro produz altas quantidades do “fator de crescimento tipo insulina” que encoraja a divisão celular e a virulência do câncer de mama. Os agrotóxicos acumulam-se na gordura animal.
Tomando isto como um degrau à frente, os hormônios sintéticos também entram nos lençóis hídricos através da urina das mulheres e daí na cadeia alimentar. Isto também elevou nossos níveis de exposição aos estrogênios ambientais.” 
XENOESTROGÊNIOS – NOSSO FUTURO ROUBADO 20
 “Uma das ameaças mais graves à humanidade neste início do século 21 é a degradação ambiental decorrente das tecnologias que sustentam as lógicas da produção global. Elementos tóxicos potenciais causadores de doenças – desde alergias até mutações genéticas e cânceres – estão no ar, na água, nos alimentos, nas roupas, nos aviões, nos carros e em lugares insuspeitos de nossas casas, como o chuveiro elétrico. 
A revolução industrial foi o marco da emissão massiva de toxinas, a partir da queima de carvão e óleo. Mas hoje já há inúmeros outros agentes, mais perigosos, produzidos em escala mundial, progressivamente desde 1930.
Os Xenoestrogênios, também conhecidos como disruptores endócrinos, fazem parte de um grupo de várias centenas de substâncias químicas – tais como o policloreto befenilas (PCBs), ftalatos e as dioxinas – utilizados em tudo, dos agrotóxicos aos retardadores de chamas, dos cosméticos aos fármacos, equipamentos, aparelhos e embalagens feitas com plástico, isopor e alumínio, produtos de limpeza para casa e aromatizantes de ambientes. Alguns deles alteram as funções de alguns hormônios em animais e no homem, inclusive bloqueando sua ação normal ou interferindo em como eles são produzidos nos organismos. E vão desde os hormônios que regulam atividades como o crescimento e o desenvolvimento até o comportamento, sendo seu potencial de danos bem claro.
“Muitos destes químicos podem afetar o desenvolvimento desde o útero”, diz Andreas Kortenkamp, um toxicologista da London University’s School of Pharmacy. ”O problema é que estes efeitos não são detectados nas análises de rotina”, afirma. Isso ocorre porque os níveis considerados seguros, segundo as agências governamentais que regulam o uso dessas substâncias, são mais elevados que o nível necessário para causar as alterações bioquímicas progressivas que levarão finalmente a lesões irreversíveis no organismo, como malformações fetais. Além do efeito cumulativo individual, essas substâncias têm sinergismo entre si, onde o acúmulo de umas eleva o potencial lesivo de outras.
A conexão entre estas substâncias e os efeitos deletérios na vida selvagem já está bem definida: ursos polares pseudo-hermafroditas com micro-pênis, panteras com testículos atrofiados e trutas machos com ovas crescendo em seus testículos, além de jacarés-macho com características de fêmeas. Todos os fatos bem documentados como resultado dos disruptores endócrinos presentes no ambiente. As alterações que estão ocorrendo na natureza são uma vitrine dos nossos hábitos comportamentais e de consumo; a vida selvagem tem trazido, há muito tempo, alertas sobre os efeitos gerados pelos disruptores endócrinos, já que existem inúmeros trabalhos apontando para os efeitos deletérios dos Xenoestrogênios desde 1950.
Cientistas têm suspeitado, há longo tempo, que a presença destes químicos é também responsável pela alta prevalência de problemas de fertilidade em homens e pelo aumento na incidência de cânceres de tireóide, de mama e testicular.
Em 2005, cientistas na América do Norte (Swan et al.) confirmaram este temor de que uma classe de químicos conhecidos como ftalatos – utilizados para deixar os plásticos mais maleáveis – causam danos ao desenvolvimento de meninos ainda no útero materno. Pesquisadores já sabem há tempos que altas doses desta substância são danosas, mas este último trabalho sugere que mesmo em níveis normais – aqueles comumente encontrados em brinquedos, sacolas plásticas e filmes plásticos para alimentos – podem causar rupturas no desenvolvimento de órgãos reprodutivos dos machos.
Indícios adicionais para uma feminização silenciosa foram detectados pelo médico dinamarquês Niels Skakkebaek, da Universidade de Copenhagen, que publicou estes dados, para discussão, na revista médica “The Lancet”. Desde 1940 o número de espermatozóides por mililitro cúbico de sêmen dos homens, reduziu-se à metade. Concomitantemente, avolumaram-se os casos de cânceres testiculares e as deformidades dos órgãos genitais.
Estes fenômenos, segundo Skakkebaek, têm o mesmo motivo: os homens e os animais machos estão expostos a níveis nunca antes existentes de substâncias que se assemelham a hormônios sexuais femininos. ”A sexualidade masculina se afoga num mar de estrogênios artificiais”, diz Skakkebaek.
A habilidade destas substâncias sintéticas de imitar o comportamento dos estrogênios surpreendeu até os profissionais mais experientes. Normalmente os hormônios naturais têm suas funções bem específicas, induzem reações bioquímicas ao se encaixarem com precisão nos receptores protéicos presentes nas células. Mas os Xenoestrógenos, moléculas químicas artificiais, portam-se como embusteiros já que imitam a ação dos esteróides sexuais. Conseguem enganar processos orgânicos vitais fazendo com que o corpo acredite que são estrogênios endógenos naturais. Embora os estrogênios artificiais em sua estrutura química sejam, muitas vezes, bastante diferentes dos estrógenos naturais, conseguem se conectar aos receptores correspondentes e sinalizarem reações “feminizantes” para o corpo. Deslocando os hormônios verdadeiros para fora de sua rota natural, tornam-se ativos e aptos. Substituindo os hormônios naturais, estes impostores são capazes de enviar sinais errados para o receptor químico que transporta o hormônio natural, tomando seu lugar na rota metabólica em que trabalha. Em estudos conduzidos em laboratório, por exemplo, ratos machos tratados com dioxina comportaram-se como fêmeas em cio.
Vimos que a contaminação ambiental e, consequentemente, a dos nossos organismos, já atingiu níveis críticos. Para piorar a situação, ainda não existem políticas claras, de saúde ou ambientais, eficazes no combate e/ou redução da poluição ambiental com Xenoestrogênios. Então, o que podemos fazer para nos proteger dessa onda avassaladora que ameaça a própria sobrevivência da nossa e de outras espécies?

Concluindo, esta contaminação de estrogênios ambientais é global. Está praticamente impossível escaparmos de um confronto com estas moléculas químicas. Entretanto, algumas mudanças de hábitos alimentares, substituições de utensílios domésticos e objetos de uso diário, e uso regular de antioxidantes, sejam o I3C como outros nutrientes, podem desempenhar um importante papel, protegendo-nos, ao menos parcialmente, dos efeitos perigosos gerados por tais ecoestrogênios. Então, vamos juntos pôr mãos à obra na busca de uma vida mais saudável para nós, nossos filhos e as gerações que ainda virão. Ainda há tempo de reaver nosso futuro roubado.” 
Depois de tudo isto, vemos que estamos vivendo em mundo “encharcado” de estrogênios: os hormonais e os sintéticos, liberados pelas mulheres pela urina, e os xenoestrogênios, liberados pela indústria química e petrolífera… Homens e mulheres; crianças, adultos e idosos; seres humanos e animais, estamos todos vivendo num oceano de hormônios feminilizantes, onde parece que ninguém vai sair ganhando, além do capitalismo selvagem que dá 70% de todas as riquezas do mundo para 10% da humanidade! 
AGROTÓXICOS E SAÚDE FEMININA
Estudo aponta agrotóxico em leite materno em MT
“O leite materno de mulheres de Lucas do Rio Verde, cidade de 45 mil habitantes na região central de Mato Grosso, está contaminado por agrotóxicos, segundo uma pesquisa da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), informa a reportagem de Natália Cancian e Marília Rocha publicada na Folha desta quarta-feira.  
Foram coletadas amostras de leite de 62 mulheres, 3 delas da zona rural, entre fevereiro e junho de 2010. O município é um dos principais produtores de grãos do Estado. A presença de agrotóxicos foi detectada em todas. Em algumas delas havia até seis tipos diferentes do produto.
OUTRO LADO
A Associação Nacional de Defesa Vegetal, representante dos produtores de agrotóxicos, diz desconhecer detalhes da pesquisa, mas ressalta que a avaliação de estudos toxicológicos é complexa.” 21

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