sexta-feira, 2 de setembro de 2016

JEJUM E MASSA MAGRA

JEJUM E MASSA MAGRA

por Adriane Rodriguez

Já é bastante difundida a pratica do jejum, e se conhece bastante dos seus benefícios para a saúde, principalmente para redução de insulina e triglicérides. Mas o que você não esperava é que os treinos realizados sem alteração da insulinemia, podem beneficiar o ganho de massa magra.

As diretrizes atuais não recomendam realizar exercícios em jejum por afirmar erroneamente, sem atentar-se para as questões bioquímicas que envolvem o metabolismo, que executar exercícios sem estar alimentado pode provocar perda de massa muscular. 

Primeiro vamos esclarecer que nenhum alimento por si só, tem a capacidade de aumentar a massa muscular. Se seguirmos a mesma lógica, a não-ingestão de alimentos previamente a uma sessão de treinos não terá nenhuma influência na alteração da musculatura. 

Como então eu posso ganhar massa muscular? Felizmente o ganho de massa magra está relacionado primeiramente com a genética do indivíduo em questão e com o tipo de treino realizado – afinal de contas ninguém acha que comer proteína e fazer caminhadas deixa alguém “sarado” e “definido”, acha? Que bom! Sendo assim podemos prosseguir no nosso raciocínio e entender um pouco mais da bioquímica do jejum no ganho de massa magra.

Basicamente, para que exista hipertrofia, há a necessidade da secreção de um hormônio chamado Hormônio do Crescimento (GH). É um hormônio secretado durante o sono e pasme, em um estudo de 1982 (sim eles já sabiam desde lá) um indivíduo submeteu-se a 40 dias de jejum e os resultados mostraram que, além da melhora de todos os parâmetros lipídicos, queda da pressão arterial e redução de cortisol, houve um aumento de mais de 100% da secreção de GH! 

Mas não se preocupe, outros estudos posteriores foram feitos com períodos mais curtos (e factíveis) mostram que os níveis de GH podem aumentar 5x durante com o passar dos dias em jejum.

De posse dessas informações fica muito mais fácil respeitar sua ausência de fome pela manhã e desenvolver um treino que possibilite otimizar seu rendimento, com a certeza de que é o treino que vai possibilitar sua hipertrofia e que há ainda um benefício no estado não-alimentado que pode servir de anabolizante natural.

Menos pode ser mais!

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