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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

COMO O ESTRESSE E ANSIEDADE PODEM PROVOCAR GASTRITE, REFLUXO E TE DEIXAR DOENTE

COMO O ESTRESSE E ANSIEDADE PODEM PROVOCAR GASTRITE, REFLUXO E TE DEIXAR DOENTE


Entre todos os fatores que contribuem para problemas de saúde e morte prematura, o estresse é talvez o mais perigoso. Para os nossos ancestrais do tempo das cavernas, o estresse tinha uma função biológica de salva-vidas, deixando-nos preparados para correr de predadores ou até mesmo abatê-los.

Porém nos dias atuais, nós estamos acionando essa função “salva-vidas” quando temos problemas com o chefe, quando algo nos desagrada no trânsito ou quando vamos falar em público, por exemplo. O número de situações que desencadeiam nosso mecanismo de resposta ao estresse diariamente é tão grande que se torna difícil de desligá-lo.

Como resultado, você fica estressado e seu corpo produz uma grande quantidade dos perigosos hormônios do estresse durante grande parte do dia. Isto pode ter sérias consequências, desde aumentar a quantidade daquela gordurinha na sua cintura (3), aumentar a sua pressão arterial (1,2), causar problemas digestivos (4) e até mesmo provocar um ataque cardíaco(5).


COMO O ESTRESSE PODE AFETAR O SEU CORPO



Quando você experimenta uma situação de estresse agudo – seja real ou imaginário, o seu corpo não consegue perceber a diferença – seu organismo libera hormônios do estresse ( como o cortisol) que vão preparar você para enfrentar uma situação em que precise correr ou lutar.

Ocorrem diversas reações no corpo: seus batimentos cardíacos aceleram, seus pulmões se enchem com mais oxigênio e a sua circulação sanguínea periférica aumenta. Estas reações vão preparar seu corpo para uma reação rápida.
Por outro lado o corpo procura economizar energia com outras funções que não são prioritárias numa situação de “correr ou lutar”: partes do seu sistema imune ficam temporariamente desativadas e ocorre uma redução do fluxo sanguíneo no sistema digestivo.

Quando o estresse se torna crônico, o seu sistema imune vai reduzindo a sua sensibilidade ao cortisol, e uma vez que a inflamação é parcialmente regulada por este hormônio, essa perda de sensibilidade aumenta a resposta inflamatória que pode ficar fora de controle. (6)
Esta inflamação é um marcador para várias doenças, de diabetes a problemas cardíacos e até mesmo câncer. 

Os níveis elevados de cortisol podem ainda afetar sua memória provocando uma perda gradual de sinapses (ligações) no seu cérebro. (7)

COMO O ESTRESSE PREJUDICA O SEU INTESTINO

O estresse crônico (e também outras emoções negativas como raiva, ansiedade e tristeza) podem desencadear sintomas e provocar doenças no seu intestino. Como os pesquisadores de Harvard explicam: (8)

“A psicologia combina com fatores físicos e provoca dor e outros sintomas intestinais. Fatores psicossociais influenciam a fisiologia intestinal bem como os sintomas.

Em outras palavras, o estresse (ou depressão e outros fatores psicológicos) podem afetar os movimentos e contrações do trato gastrointestinal, provocar inflamação, ou deixar você mais suscetível a infecções.

Além disso, a pesquisa sugere que pessoas com desordens gastrointestinais sentem a dor mais forte do que outras pessoas porque seus cérebros não estão regulando corretamente os sinais do trato gastrointestinal. O estresse pode fazer uma dor existente parecer ainda pior.”

O mecanismo de resposta ao estresse provoca uma série de reações em seu intestino, incluindo:
  • Diminui a absorção de nutrientes
  • Diminui a oxigenação do intestino
  • Reduz cerca de quatro vezes o fluxo sanguíneo no seu sistema digestivo, o que reduz o seu metabolismo
  • Diminuição drástica da produção de enzimas digestivas

A COMUNICAÇÃO ENTRE O CÉREBRO E O INTESTINO

Uma das razões pela qual o seu estresse pode prejudicar o seu intestino é que o seu cérebro e o seu intestino estão sempre se comunicando.

Além do cérebro na sua cabeça, existe uma rede de neurônios no seu intestino que forma o sistema nervoso entérico, que funciona de forma independente e também em conjunto com o cérebro na sua cabeça.

Esta comunicação entre os seus “dois cérebros” ocorre nos dois sentidos, este é o motivo pelo qual a alimentação pode mudar o seu humor ou pela qual a ansiedade pode afetar também o seu estômago.

Veja o que Jane Foster, PhD, professora da Psiquiatria e Neurociência Comportamental da Univerdade McMaster, descreveu em suas pesquisas: (9)

“ ... bactérias do intestino podem alterar a forma como seu sistema imune funciona, o que pode afetar o seu cérebro. As bactérias do intestino também estão envolvidas na digestão e as substâncias que elas produzem quando estão digerindo os alimentos também pode afetar o cérebro.

E sobre certas circunstâncias, como estresse ou infecção, bactérias nocivas do intestino podem acabar passando pelas paredes do intestino e entrar na corrente sanguínea, permitindo que estas bactérias e seus resíduos químicos afetem o cérebro através das células dos vasos sanguíneos.

Bactérias também podem se comunicar diretamente com as células de algumas regiões do cérebro, incluindo aquelas áreas envolvidas com o estresse e o humor...”

RELAÇÃO ENTRE O ESTRESSE E O FUNCIONAMENTO DO ESTÔMAGO

Uma pesquisa feita em cachorros da raça beagle (11) demonstrou que o estresse provoca uma diminuição na taxa de esvaziamento gástrico, ou seja, o estômago demora mais para esvaziar quando se está estressado.

Um estudo de revisão (12) que analisou diversas pesquisas feitas em animais concluiu que em os testes em animais demonstraram que as alterações na mobilidade do sistema gastrointestinal provocadas por estresse físico ou psicológico provocam o retardo no esvaziamento gástrico.

ESTRESSE X PRODUÇÃO DE ÁCIDO NO ESTÔMAGO

Testes feitos em ratos demonstraram que o estresse provocado pelo frio diminui a quantidade de ácido no estômago e provoca úlceras. (10)

Segundo Robert Salposky, Ph.D. em neuroendocrinologia, cientista, escritor e professor de ciências biológicas e de neurologia e ciências neurológicas e também de neurocirurgia na Universidade de Stanford em seu livro “Why Zebras Don´t Get Ulcers” (Porque as zebras não tem úlceras) ele explica que:

- Quando você passa por um período de estresse prolongado, o seu corpo diminui drasticamente a produção de ácido no seu estômago (como vimos o mecanismo de resposta ao estresse inibe a digestão). O seu corpo quando percebe que o ácido não está sendo secretado diminui a formação da mucosa do estômago que tem a função de protegê-lo contra o ácido.

- então quando você come algo que estimula a produção de ácido no estômago para a digestão do alimento começam a ocorrer lesões no seu estômago, que está com a mucosa enfraquecida. Este ciclo ocorrendo repetidas vezes e juntamente com a bactéria H. pylori vai lhe causar gastrite e úlceras.

A baixa produção de ácido no estômago e a diminuição do esvaziamento gástrico vão contribuir também para o surgimento do refluxo. (Se quer entender porque a baixa produção de ácido provoca refluxo CLIQUE AQUI)

COMO COMBATER O ESTRESSE E AUMENTAR SUA ATENÇÃO COM EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS

Exercícios respiratórios além de ajudar o corpo e a mente também podem reduzir a pressão arterial e produzir sensação de calma e relaxamento que nos ajuda a desestressar.
Pesquisas demonstram que durante a prática destes exercícios ocorre um relaxamento devido a mudanças fisiológicas no corpo como diminuição dos batimentos cardíacos, pressão arterial e respiração que são sintomas opostos ao estresse. É como um mecanismo para reverter o estresse em que você começa agindo de fora para dentro.

Vários especialistas nos encorajam a usar a respiração como forma de aumentar nossa consciência, atenção ou para atingir um estado Zen (para os yogis).

Veja um exercício que pode te ajudar:

1. Sama Vritti ou “Respiração Simétrica”

Como fazer: você deve começar inspirando o ar enquanto conta mentalmente até 4, então você vai começar a expirar enquanto conta mentalmente até 4 novamente. A respiração deve ser feita sempre com o nariz, que torna mais fácil o controle da respiração. Este é o básico, com o tempo você pode avançar para 6 a 8 segundos por respiração sempre com um objetivo em mente: acalmar o sistema nervoso, aumentar o foco e reduzir o estresse.

Quando fazer: você pode fazer este exercícios em qualquer hora e lugar para ajudar a acalmar e reduzir o estresse. Você pode ainda usar esta técnica quando estiver deitado na cama se preparando para dormir para ajudar a trazer o sono. É mais eficiente do que contar carneirinhos!

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Além dos exercícios para reduzir o estresse em áudio você vai ter acesso exclusivo a exercícios respiratórios da yoga (pranayama) em vídeo que tiveram eficiência cientificamente comprovada na redução dos sintomas de azia e refluxo.

LIBERTE SUAS EMOCÕES COM A TÉCNICA DE LIBERTAÇÃO EMOCIONAL (EFT)

A sigla EFT vem do inglês Emotional Freedom Techniques (Técnica de Libertação Emocional), ela é uma versão “emocional” da acupuntura, só que sem agulhas. Esta técnica cuida de problemas emocionais.

A contribuição da parte emocional para doenças e sofrimentos físicos é muito maior do que as evidências mostradas até hoje. Todos nós sabemos que quando estamos cheios de raiva, tristeza, culpa ou traumas, isso acaba aparecendo fisicamente. 

A EFT é uma ferramenta psicológica que pode ajudar a reprogramar as reações do seu corpo ao estresse do dia a dia, reduzindo as chances de desenvolver os efeitos nocivos de ficar estressado.

Ela é baseada no mesmo princípio da acupuntura de que a nossa energia vital flui pelo nosso corpo por pontos invisíveis chamados de meridianos. A EFT estimula diferentes pontos meridianos no seu corpo com toques dos seus dedos enquanto você faz algumas afirmações verbais. Ela pode ser feita sozinha em casa ou com a supervisão de um terapeuta qualificado.

Veja este curto vídeo a seguir que mostra como a EFT funciona e fala um pouco sobre sua criação.



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OUTRAS DICAS IMPORTATES PARA REDUZIR O ESTRESSE

Existem várias técnicas com objetivo de reduzir o estresse, o negócio é você descobrir o que funciona melhor para você e incluir estas técnicas em sua rotina diária.
Uma coisa muito importante é você se certificar de dormir o suficiente, uma vez que a privação do sono reduz a capacidade do corpo lidar com estresse e aumenta o fator de risco de algumas doenças.  Além disso, outras técnicas para reduzir o estresse incluem:

  • Praticar atividade física regular
  • Yoga
  • Procurar rir e se divertir mais
  • Se conectar socialmente – fazer amizades, passar com os amigos ou família
  • Música - ouvir músicas relaxantes podem reduzir os níveis de estresse quase que imediatamente
  • Aromaterapia
  • Contato com a natureza


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Fontes:
  1. HEIDT, Timo et al. Chronic variable stress activates hematopoietic stem cells. Nature medicine, v. 20, n. 7, p. 754-758, 2014.
  2. VRIJKOTTE, Tanja GM; VAN DOORNEN, Lorenz JP; DE GEUS, Eco JC. Effects of work stress on ambulatory blood pressure, heart rate, and heart rate variability. Hypertension, v. 35, n. 4, p. 880-886, 2000.
  3. MOYER, Anne E. et al. StressInduced Cortisol Response and Fat Distribution in Women. Obesity research, v. 2, n. 3, p. 255-262, 1994.
  4. LAMBERT, G. P. Stress-induced gastrointestinal barrier dysfunction and its inflammatory effects.Journal of animal science, v. 87, n. 14_suppl, p. E101-E108, 2009.
  5. TRICHOPOULOS, Dimitrios et al. Psychological stress and fatal heart attack: the Athens (1981) earthquake natural experiment. The Lancet, v. 321, n. 8322, p. 441-444, 1983.
  6. COHEN, Sheldon et al. Chronic stress, glucocorticoid receptor resistance, inflammation, and disease risk. Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 109, n. 16, p. 5995-5999, 2012.
  7. https://now.uiowa.edu/2014/06/stress-hormone-linked-short-term-memory-loss-we-age
  8. http://www.health.harvard.edu/healthbeat/the-gut-brain-connection
  9. FOSTER, Jane A. Gut feelings: bacteria and the brain. Cerebrum, v. 9, 2013.
  10. DAS, Dipak; BANERJEE, Ranajit K. Effect of stress on the antioxidant enzymes and gastric ulceration. Molecular and cellular biochemistry, v. 125, n. 2, p. 115-125, 1993.
  11. MISTIAEN, W. et al. The effect of stress on gastric emptying rate measured with a radionuclide tracer. Hepato-gastroenterology, v. 49, n. 47, p. 1457-1460, 2001.
  12. MÖNNIKES, H. et al. Role of stress in functional gastrointestinal disorders. Digestive Diseases, v. 19, n. 3, p. 201-211, 2001.
  13. SAPOLSKY, Robert M. Why zebras don't get ulcers: The acclaimed guide to stress, stress-related diseases, and coping-now revised and updated. Macmillan, 2004.
  14. http://healthland.time.com/2012/10/08/6-breathing-exercises-to-relax-in-10-minutes-or-less/
  15. http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2016/04/10/how-stress-affects-body.aspx
  16. http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2015/12/17/stress-makes-you-sick.aspx

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