segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Vídeo Além do pensamento

A vida, a liberdade e a busca pela felicidade.
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Vivemos nossas vidas buscando a felicidade "lá fora"
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como se fosse uma mercadoria.
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Nos tornamos escravos de nossos próprios desejos e anseios.
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A felicidade não é algo que pode ser perseguido ou comprado como uma roupa barata.
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Isso é Maya, ilusão, o interminável jogo de formas.
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Na tradição budista, o Samsara, ou o incessante ciclo do sofrimento
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se perpetua pela busca do prazer e a aversão à dor.
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Freud se referiu a isso como o "princípio de prazer".
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Tudo que fazemos é uma tentativa para criar prazer,
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ganhar algo que queremos,
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ou evitar algo indesejável que não queremos.
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Até mesmo um organismo simples como o paramécio faz isso.
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É chamado resposta ao estímulo.
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Diferente de um paramécio, o ser humano tem mais escolhas.
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Somos livres para pensar e aí está o centro do problema.
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É o pensamento sobre o que desejamos que fugiu ao controle.
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O dilema da sociedade moderna é que buscamos entender o mundo,
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não nos termos arcaicos da consciência interior,
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mas ao quantificarmos e qualificarmos o que percebemos
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se tratar do mundo externo, usando meios científicos e o pensamento.
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O pensamento só levou a mais pensamentos e a mais perguntas.
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Buscamos conhecer as mais profundas forças que criam o mundo e guiam seu caminho.
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Mas consideramos essa essência como estando fora de nós mesmos,
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não como uma forma vivente, intrínsica à nossa própria natureza.
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Foi o famoso psiquiatra Carl Jung que disse:
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"Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta."
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Não é errado desejar tornar-se desperto, ser feliz.
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O que é errado é buscar a felicidade fora
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quando só pode ser encontrada dentro.
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Parte Quatro: Além do Pensamento
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No dia 24 de agosto de 2010, na conferência Techonomy, no Lago Tahoe, Califórnia,
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Eric Schmidt, diretor executivo da Google, mencionou uma estatística assustadora:
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A cada dois dias, criamos a mesma quantidade de informação
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que foi criada do início da civilização até o ano de 2003, de acordo com Schmidt.
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Isso signifca cerca de 5 exabytes de dados.
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Nota: 1Tb = 1000Gb, 1Pb = 1000Tb, 1Eb = 1000Pb
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Nunca antes, na história da humanidade, usamos tanto a mente
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e nunca antes houve tamanha confusão no planeta.
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Será que a cada vez que pensamos numa solução para um problema,
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acabamos criando mais dois outros problemas?
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Para que serve todo esse pensar se não nos leva a uma felicidade maior?
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Somos mais felizes? Mais equânimes?
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Mais alegres como resultado de todo esse pensamento?
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Ou ele nos isola,
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nos desconecta de uma experiência de vida muito mais profunda e significativa?
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Pensar, Agir e Fazer precisam estar em equilíbrio com o Ser.
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Afinal de contas, somos Seres Humanos, não Afazeres Humanos.
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Queremos mudança e queremos estabilidade ao mesmo tempo.
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Nossos corações se desconectaram da espiral da vida,
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a lei da mudança,
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enquanto nossas mentes pensantes nos guiaram em direção da estabilidade, segurança
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e a pacificação dos sentidos.
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Com uma fascinação mórbida, assistimos assassinatos, tsunamis, terremotos e guerras.
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Tentamos, constantemente, ocupar nossa mente, preenchê-la com informação.
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Programas de TV sendo transmitidos em todo aparelho imaginável.
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Jogos e quebra-cabeças. Mensagens de texto.
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E todas as trivialidades possíveis.
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Nos deixamos fascinar com uma torrente infinita de novas imagens,
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novas informações, novos meios de tantalizar e pacificar nossos sentidos.
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Em momentos de reflexão interior,
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nosso coração pode nos contar que há algo mais na vida do que nossa realidade atual,
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que vivemos num mundo de espíritos famintos.
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Eternamente desejando e nunca satisfeitos.
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Criamos um redemoinho de dados voando ao redor do planeta
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para facilitar mais ainda o pensamento, mais ideias sobre como consertar o mundo,
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corrigir os problemas que só existem porque nossas mentes os criaram.
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O pensamento criou essa enorme bagunça em que vivemos atualmente.
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Travamos guerras contra doenças, contra inimigos e problemas.
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O paradoxo é que aquilo a que resistimos, persiste.
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Quanto mais você resiste a algo, mais você fortalece esse algo.
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É como exercitar um músculo,
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você está, na verdade, fortalecendo aquilo que você deseja se desfazer.
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E então, qual a alternativa ao pensamento?
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Que outro mecanismo os humanos podem usar para existirem nesse planeta?
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Enquanto a cultura ocidental nos últimos séculos focou-se na exploração do físico
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usando o pensamento e a análise,
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outras culturas antigas desenvolveram tecnologias igualmente sofisticadas
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para explorarem o espaço interior.
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É a perda da conexão com nossos mundos interiores
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que criou o desequilíbrio em nosso planeta.
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O antigo conselho "Conhece-te a ti mesmo"
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foi substituído pelo desejo de experimentar o mundo exterior da forma.
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Responder a pergunta "Quem Eu Sou?"
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não é uma simples questão de descrever o que está em seu cartão pessoal.
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No Budismo, você não é o conteúdo de sua consciência.
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Você não é apenas uma coleção de pensamentos ou ideias
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pois por trás dos pensamentos está aquele que está testemunhando os pensamentos.
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O ditado "Conhece-te a ti mesmo" é um koan do Zen, um enigma sem resposta.
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Com o tempo, a mente se sentirá exausta de tentar encontrar uma resposta.
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Como um cachorro que persegue seu próprio rabo,
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é apenas o ego que quer encontrar uma resposta, um propósito.
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A verdade sobre quem você é não precisa de uma resposta,
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pois todas as perguntas são criadas pela mente egóica.
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Você não é sua mente.
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A verdade não se encontra em mais respostas, mas em menos perguntas.
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Como Joseph Campbell disse:
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"Não acredito que as pessoas estão buscando pelo sentido da vida,
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mais do que procuram a experiência de estarem vivas."
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Quando Buda foi perguntado: "O que você é?" ele simplesmente respondeu:
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"Estou desperto."
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O que isso quer dizer, estar desperto?
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Buda não diz exatamente,
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pois o florescer de cada vida individual é diferente.
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Mas ele diz uma coisa: é o fim do sofrimento.
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Todas as tradições religiosas possuem um termo para o estado de estar desperto:
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Céus, Nirvana ou Moksha.
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Uma mente calma é tudo o que você precisa para compreender a natureza do fluxo.
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Todo o resto acontece assim que sua mente aquietar.
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Nessa quietude, as energias interiores despertam
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e funcionam sem esforço de sua parte.
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Como dizem os taoístas: "O Chi segue a consciência."
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Ao permanecermos em calma, começamos a ouvir a sabedoria das plantas e animais.
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Os silenciosos sussurros dos sonhos
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e aprendemos sobre os sutis mecanismos pelos quais os sonhos se manifestam de forma material.
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No Tao Te Ching, esse estilo de vida é chamado de "wei wu wei"
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"Agir, sem agir."
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Buda falou sobre "O Caminho do Meio" como o caminho que nos leva à iluminação.
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Aristóteles descreveu A Razão Áurea:
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o meio entre dois extremos, como o caminho da beleza.
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Sem muito esforço, mas também não tão pouco.
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Yin e yang em perfeito equilíbrio.
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A noção do Vedanta sobre Maya ou a ilusão,
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é de que não experimentamos o ambiente em si,
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mas ao invés disso, a projeção dele, criado por pensamentos.
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É claro que seus pensamentos permitem que você experimente o mundo vibratório de certa maneira,
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mas nossa equinimidade interior não necessita depender de acontecimentos externos.
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A crença em um mundo exterior, independente do sujeito que o percebe
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é fundamental para a ciência.
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Mas nossos sentidos nos dão apenas informações indiretas.
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Nossa noção a respeito desse mundo físico feito pela mente
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é sempre filtrada por nossos sentidos e, assim, sempre incompleta.
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Existe um campo de vibração que sustenta todos os sentidos.
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Pessoas com a condição chamada "Sinestesia"
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às vezes experimentam esse campo vibratório de diferentes maneiras.
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Pessoas sinestésicas podem ver sons como cores ou formas
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ou associar qualidades de um sentido em outro sentido.
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A Sinestesia se refere a uma síntese ou amálgama de sentidos.
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Os chacras e os sentidos são como um prisma
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que filtram uma série de vibrações.
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Tudo no universo está vibrando
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mas em padrões e frequências diferentes.
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O Olho de Hórus é feito a partir de seis símbolos,
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cada um representando um dos sentidos.
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Assim como o antigo sistema védico, o pensamento é considerado um dos sentidos.
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Os pensamentos são recebidos simultaneamente
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como sensações que são experimentadas no corpo.
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Surgem da mesma fonte vibratória.
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Pensar é apenas uma ferramenta. Um dos seis sentidos.
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Mas o elevamos a um estado tão superior
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que nos identificamos por nossos pensamentos.
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O motivo de não identificarmos o pensamento como um dos seis sentidos é bem significativo.
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Estamos tão imersos em nossos pensamentos que tentar explicá-lo como um sentido
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é como comentar com um peixe sobre a água.
14:20
Água, que água?
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Nas Upanixades está escrito:
14:34
Não aquilo que o olho pode enxergar, mas aquilo pelo qual o olho pode enxergar.
14:40
Tenha consciência disso para ser Brahma, o eterno e não o que as pessoas aqui adoram.
14:47
Não aquilo que o ouvido pode escutar, mas aquilo pelo qual o ouvido pode escutar.
14:53
Tenha consciência disso para ser Brahma, o eterno e não o que as pessoas aqui adoram.
15:02
Não aquilo que o discurso pode iluminar, mas aquilo pelo qual o discurso pode ser iluminado.
15:09
Tenha consciência disso para ser Brahma, o eterno e não o que as pessoas aqui adoram.
15:22
Não aquilo que a mente pode pensar, mas aquilo pelo qual a mente pode pensar.
15:28
Tenha consciência disso para ser Brahma, o eterno e não o que as pessoas aqui adoram.
16:04
Na última década, grandes avanços foram conseguidos na área de pesquisa do cérebro.
16:10
Os cientistas descobriram a neuroplasticidade
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um termo que expressa a ideia de que o cabeamento físico do cérebro
16:17
muda de acordo com os pensamentos que passam por eles.
16:21
Como o psicólogo canadense Donald Hebb menciona:
16:24
"neurônios que acendem juntos, se conectam entre si."
16:34
Os neurônios se conectam mais uns aos outros quando a pessoa está em estado de atenção ininterrupta.
16:40
Isso quer dizer que é possível direcionar sua própria experiência subjetiva da realidade.
16:46
Literalmente, se seus pensamentos são de medo, preocupação, ansiedade e negatividade,
16:52
então está aumentando as conexões para mais e mais pensamentos desse tipo florescerem.
16:56
Se direcionar seus pensamentos para aqueles de amor, compaixão, gratidão e alegria,
17:01
você cria mais conexões para repetir essas experiências.
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Mas como fazer isso se estamos cercados de violência e sofrimento?
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Não seria isso algum tipo de engano ou pura ilusão?
17:14
A Neuroplasticidade não é a mesma do conceito da Nova Era
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aquela que cria sua realidade através de pensamento positivo.
17:22
Na verdade, é a mesma que Buda ensinou há 2500 anos.
17:30
A Meditação Vipassana ou Meditação Introspectiva
17:34
pode ser descrita como neuroplastididade autodirecionada.
17:39
Você aceita sua realidade exatamente como ela é - como ela REALMENTE é.
17:46
Mas você a experimenta no nível da raiz da sensação,
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no nível vibratório ou energético sem preconceito ou influência do pensamento.
17:56
Através da atenção ininterrupta no nível de raiz da consciência,
18:00
cria-se as conexões de uma percepção totalmente diferente da realidade.
18:17
Entendemos ao contrário na maioria das vezes.
18:21
Constantemente, permitimos ideias sobre o mundo exterior modelar nossas redes neurais,
18:27
mas nossa equinimidade interior não necessita estar subjugada por acontecimentos externos.
18:34
As circunstâncias não importam.
18:37
Apenas meu estado de consciência importa.
18:41
Meditaçao em sânscrito significa ser livre de qualquer medição ou avaliação.
18:44
Livre de quaisquer comparações.
18:46
Se tornar livre de tudo que possa vir.
18:49
Não está tentando se tornar algo diferente.
18:52
Você está bem com o que é.
18:57
O caminho para superar o sofrimento do reino físico
19:00
é aceitando-o por completo
19:03
Dizendo sim a ele.
19:05
Assim tornando-o algo dentro de você,
19:08
ao invés de você ser algo dentro dele.
19:20
Como podemos viver de tal maneira que a consciência
19:23
deixe de estar em conflito com seu conteúdo?
19:27
Como alguém esvazia o próprio coração de ambições mesquinhas?
19:32
Deve haver uma total revolução na consciência.
19:35
Uma mudança radical na orientação do mundo externo para o interno.
19:41
Não se trata de uma revolução provocada apenas pela vontade ou esforço.
19:45
Mas também pela total entrega.
19:48
Aceitação da realidade como ela é.
19:52
Apenas através do coração você pode tocar o céu. - Rumi
20:00
A imagem do coração aberto de Cristo transmite de forma poderosa a ideia
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de que devemos estar abertos a toda a dor.
20:08
Devemos aceitar TUDO se quisermos nos manter abertos à fonte evolutiva.
20:14
Não quer dizer que você deve se tornar um masoquista, não está à procura da dor,
20:19
mas quando a dor vier, pois inevitavelmente ela vem,
20:23
simplesmente aceite a realidade COMO ELA É,
20:26
ao invés de desejar uma outra realidade.
20:32
Os havaianos há muito tempo acreditam que é pelo coração que aprendemos a verdade.
20:37
O coração possui sua própria inteligência de maneira tão distinta quanto a do cérebro.
20:44
Os egípcios acreditavam que o coração, não o cérebro,
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era a fonte da sabedoria humana.
20:50
O coração é considerado o centro da alma e da personalidade.
20:54
Era através do coração que as divindades se expressavam,
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dando aos antigos egípcios o conhecimento de seu caminho verdadeiro.
21:05
Esse papiro representa o "pesar do coração".
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Consideravam algo bom chegar ao além-vida com o coração leve.
21:13
Significava que você viveu bem.
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Um estágio universal ou arquétipo
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que a pessoa experimenta no processo de despertar do centro do coração
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é a experiência da energia pessoal, como sendo a energia do universo.
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Quando você se permitir sentir esse amor, ser esse amor,
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quando conectar seu mundo interno com seu mundo externo, então todos serão um.
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Como alguém experimenta a música das esferas?
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Como um coração se abre?
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Sri Ramana Maharshi disse:
22:09
"Deus reside em ti, como você
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e você não precisa fazer nada para se tornar consciente de Deus ou de ti mesmo.
22:17
Já é seu estado verdadeiro e natural.
22:20
Simplesmente abandone toda sua busca, direcione sua atenção para dentro
22:25
e sacrifique sua mente ao único ser
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irradiando no coração de seu próprio ser.
22:31
Para que essa seja sua experiência que vive no presente,
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o autoconhecimento é o caminho único, direto e imediato."
22:48
Quando você medita e observa as sensações internas,
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sua vitalidade interior, você está, na verdade, observando uma mudança.
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Essa força de mudança é o surgimento e a morte
23:01
que ocorre quando a energia muda sua forma.
23:04
O grau em que uma pessoa evoluiu ou alcançou iluminação,
23:08
é o grau que alguém adquiriu a habilidade de se adaptar a cada momento,
23:13
ou de transmutar a constantemente mutável corrente de circunstâncias humanas,
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a dor e o prazer, em felicidade.
23:28
Leo Tolstoy, autor de "Guerra e Paz", disse:
23:33
"Todos pensam em mudar o mundo,
23:36
mas ninguém pensa em mudar a si mesmo(a)."
23:45
Darwin disse que a mais importante característica para a sobrevivência das espécies
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não é a força ou a inteligência, mas a habilidade de adaptação.
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Precisamos nos adaptar à adaptação.
24:11
Esse é o ensinamento de "Annica" de Buda:
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tudo está surgindo e desaparecendo, mudando.
24:19
Constantemente mudando.
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Sofrimento existe somente porque nos apegamos a uma forma em particular.
24:31
Quando nos conectamos com nossa parte que observa,
24:34
com a compreensão da Annica, a felicidade surge no coração.
25:24
Santos, sábios e iogues através da história
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de maneira unânime, descrevem uma união sagrada que ocorre no coração.
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Seja nas obras de São João da Cruz, os poemas de Rumi,
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ou os ensinamentos tântricos da Índia,
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todos esses diferentes ensinamentos tentam expressar o sutil mistério do coração.
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No coração está a união de Shiva e Shakti.
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Penetração masculina na espiral da vida
25:54
e entrega feminina à mudança.
25:58
Testemunhar e aceitar de forma incondicional tudo que é.
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Para que possa abrir seu coração,
26:08
você precisa abrir-se à mudança.
26:11
Viver em um mundo aparentemente sólido,
26:14
dançar com ele, comprometer-se com ele,
26:17
viver plenamente, amar plenamente,
26:20
mas, ainda assim, saber que é transitório
26:23
e que, no final, todas as formas se dissolvem e mudam.
26:29
A alegria é a energia que responde à quietude.
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Ela surge ao esvaziarmos nossa consciência de todo e qualquer conteúdo.
26:37
O conteúdo dessa energia da felicidade nascida da quietude É a consciência.
26:42
Uma nova consciência do coração.
26:45
Uma consciência que está conectada com TUDO que É.
28:05
Você não muda as coisas lutando contra a realidade atual,
28:13
Para mudar algo é preciso construir um modelo novo que tornará o modelo atual obsoleto.
28:24
- Buckminster Fuller
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Um filme de: Daniel Schmidt
28:44
Narração: Patrick Sweeny
28:49
Cimática e Imagens Sonoras na Água: Alexander Lauterwasser
28:57
Direção Criativa e Suporte: Eva Dametto

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