quinta-feira, 28 de julho de 2016

A Nutrigenômica, a Nutrigenética e a Epigenética como meios para alcançar o potencial da nutrição, manter a saúde e prevenir doenças

A Nutrigenômica, a Nutrigenética e a Epigenética como meios para alcançar o potencial da nutrição, manter a saúde e prevenir doenças


A nutrição moderna centra-se na prevenção de doenças e manutenção da saúde. Entender como os diferentes meios de interação entre genes e dieta podem contribuir para alcançarmos este objetivo torna-se de fundamental importância. Este é um tema complexo, porém fascinante, sobre o qual ainda pouco conhecemos, mas que muito interesse tem despertado no mundo da Ciência.

As evidências sobre as interações entre genes e dieta são conhecidas pelos exemplos clássicos da intolerância à lactose e fenilcetonúria. No primeiro caso, foram descritas mutações no gene da lactase, uma enzima de secreção intestinal que catalisa a hidrólise da lactose em glicose e galactose. Estas alterações genéticas encontram-se associadas à incapacidade de digestão do leite e de seus derivados. No caso da fenilcetonúria, a deficiência genética da enzima fenilalanina-hidroxilase é responsável por debilidade mental e convulsões. Contudo, uma dieta pobre em fenilalanina pode diminuir os efeitos cerebrais da deficiência desta enzima. Entretanto, as possibilidades de interação aumentaram consideravelmente com os novos conceitos introduzidos, que precisam ser bem esclarecidos para um verdadeiro entendimento.

Vamos começar revendo o conceito de GENOMA: o conjunto de todas as moléculas de DNA de um determinado ser vivo. Nestas moléculas encontram-se os genes, que guardam as informações para a produção de todas as proteínas que caracterizam os seres.

Os primeiros relatórios do projeto de sequenciação do genoma humano foram publicados em 2001 nas revistas Nature e Science. Os trabalhos de pesquisa que eram até então realizados com apenas alguns genes ou proteínas, candidatos a estarem envolvidos em processos fisiológicos ou patológicos, passaram a avaliar dezenas de milhares de alvos, recorrendo a microchips ou a outras estratégias de análise de dados em larga escala. A relação entre nutrição, genética e genoma foram sendo cada vez mais evidenciadas.






A NUTRIGENÔMICA (ou Genômica Nutricional) surgiu neste contexto, estudando como alimentos, nutrientes e outros compostos bioativos ingeridos influenciam o genoma.

A Nutrigenômica pode ser subdivida em áreas específicas como PROTEÔMICA, METABOLÔMICA E TRANSCRIPTÔMICA, complementares entre si: alterações no RNA mensageiro (transcriptômica) e as proteínas correspondentes (proteômica) controlam o transporte de determinados nutrientes e metabólitos (metabolômica) no caminho bioquímico.

A capacidade das técnicas de Nutrigenômica para reunir informações detalhadas abriu novas possibilidades para explorar as sutis diferenças entre pessoas (que, a princípio, parecem muito semelhantes). Subgrupos dentro de uma população heterogênea podem responder de maneira diferente a uma intervenção dietética (como por exemplo, o consumo de um produto alimentício). Será possível no futuro identificar quais os grupos que se beneficiam (ou não) com o consumo de determinado produto.

Portanto, a Nutrigenômica permite estudar ao longo do tempo a influência da dieta na estrutura e expressão dos genes, favorecendo condições de saúde ou de doença.

Os estudiosos de Nutrigenômica têm que relacionar dados genéticos de indivíduos saudáveis ou doentes com a sua dieta para alcançarem as conclusões sobre as interferências da dieta na estrutura e expressão genética.

É importante entender bem a diferença entre Nutrigenômica e NUTRIGENÉTICA.

Não é difícil de se observar que os benefícios e malefícios da ingestão dos alimentos não são iguais para todo mundo. Ou seja, o grau de influência da dieta na saúde pode depender da constituição genética.  A própria escolha dos alimentos e o apetite certamente são influenciados pela constituição genética. Sabe-se, de fato, que as necessidades de alimentos, nutrientes e compostos bioativos variam de um indivíduo para o outro (particularmente devido aos molimorfirmos gênicos, principalmente os de nucleotídeo único – em inglês, single nucleotide polymorphism ou SNP, pronunciando-se snips) e influenciam o risco individual de doenças ao longo da vida.

A Nutrigenética estuda como a constituição genética de uma pessoa afeta sua resposta à dieta.

Vislumbra-se que os avanços tanto da Nutrigenômica como da Nutrigenética serão de fundamental importância para o estabelecimento de intervenções dietéticas personalizadas, com o objetivo de se reduzir o risco de doenças e promover a saúde.

As bases conceituais destas pesquisas, de acordo com Kaput e Rodriguez (Physiol Genomics 16: 166–177, 2004), podem ser assim resumidas:

1 – Os componentes da dieta comum atuam no genoma humano, direta ou indiretamente, alterando a expressão ou estrutura gênica.

2 – Sob certas circunstâncias, e em alguns indivíduos, a dieta pode ser um fator de risco sério para algumas doenças.

3 – Alguns genes regulados pela dieta (e suas variantes normais) provavelmente desempenham um papel no início, na incidência, na progressão e/ou na severidade de doenças crônicas.

4 – O grau pelo qual a dieta influencia o balanço entre os estados de saúde e a doença pode depender do componente genético individual.

5 – Intervenções dietéticas, baseadas no conhecimento do requerimento nutricional, do estado nutricional e do genótipo (isto é, nutrição individualizada), podem ser usadas para prevenir, atenuar ou curar doenças crônicas.

Temos ainda o conceito de EPIGENÉTICA a ser compreendido neste contexto. Definida como o estudo das mudanças na atividade do gene que não envolvam alterações na sequência do DNA, a Epigenética está recebendo cada vez mais atenção.

Fenômeno Epigenético: qualquer actividade reguladora de genes que não envolve mudanças na sequência do DNA (código genético) e que pode persistir por uma ou mais gerações.

A maioria das mudanças epigenéticas ocorrem em momentos específicos da vida de um ser humano, desde a fase intra-uterina, passando pelo desenvolvimento do recém-nascido, em seguida pela puberdade e na terceira idade. Envolvem modificações moleculares do DNA,  como a metilação do DNA e a acetilação de histonas (proteínas nas quais o DNA se enovela), e como tal, tem implicações no que se refere ao risco de doenças, tais como o câncer, obesidade e diabetes mellitus. Inclusive, a Epigenética teve início na década de 90 do século passado, quando foi observado que a metilação do gene de supressão tumoral p16 favorecia a ocorrência de determinados tumores e, tratando as moléculas de DNA com agentes desmetilantes, o gene voltava a ter a sua atividade de repressão tumoral.  Veja que modificar o epigenoma para prevenção de doenças é particularmente estimulante, pois as alterações epigenéticas são potencialmente reversíveis, ao contrário das mutações dos genes.

O termo “programação” (programming) foi cunhado para se referir às modificações permanentes na estrutura, fisiologia ou metabolismo de um órgão, favorecendo a manifestação de doenças ao longo da vida, devido a estímulos ou agravos durante um período crítico de desenvolvimento, como na vida intrauterina (fetal programming). Vários estudos estão em andamento, como o “Newborn Epigenetics Study” (NEST), um estudo prospectivo envolvendo mulheres e seus filhos, que está investigando como as diferenças no perfil epigenético global estão relacionadas a uma série de fatores, como a dieta materna e o uso de suplementos vitamínicos e minerais. Os dados iniciais deste estudo foram recentemente publicados no BMC Public Health (2011, 11:46).

A nutrição materna, tendo um papel essencial em relação à ocorrência de alterações epigenéticas que favorecem a ocorrência de doenças na fase adulta, merece toda a atenção: deve ser adequada em calorias, gorduras, proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais, seguindo-se as recomendações vigentes, para diminuição do risco de ocorrência de doenças no novo ser em formação.

Importante: certos fatores dietéticos podem afetar a estrutura do DNA (sem alterar a sequência dos genes), causando alterações epigenéticas que favorecem a ocorrência de doenças.

A compreensão do mecanismos nutrigenômicos, nutrigenéticos e epigenéticos são necessários para se compreender a variabilidade dos requerimentos nutricionais dos seres humanos e para se desenvolver biomarcadores eficazes, bem como para se determinar a disposição individual e a “programação” de um organismo para a ocorrência de determinadas doenças. Este conceito se aplica não somente aos estudos sobre dieta e alimentação, mas se estende às pesquisas da indústria farmacêutica.

No que se refere à indústria de alimentos, estes conhecimentos terão, sem dúvida, seu papel na alimentação personalizada, principalmente como um componente que colaborará para um padrão alimentar cada vez mais saudável. O desenvolvimento de alegações de saúde e nutrição (“claims”) para alimentos/suplementos passarão a ser direcionados a grupos específicos da população.

Em relação à nutrição personalizada, especificamente, embora a compreensão de como a nutrição afeta a expressão do gene seja importante (nutrigenômica), estamos apenas no começo da criação de um mapa detalhado da interação genes x dieta. Mesmo que a coleta de dados esteja se tornando mais fácil, ainda existem grandes desafios de como analisar e interpretar estes dados. A evolução tecnológica está acontecendo tão rapidamente que já se fala agora em análise dos genomas pessoais. Entretanto, ainda estamos há uma certa distância de compreensão da amplitude de impacto destas informações.

A integração da genômica (expressão), genética (predisposição) e epigenética (programação ou impressão) é uma “ciência emergente”, já que as ferramentas de análise do genoma ainda estão apenas começando a amadurecer, porém promissora, trazendo-nos enormes desafios.

Bibliografia consultada:

1- Nutrition Reviews. Vol. 68, Supplement 1, Pages S38–S47.

2 – Cancer Prev. Res. 2010, Vol. 3, pp. 1505-8

3 – Newborn Epigenetics STudy (NEST)

http://utmext01a.mdacc.tmc.edu/dept/prot/clinicaltrialswp.nsf/Index/2007-0845

4- BMC Public Health (2011, 11:46) http://www.biomedcentral.com/1471-2458/11/46

5 – Nutraingredients.com

Fonte: http://abran.org.br/para-publico/a-nutrigenomica-a-nutrigenetica-e-a-epigenetica-como-meios-para-alcancar-o-potencial-da-nutricao-manter-a-saude-e-prevenir-doencas/

5 Motivos pelos quais Você Pode Precisar de Mais Proteína – Mesmo Estando em uma Dieta Paleo

5 Motivos pelos quais Você Pode Precisar de Mais Proteína – Mesmo Estando em uma Dieta Paleo

Tradução, adaptação e finalização por Guilherme Torres e Roney Fernandes. O texto original é do Chris Kresser e está aqui.
proteina paleo (thumb-jpg)
A maioria das pessoas naturalmente já come a quantidade certa de proteínas de acordo com suas necessidades nutricionais.
A proteína é um nutriente tão crucial que o cérebro tem mecanismos específicos para aumentar seu desejo por ela caso você precise de mais – e para diminuir, se você estiver ingerindo em excesso.
Esses mecanismos não são tão fáceis de enganar, principalmente se você contar só com sua força de vontade.
Por esta razão, minha recomendação geral é simplesmente que você coma a quantidade de proteína que desejar.
Nos EUA, isso normalmente representa cerca de quinze por cento do total de calorias ingeridas diariamente (cerca de 113 gramas para um homem ativo com uma dieta de 3.000 calorias ou 83 gramas para uma mulher ativa com um consumo de 2.200 calorias).
No entanto, existem certas situações em que pode ser vantajoso aumentar a ingestão de proteínas para cerca de 20% a 30% das calorias ou mesmo para um valor bem alto como35% do total de calorias – pelo menos temporariamente.
“Espere um pouco”, você poderia dizer. “Dietas com alta ingestão de proteínas não causam câncer e doenças renais?”
Esta aqui é mais uma lenda urbana: estudos mostraram que uma ingestão de proteína de até 35% das calorias (ou mesmo mais que isso) é segura para as pessoas sem problemas renais pré-existentes.
(O Dr. Souto e o especialista Rodrigo Polesso falaram mais sobre este tópico da saúde renal em uma edição exclusiva do podcast Tribo Forte – clique aqui para ouvir ou ler gratuitamente.)
E não há nenhuma evidência de que dietas com alta proteína aumentam o risco de câncer, contanto que você esteja fazendo uma dieta equilibrada e repleta de nutrientes, ou seja, composta majoritariamente por comida de verdade.
Lembrando que muitas vezes as dietas low-carb são chamadas erroneamente de dieta da proteína – o que não seria correto, já que geralmente em dietas low-carb a maior parte das calorias vêm das gorduras.
Mesmo assim, agora vamos analisar cinco grupos de pessoas que, muitas vezes, poderiam se beneficiar de uma maior ingestão de proteína.

5 Grupos de Pessoas que Poderiam se Beneficiar de Uma Maior Ingestão de Proteína na Dieta

Grupo #1 de pessoas que poderiam se beneficiar com maior ingestão de proteína: Pessoas que desejam emagrecer

dieta cetogênica: variações, lista de alimentos permitidos e proibidos e cardápio para dieta do cetônico
Um grande conjunto de evidências sugere que dietas de alta proteína são eficazes para perda de gordura.
A proteína sacia mais do que gorduras e carboidratos, o que significa que nós acabamos nos sentindo mais satisfeitos quando as comemos.
Quando nos sentimos mais satisfeitos, nós naturalmente comemos menos – e, desse modo, perdemos peso sem fazer grande esforço.
Por exemplo, pesquisadores colocaram um grupo de voluntários com excesso de peso em um ambiente onde a ingestão de alimentos pudesse ser controlada precisamente.
Depois de aumentar sua ingestão de proteínas de 15% das calorias para 30%, os participantes do estudo acabaram consumindo cerca de 440 calorias a menos por dia e perderam uma média de 5 quilos durante 12 semanas.
Eles atingiram esses resultados sem contar calorias, e também sem comer menos intencionalmente.
(Meu agradecimento ao Dr. Stephan Guyenet por me indicar este estudo.)
Na verdade, algumas pesquisas recentes sugerem que o motivo pelo qual as dietas low-carb são eficazes para perda de peso não é porque elas são pobres em carboidratos, mas sim porque elas são ricas em proteína.  

Grupo #2 de pessoas que poderiam se beneficiar com maior ingestão de proteína: Pessoas com problemas metabólicos e para controlar o açúcar no sangue

Vou sair da cetose
Dietas de alta proteína também demonstraram ter um efeito estabilizador sobre o nível de açúcar no sangue e trazer inúmeras mudanças benéficas em diversos indicadores metabólicos, cardiovasculares e inflamatórios, desde a sensibilidade à insulina, o colesterol e o triglicérides, até índices relacionado com a proteína C-Reativa.
Nesse âmbito, é possível dizer que existem evidências que indicam que a maior ingestão de proteínas não deve se tornar um fator de preocupação mesmo em uma dieta estritamente baixa em carboidratos e moderada em proteínas, como a dieta cetogênica tradicional.
Neste caso, o fator preponderante para o sucesso no controle dos níveis de glicemia é mesmo a baixa ingestão de carboidratos.

Grupo #3 de pessoas que poderiam se beneficiar com maior ingestão de proteína: Atletas e pessoas que treinam muito

creatina con-cret ajuda na hipertrofia
A proteína é o nutriente necessário para construir e reconstruir os músculos.
Sendo assim, se você deseja ganhar ou manter a massa muscular (ou seja, se você for um atleta de resistência, halterofilista, entusiasta do Cross Fit, ou mesmo se treina pesado em outras atividades físicas ou esportes), você deve consumir mais proteína.
Essa proteína extra pode ser especialmente benéfica depois de um exercício puxado ou de um treino forte – como a maioria de quem treina pesado já sabe.

Grupo #4 de pessoas que poderiam se beneficiar com maior ingestão de proteína: Idosos e doentes crônicos

Vou sair da cetose
Tanto idosos quanto doentes crônicos frequentemente sofrem perda de massa muscular.
Uma dieta com um teor de proteína mais elevado pode ajudar a evitar ruptura de tecidos e reduzir os efeitos negativos do envelhecimento e de doenças crônicas.
Adicionalmente, aliar essa maior ingestão proteica à prática de exercícios como o treinamento com pesos (musculação) pode ser muito bem-vinda para evitar a perda de massa muscular associada ao envelhecimento.
Inclusive, um estudo mostra como a maior força muscular é associada com uma menor mortalidade – por todas as causas – em homens idosos.

Grupo #5 de pessoas que poderiam se beneficiar com maior ingestão de proteína: Pessoas que estão sob muito estresse

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Como dito anteriormente, a proteína tem um efeito estabilizador sobre a quantidade de açúcar de sangue.
Níveis de estresse elevados podem levar a hipoglicemia ou a outros desequilíbrios na glicemia sanguínea.
Aumentar a ingestão de proteínas – especialmente de manhã – pode aumentar os níveis de energia, reduzir o nervosismo, agitação e variações de humor, melhorar o sono e a função cerebral.
Já vi isso várias vezes no meu trabalho com os pacientes.
Se você estiver cronicamente estressado, os tecidos de seu corpo literalmente começam a quebrar.
A ruptura de tecidos é causada, em parte, pelo fato de proteínas de colágeno estarem sendo usadas mais rápido do que estão sendo repostas.
Então, se você está sob muito estresse, é especialmente importante comer proteínas que contenham colágeno.
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Se você estiver em um dos grupos acima, eu recomendo que 20 a 35% das calorias diárias sejam provenientes de proteínas.
A extremidade superior dessa escala (30-35%) seria indicada para uma perda brusca de peso, problemas metabólicos e pessoas que realizam treinamentos extremos; um valor médio (25-30%) para os atletas e pessoas que treinam com intensidade moderada a alta e a extremidade inferior (20-25%) para os idosos, doentes crônicos e pessoas sob muito estresse.
Dito isso, essas são apenas orientações gerais, sendo indicado você testar diversos consumos de proteína para ver o que funciona melhor para você.
Isso representa possivelmente muito mais proteína do que você come normalmente, mesmo aqueles que estão seguindo uma dieta do tipo paleo.
Vejamos alguns exemplos usando as porcentagens abaixo:
proteina paleo
Agora, vamos olhar para um típico cardápio diário repleto de proteínas em uma dieta Paleo.
  • Café da Manhã: 2 ovos, repolho, legumes no vapor – aproximadamente 15 gramas de proteínas.
  • Almoço: salada com 170 gramas de peito de frango – aproximadamente 60 gramas proteínas.
  • Lanche: 30 gramas de amêndoas (cerca de 23 amêndoas) – aproximadamente 6 gramas de proteínas.
  • Jantar: bife de contrafilé de 170 gramas, batata doce e brócolis cozido no vapor – aproximadamente 50 gramas de proteínas.
Isso totaliza cerca de 131 gramas de proteína ou 24% das calorias em uma dieta de 2.200 calorias e 17% em uma dieta de 3.000 calorias.
Como você pode ver, essa ingestão fica abaixo das metas de proteína para a maioria das categorias da tabela acima, especialmente se você estiver comendo algo próximo das 3.000 calorias e/ou estiver tentando ingerir mais de 25 por cento das calorias provenientes de proteína.

Quando a Proteína em Pó Começa a Fazer Sentido

proteina paleo (2)Obviamente, uma opção é simplesmente aumentar sua ingestão de alimentos ricos em proteínas, como carne, peixe, ovos e nozes (embora seja válido ressaltar que a proteína das nozes não é absorvida tão prontamente como as proteínas de origem animal).
Por exemplo, você poderia começar seu dia com 1/2 filé de salmão (cerca de 40 gramas de proteína) em vez de dois ovos ou você poderia comer algo perto de 450 gramas de carne bovina ou frango no almoço e no jantar.
Se você se sente bem comendo toda essa quantidade de proteína animal, é isso o que eu recomendo você a fazer; é sempre melhor atender às necessidades nutricionais a partir dos alimentos.
Mas vamos combinar: nem todo mundo está disposto a comer mais de dois quilos de peixe, carne e aves por dia.
Eu amo proteína animal e me sinto melhor com uma maior ingestão de proteína, mas até eu fico cansado de comer tanto e com tanta frequência.
E tenho muitos pacientes — tanto homens quanto mulheres — que sentem o mesmo.
E não é só uma questão de preferência.
Eu tenho um monte de pacientes com pouca acidez estomacal, insuficiência biliar ou outros problemas digestivos que dificultam a digestão de grandes quantidades de carne e peixe.
Também tenho pacientes que são intolerantes a ovos (ou outras proteínas animais).
Em uma última análise, o objetivo é curar primeiro o sistema digestivo, de modo que eles possam comer o máximo destes alimentos que desejarem.
Essas são as situações onde a proteína em pó pode vir a ser útil.
Você pode adicionar um shake de proteína entre as suas refeições (ou no lugar do café da manhã, talvez) para aumentar sua ingestão de proteína total.
Dependendo de como você fizer o shake (ou seja, simplesmente misturado com água ou misturado com frutas, abacates, gemas de ovos, etc.), pode ser tanto uma fonte de calorias adicional, se você estiver tentando ganhar peso ou ajudar na recuperação, quanto um meio de aumentar a proteína sem adicionar calorias, se você estiver tentando maximizar a perda de peso ou a função metabólica.
Além disso, você também pode fazer receitas saborosas com whey protein – que vão muito além do shake.

Minha (Nova) Proteína em Pó Favorita – E a que Eu Recomendo Aos Meus Pacientes

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Existem três fatores importantes na escolha de uma proteína em pó: a tolerância, a qualidade e a biodisponibilidade.
Tolerância refere-se a quão provavelmente a proteína irá lhe causar uma reação adversa.
Whey Protein é uma ótima escolha para muitas pessoas, mas tenho notado que alguns de meus pacientes não se sentem bem tomando esse suplemento.
(Nota: Uma alternativa para tentar minimizar esses efeitos seria optar por um whey protein isolado, por este praticamente não conter lactose. Entenda a diferença.)
Eu também não, apesar do fato de não ter problemas com produtos derivados do leite em geral.
Eu costumo me sentir um pouco estufado depois de tomar Whey.
Qualidade refere-se a qualidade propriamente dita da fonte de proteína, como ela é processada e como ela é fabricada.
Obviamente, há uma tonelada de produtos de baixa qualidade por aí afora, especialmente na comunidade de fisiculturismo.
Se você for usar proteína em pó, escolha o produto de maior qualidade que você conseguir encontrar.
Biodisponibilidade refere-se a quão completamente a proteína é absorvida.
Em geral, proteínas vegetais como ervilha e arroz são muito menos biodisponíveis do que as proteínas animais como Whey, ovos e carne.
Com isso em mente, fiquei entusiasmado para conhecer um produto lançado recentemente chamado PurePaleo. É uma proteína em pó com várias características únicas:
  • Não contém leite, glúten e legumes. Em outras palavras, é a primeira proteína em pó verdadeiramente Paleo.
  • É feita de proteína de carne bovina hidrolisada. Hidrolisada significa que ela é “pré-digerida” e dividida em peptídeos menores que são mais fáceis de serem absorvidos, tornando-se mais biodisponível do que a maioria das outras proteínas.
  • É proveniente de fontes sem adições de hormônios e antibióticos, de vacas não geneticamente modificadas que são criadas em pastos na Suécia, sendo testada e comprovada a ausência de hormônios, antibióticos e alergênicos.
  • Possui o mesmo poder da carne para ajudar no ganho de músculo, cartilagem e ligamentos, o que é ideal para atletas, pessoas treinando pesado, para aqueles que sofrem de doenças crônicas e para idosos.
  • Contém proteínas completas e com colágeno que são encontradas naturalmente na carne. Como eu disse anteriormente no artigo, o colágeno é essencial para a regeneração, reparação e proteção dos tecidos de qualquer pessoa sob forte estresse.
  • Ele é adoçado com estévia e possui quantidades muito baixas de carboidratos.
PurePaleo vem em dois sabores: chocolate e baunilha. Eu gosto de ambos, mas geralmente prefiro o de chocolate.
(Nota: A proteína PurePaleo não está disponível no Brasil. As alternativas mais próximas que encontramos por aqui foram proteínas de carne – beef protein – como estas.)
Eu gosto dele misturado sozinho com leite de amêndoas ou de coco, mas às vezes eu acrescento espinafre ou outras verduras, sucos de vegetais ou frutas.
Uma vez que já é adoçado, não recomendo misturar com banana ou outras frutas mais doces.
E caso você esteja se perguntando, não tem gosto nenhum de carne.
Na verdade, eu fiz alguns testes “cegos” com amigos e familiares e eles não tiveram a menor ideia de que se tratava de proteína em pó feita de carne.
A melhor parte para mim e para muitos dos meus pacientes é como eu me sinto bem depois de tomar.
Eu não fico estufado como depois de consumir Whey, sinto-me mais energizado e já estou percebendo melhores resultados na academia e na recuperação pós-treino.
Se você gostaria de experimentar, você encontra em minha loja nos dois sabores (chocolate ou baunilha).
(Nota: A loja do Chris Kresser pode ser acessada neste link.)
Bom, é isso! Conte-me se você gostou do PurePaleo se você experimentar.
E, se você desenvolver alguma boa receita para um shake, por favor, poste aqui na seção de comentários!

Referências

Para deixar a leitura mais fluida, separamos algumas das referências citadas no texto original e as agrupamos aqui:
  1. http://ajcn.nutrition.org/content/82/1/41.abstract
  2. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7498104
  3. http://ajcn.nutrition.org/content/82/1/41.abstract
  4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23107521
  5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11874925
  6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23829939
  7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3181832/
  8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2453303

Quanto tempo leva para você ficar doente comendo porcarias

Quanto tempo leva para você ficar doente comendo porcarias

processed food

Os homens do estudo se entupiram de fast food para os pesquisadores descobrirem como e quão rápido a obesidade leva ao estado de diabetes


Um grupo de sujeitos saudáveis ​​realizaram recentemente uma tarefa que algumas pessoas teriam inveja: Eles consumiram 6.000 calorias por dia, para a ciência. Agora, como resultado deste estudo, os cientistas têm uma idéia melhor de por que as pessoas que são obesas também tendem a desenvolver diabetes.
No estudo, seis homens de meia-idade que estavam com peso normal ou apenas ligeiramente acima do peso ofereceram-se para começar a comer o dobro do que normalmente consumiam em um dia, para que eles pudessem ganhar peso rapidamente. Os homens também foram confinados em leitos hospitalares para que eles não fizessem atividades físicas.
Depois de uma semana comendo 6.000 calorias por dia – com uma dieta rica em carboidratos e gorduras processadas que incluíam alimentos como pizzas, biscoitos, tortas e bolos – os homens ganharam cerca de 3,5 kg, em média. Todo peso adicional foi de gordura corporal.
Os pesquisadores estavam interessados ​​em aprender como a obesidade provoca resistência à insulina, uma condição na qual as células do corpo pararam de responder ao hormônio insulina. Como a insulina transporta o açúcar no sangue para o interior das células, a resistência à insulina leva a uma acumulação de açúcar no sangue e pode criar a diabetes tipo 2.
Os cientistas têm uma série de teorias para obesidade e porque ela conduz a resistência à insulina, incluindo que o sobrepeso e a obesidade aumenta o número de ácidos graxos no sangue e promovem a inflamação.
O novo estudo permitiu aos pesquisadores verem o que acontece quando uma pessoa está no estágio inicial do processo do ganho de gordura corporal e identificar o primeiro passo na resistência à insulina.
No estudo, os homens desenvolveram resistência à insulina depois de apenas dois a três dias, disseram os pesquisadores.
As amostras de urina e tecido gordo dos participantes mostraram que havia um aumento do estresse oxidativo nos seus corpos, o que significa que houve um aumento em compostos que são tóxicos para as células. Este estresse oxidativo causa alterações em uma proteína chamada GLUT-4, que normalmente ajuda a transportar o açúcar sanguíneo para dentro das células.
As mudanças no GLUT4 podem ter prejudicado a capacidade dessa proteína de responder ao hormônio insulina, levando à resistência à insulina, disseram os pesquisadores.
“Podemos ter encontrado os eventos iniciais que são responsáveis ​​pela resistência à insulina”, disse o pesquisador Salim Merali, professor de ciências farmacêuticas na Universidade Temple, na Filadélfia. As novas descobertas sugerem que os tratamentos que utilizam antioxidantes e redução dos carboidratos ajudam a prevenir a resistência à insulina, Merali disse. 
No entanto, estudos futuros são necessários para confirmar esta hipótese e ver se o estresse oxidativo provoca outras alterações que contribuem para a resistência à insulina, disseram os pesquisadores.O estudo é publicado na revista Science Translational Medicine.

Porque o trigo se tornou um alimento tão inflamatório?

Porque o trigo se tornou um alimento tão inflamatório?

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Nos últimos 15 anos, diversas bases científicas tentam elucidar os aspectos que levaram o cereal a ser um dos maiores fatores colaborativos para uma reação inflamatória em cadeia na população, e causadora de diversas patologias, em maior ou menor intensidade, incluindo a obesidade, rinite, alterações gastrointestinais, depressão e doenças autoimunes1-6.
Um dos argumentos é que o trigo não é mais igual ao que se comia há 10.000 anos, durante o período neolítico. As variedades iniciais, a einkorn e emmer, sofreram diversos cruzamentos genéticos ao longo dos anos, gerando a espécie mais cultivada atualmente, a Triticum aestivum, que possui mais de 25.000 variedades3,5,6. Seu genoma, ou seja, o conjunto de informações genéticas que comandam a construção da planta e caracterizam a espécie, tem uma peculiaridade especial: nas suas células, coexistem os genomas de três espécies primitivas diferentes, resultantes de diversas hibridações naturais, o que confere a ela uma carga de quase 100 mil genes (humanos possuem cerca de 30 mil genes)7,8!
Mas a técnica conhecida comomelhoramento genético é capaz de cruzar esses diferentes genes em um “novo” trigo, selecionando as melhores características de cada variedade – ou produzindo um novo grão com proteínas tão diversificadas que não sabemos direito como atuará em nosso organismo7,8. Um exemplo simples de como o trigo está diferente dos nossos antepassados é pelo seu tamanho: antigamente os trigais poderiam chegar até 1,20 metro, hoje não passam de 60 cm. Essa é uma característica que facilita a colheita por máquinas. Outro exemplo são as sementes dos trigos mais antigos que permaneciam bem grudadas à haste, deixando o grão mais “cascudo”. Manipulações nos genes Q e Tg (gluma tenaz) modificaram a característica “colada” para deixar a semente mais solta e facilitar a colheita e a debulha1,5.
Além disso, os parentes selvagens do trigo não eram capazes de se reproduzir com tanta eficácia como o trigo moderno1,5,8. Hoje a produção do cereal chega a incríveis recordes: previsão de 705 milhões de toneladas de trigo colhido no mundo para 2014/2015, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)2. Para termos uma ideia, em 2013, duas instituições brasileiras da área da agricultura anunciaram parceria para o programa de mellhoramento de trigo no Rio Grande do Sul, no qual estão em andamento 120 cruzamentos para o trigo utilizado para o pão e outros 30 cruzamentos para o trigo de duplo propósito (pastejo e grãos)9.
Esse é um projeto consideravelmente pequeno em termos do que se faz em outros projetos de manipulação genética. O aumento da quantidade de glúten foi uma das grandes modificações ocorridas no trigo, vide as variedades que temos de massas “boas” ou “ruins”, dependendo para o que serão utilizadas7,8. Para os agricultores, características como resistências à determinadas condições ambientais, como a seca, ou a organismos patogênicos, como os fungos, são fantásticas e prometem rendimentos financeiros e quantitativos em larga escala. Entretanto, para a área da saúde, essa pode ser a “chave” para entender a epidemia de alterações fisiológicas que está ocorrendo nos últimos anos6.
Estas mudanças fizeram com que o trigo de hoje possua um teor de glúten muito maior do que os cultivares que ainda é possível encontrar em lugares longínquos da Europa. Os métodos de colheita também afetam a quantidade de glúten nos grãos de trigo1,5. Além de modificações genéticas, seu processo de plantio e colheita também mudou muito nos últimos anos. Antigamente o trigo era colhido a mão, enrolado em fardos no campo e levado até os silos. Somente depois de algum tempo era transportado para ser debulhado, ensacado e transformado em farinha.
Esse processo mais lento permitia certo grau de germinação no trigo, durante o qual é utilizado seu estoque proteico: o glúten, reduzindo assim de forma natural sua quantidade. Na agricultura moderna essas etapas foram suprimidas e o trigo é rapidamente colhido, debulhado e ensacado, e enviado para moagem. Não há, portanto, o procedimento natural de germinação, interrompendo a degradação natural que seria feita com o glúten.
TRIGO NO CAFÉ DA MANHÃ, ALMOÇO E… JANTAR!
Outro argumento dado à causa das doenças modernas, além da modificação dos genes, é que nunca se comeu tanto trigo. Nos supermercados, prateleiras e prateleiras apresentam as mais variedades de produtos feitos com trigo: massas, pães brancos, pães integrais, pães fermentados, pão árabe, croissants, esfihas, congelados de lasanha e empanados, croutuns para saladas, biscoitos cracker, cereais matinais, tortas, biscoitos light, podendo encontrar componentes do trigo até mesmo em sorvetes e cosméticos1.
As ofertas são inúmeras e cada uma é condicionada a fazer parte de pelo menos uma refeição no dia. O que se observa é um excesso de exposição do corpo a uma única proteína….o glúten. A partir da década de 70, houve um aumento no consumo de carboidratos, principalmente do trigo, incentivados pelos cientistas e instituições de saúde de muitos países, em detrimento do consumo de gorduras que foram consideradas por décadas a causa das doenças cardiovasculares e da obesidade no mundo10. A pirâmide alimentar foi construída a partir dos carboidratos, pois à época eram os alimentos mais indicados para o consumo, preferencialmente os grãos integrais.
No entanto, nunca na história da humanidade as pessoas foram tão obesas e apresentaram tão frequentemente problemas cardiovasculares como resistência à insulina, diabetes e hipertensão arterial10. Estudos recentes e pesquisadores renomados afirmam: o trigo contribui mais que qualquer outro grão para a resistência à insulina11, condição precursora do diabetes, e síndrome metabólica12. Isso significa que 100 gramas de trigo são piores para o corpo que 100 gramas de outra farinha semelhante. O índice glicêmico do pão, seja ele integral ou não, varia de 65 a 80, enquanto que da sacarose e da glicose são, respectivamente, 65 e 10013.
Mas os efeitos colaterais do seu consumo se estendem também a outras patologias: depressão, esquizofrenia, demência, neuropatia, enxaquecas, autismo14, dores articulares, alergias alimentares, dermatites, sintomas gastrointestinais, osteoporose, Síndrome do Intestino Irritável, anemia, câncer, fadiga, aftas, artrite reumatoide, esclerose múltipla, e outras15. Reconhece os sintomas em você ou em alguém que você conhece que consome trigo?
Fontes:
1Davis W. Barriga de Trigo. São Paulo. Editora Martins Fontes , 2013. 2USDA: United States Department of Agriculture. World Agricultural Supply and Demand Estimates. July 11, 2014. 3Ji S, Hoggan R. The Dark Side of Wheat: A Critical Appraisal of the Role of Wheat in Human Disease. 4Sapone A, Bai JC, Ciacci C, Dolinsek J, Green PH, Hadjivassiliou M, Kaukinen K,Rostami K, Sanders DS, Schumann M, Ullrich R, Villalta D, Volta U, Catassi C,Fasano A: Spectrum of gluten disorders: consensus on new nomenclature and classification. BMC Med 2012, 10:13. 5Perlmutter, D. A Dieta da Mente: A Surpreendente Verdade sobre o Gluten e os Carboidratos – Os Assassinos Silenciosos do seu Cérebro. 1ª edição – São Paulo : Paralela, 2014. 6de Lorgeril M, Salen P. Gluten and wheat intolerance today: are modern wheat strains involved? Int J Food Sci Nutr. 2014 Aug;65(5):577-81. 7Bered F, Carvalho F, Neto JF. Variabilidade Genética em Trigo. Biotecnologia Ciência & Desenvolvimento. 8Variabilidade e diversidade genética vegetal: requisito fundamental em um programa de melhoramento. Embrapa. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.Dezembro, 2002. 9Disponível em: https://www.embrapa.br/trigo/busca-de-noticias/-/noticia/1497044/rs-fepagro-e-embrapa-ampliam-parceria-no-estado. Acesso em 20/07/2014. 10Malhotra, A. Saturated fat is not the major issue. BMJ 2013; 347. 11Abid N, McGlone O, Cardwell C, McCallion W, Carson D. Clinical and metabolic effects of gluten free diet in children with type 1 diabetes and coeliac disease. Pediatr Diabetes. 2011 Jun;12(4 Pt 1):322-5. 12Petersen KF, Shulman GI. Etiology of insulin resistance. Am J Med. 2006 May;119(5 Suppl 1): S10-6. 13Foster-Powell K, Holt SHA, Brand-Miller JC. International table of glycemic index and glycemic load values: 2002. Am J Clin Nutr 2002;76:5–56. 14Margutti P, Delunardo F, Ortona E. Autoantibodies associated with psychiatric disorders. Curr Neurovasc Res. 2006 May;3(2):149-57. Review. 15Farrell RJ, Kelly CP. Celiac sprue. N Engl J Med. 2002 Jan 17;346(3):180-8. Review.