quinta-feira, 21 de maio de 2015

CEREAIS MATINAIS = venenos matinais


Vamos dar uma olhada no processamento envolvido na fabricação do típico café da manhã americano (e de muitos brasileiros também): cereal, leite desnatado e suco de laranja. Os cereais matinais são produzidos por um processo chamado de extrusão. Os grãos são misturados com água, processados para virarem uma pasta e colocados em uma máquina chamada extrusora. Os grãos são forçados por pequenos buracos, a alta temperatura e pressão, criando assim as formas de rosquinha, flocos ou pedacinhos. Cada um dos grãos passa pela expansora na extrusora, para produzir trigo, arroz ou aveia inflados. Esses produtos são então submetidos a sprays que dão uma cobertura de óleo e açúcar para selar o cereal e evitar que ele seja amolecido pelo leite e mantê-lo crocante.

No seu livro Lutando contra os gigantes da comida, o bioquímico Paul Sitt descreve o processo de extrusão, que trata os grãos com temperatura e pressão muito altas, e nota que o processo destrói a maioria dos seus nutrientes. Ele desnaturaliza os ácidos graxos e ainda destrói as vitaminas sintéticas adicionadas ao cereal no final do processo. O aminoácido lisina, um nutriente crucial, é especialmente danificado no processo de extrusão.

Mesmo os cereais de caixinha vendidos nas lojas de alimentos saudáveis são fabricados usando o processo de extrusão. Eles são feitos com o mesmo tipo de máquina e geralmente nas mesmas fábricas. Os únicos avanços que são ditos existir no processo de extrusão são aqueles que vão reduzir custos, não importando o quanto o processo altera os nutrientes do produto.

Com tantas milhões de caixas de cereal vendidas por ano, é de se esperar que estudos sejam publicados mostrando os efeitos destes cereais em animais e em seres humanos. Mas a indústria de cereais matinais é  uma multibiolionária que gerou fortunas para algumas pessoas. Uma caixa de cereal contendo cereais que valem centavos é vendida nas lojas por 6 ou 7 reais – provavelmente não há na Terra algum outro produto com uma margem de lucro tão grande. Estes lucros tem sido pagos por patrocínios jornalísticos e outros lobbys que mantém as pesquisas sobre a extrusão de grãos fora da literatura científica e convencem os orgãos do governo de que não há diferença entre o grão de trigo natural e o grão que tenha sido alterado pelo processo de extrusão.

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