segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Ômega 6 – O vilão disfarçado

Ômega 6 – O vilão disfarçado

Durante nossa evolução humana como espécie nós consumíamos muito menos omega 6 que hoje em dia, além de serem obtidos através de fontes naturais e não alteradas quimicamente. Houve uma drástica mudança na proporção de ômega 6 e ômega 3 consumidas na dieta. Esta mudança, é foi um dos principais fatores que tem contribuído para a epidemia de muitas das doenças que acometem o homem moderno.
As dietas dos nossos ancestrais eram abundantes em animais selvagens ricos em omega 3 e frutos do mar, fontes de ômega 3 de cadeia longa (EPA e DHA). Não tinham acesso constante e abundante a fontes ricas em ômega 6 de óleos de sementes, muito menos processados e ricos em gorduras oxidadas e trans.
Nossos ancestrais consumiam gorduras poliinsaturadas omega 6 e ômega 3 em uma proporção perto de 1:1 e em baixas quantidades – uma dieta anti-inflamatória com relação a dieta ocidental moderna e dietas da moda.
print omega 6
Voltamos a 1994, no estudo de Dr. Carl V Felton, PhD e sua equipe, publicado no jornal Britânico Lancet, sobre o acúmulo de gorduras poliinsaturadas, principalmente ômega 6, nas placas de aterosclerose nas veias humanas, no caso, a aorta, a principal artéria do corpo humano. Eles constataram que o consumo de gorduras poliinsaturadas, como óleos de sementes, margarina, etc, afeta o teor destas gorduras nas placas da aorta.
artéria
Esta é uma foto do British Medical Jornal, uma artéria com aterosclerose avançada, entupida pelo processo oxidativo de partículas de lipoproteínas pequenas e densas (apo B) e possivelmente gorduras ricas em ômega 6 e trans, como a margarina e óleos de sementes processados, (o relato de uma reportagem afirma que é composta por tais gorduras).gorduras poliinsaturadas
“Resumo:
Como a ingestão a longo prazo de ácidos graxos essenciais afeta o teor de ácidos graxos das placas da aorta não está claro. Nós comparamos a composição de ácido graxo de placas da aorta com a composição de ácidos graxos do soro e do tecido adiposo de autópsia, nos quais o conteúdo de ácidos graxos essenciais reflete a ingestão dietética.
Foram encontradas associações positivas entre os níveis de soro e placa ômega 6 (r = 0,75) e ácidos graxos poliinsaturados ômega 3 (r = 0,93), e monoinsaturados (r = 0,70), e também entre o tecido adiposo e placas de ácidos graxos poliinsaturados ômega 6 (r = 0,89). Nenhuma associação foi encontrada com ácidos graxos saturados (gordura saturada).
Estes resultados implicam uma influência direta de ácidos graxos poliinsaturados da dieta sobre a formação de placas na aorta e sugerem que as tendências atuais favorecendo o aumento da ingestão de gorduras poliinsaturadas devem ser reconsideradas.
Quer dizer, o que o defunto comeu de gorduras poliinsaturadas que foram encontradas no sangue, com o tempo se acumulou nas artérias, mas não as gorduras saturadas do sangue. Mais além, tampouco o consumo de gordura saturada dietética reflete os níveis de gordura saturada sanguíneos como demonstrando pelo estudo do Dr. Jeff Volek.
Eu ficaria realmente preocupado em seguir uma dieta ocidental moderna alta em carboidratos, açúcar e este tipo de gordura pró-inflamatória!

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