Emagrecer com prazer? Como?
Seus pacientes perderam muito peso apenas com a eliminação destes produtos, tiveram melhora ou cura total de diversas doenças como artrite, asma, inchaço nas pernas, cura total do refluxo ácido e da síndrome do intestino irritável, melhora da diabetes entre diversas doenças. Sem contar a melhora na qualidade de vida, estabilidade de humor, clareza mental e sono mais profundo.
Quando falo sobre uma dieta para emagrecer com prazer, não digo comer doces e produtos processados que favorecem o surgimento de diversas das patologias crônicas como as citadas acima, também não significa contar calorias e viver na ilusão de poder comer um pouco de tudo contanto que não coma demais. Esta certamente é a pior estratégia para perder peso, sem embasamento científico, podendo levar a diversos transtornos alimentares, como compulsões e a ortorexia, quando alguém fica obcecado com tudo que come.
Boa notícia: Chocolate 85% com morango pode fazer parte de uma dieta saudável para perda de peso.
Fica cada vez mais evidente o fato de que o consumo de tais alimentos
não apenas pode desencadear doenças, mas pesquisas constantemente têm
indicado a relação entre o consumo de carboidratos refinados e uma
suposta dependência alimentar causada pelo seu consumo frequente dentro
de uma perspectiva neurológica e científica. Este conceito está chamando
a atenção de diversos pesquisadores recentemente, para estudar esta
relação e seu potencial para levar indivíduos ao sobrepeso e a
obesidade.Estudos têm demonstrado que alimentos com alto “valor de recompensa”, como por exemplo tortas, bolos, biscoitos e alimentos ricos em farinha de trigo e açúcar ativam os centros de recompensa do cérebro podendo gerar compulsão alimentar. De acordo com alguns estudos publicado na American Journal of Clinical Nutrition (Jornal americano de nutrição clínica) e outros jornais científicos, carboidratos refinados estimulam regiões do cérebro responsáveis pela dependência química e compulsão alimentar
Um estudo publicado em 2013 por Joseph Schroeder, por exemplo, constatou que carboidratos como o biscoito Oreo, uma das marcas mais consumida nos EUA é tão viciante quanto a cocaína, em ratos cobaias. Eles não somente são tão viciantes quanto a cocaína, mas eles ativaram muito mais neurônios em zonas de recompensa do cérebro do que a morfina também! De acordo com Joseph, o autor do estudo:
A pesquisa reforça a teoria de que alimentos calóricos e com muito açúcar estimulam o cérebro da mesma maneira que as drogas. Isso pode explicar por que algumas pessoas não conseguem resistir a esse tipo de alimento, mesmo sabendo que não são saudáveis
Claramente estes alimentos não fazem parte de uma dieta pare emagrecer com prazer, pois não apenas estes alimentos possuem um alto potencial viciante, mas podem prejudicar substancialmente sua capacidade cognitiva. Um exemplo disso é o novo estudo de 2014 conduzido pelo neurocientista Dr Aaron Blaisdell, da Universidade UCLA (Califórnia), que fortalece mais a ligação entre o ganho de peso com a preguiça, falta de motivação e performance cognitiva.
Nele, 36 ratos foram divididos em dois grupos que consumiram duas dietas diferentes ao longo de seis meses. A principal diferença entre as dietas dos dois grupos foi o açúcar, sucralose e maltodextrina (glicose) e a caseína (proteína do leite) e um maior processamento dos carboidratos no primeiro grupo.
O resultado foi previsível no que diz respeito ao ganho de peso, mas o fato que mais surpreendeu os pesquisadores foi a perda da motivação e o aumento do sedentarismo no grupo que consumiu açúcar e carboidratos refinados.
Os ratos que consumiram açúcar e carboidratos refinados demonstraram uma performance motivacional prejudicada, representada pela velocidade reduzida ao pressionar a alavanca para fornecer comida e água para eles automaticamente, fazendo intervalos mais longos nesta tarefa. Foram duas vezes mais lentos do que os ratos magros.Isto representa a ordem dos eventos:
Ao consumir alimentos processados por certo tempo, o indivíduo torna-se quimicamente dependente deste alimento, ganha peso durante o processo enquanto desregula diversos hormônios do corpo e perde sua força de vontade e a capacidade cognitiva. Certamente não há prazer a ser encontrado ai!
Isso não acontece com cobaias, obviamente, mas com o ser humano e outros mamíferos. Outro exemplo é a Neurocientista da Alemanha Dr. Agnes Floel e seus colegas, que em seu estudo publicado na Neurology, um dos jornais mais prestigiosos de neurologia clínica do mundo, conseguiram identificar alterações cognitivas substanciais com um consumo de açúcar e carboidratos refinados. Em seu estudo três fatores de perda cognitiva, além de mudanças estruturais na área do cérebro chamada hipocampo, foram identificados por meio de testes cognitivos:
- Atraso de recordação:
- Habilidades de aprendizagem:
- Consolidação da memória
Os resultados validaram o fato de que baixos níveis de glicose sanguínea através de uma dieta para emagrecer com prazer estão diretamente relacionados a capacidade de aprendizado e consolidação da memória. O surpreendente deste estudo é que mesmo em indivíduos dentro do peso e dentro da faixa considerada normal de glicose sanguínea (90-100 mg/dl em jejum), a perda de memória ocorre frequentemente devido ao consumo de produtos processados e ao consumo excessivo de carboidrato. Na ausência de diabetes tipo 2, níveis altos de glicose sanguínea produzem mudanças estruturais no hipocampo (perda de volume) e efeitos negativos na cognição. De acordo com Dr. Agnes Floel:
“Estes resultados sugerem que mesmo para pessoas dentro da faixa normal de açúcar no sangue, reduzir os seus níveis de glicose sanguíneos pode ser uma estratégia promissora para a prevenção de problemas com a memória e declínio cognitivo”
Sabemos há muito tempo que o controle da glicemia por meio de uma dieta baixa em carboidratos é um dos meios mais eficazes, se não a forma mais eficaz, para prevenir a perda cognitiva e o desenvolvimento de doenças degenerativas e transtornos cognitivos. A busca pelo conhecimento e por estratégias direcionadas a manter estabilidade dos níveis de glicose no sangue são ferramentas essencial para saúde física cognitiva, para indivíduos de todas as idades.
Essas descobertas são importantes porque elas indicam que mesmo em indivíduos saudáveis não-diabéticos e tolerantes a glicose, escolhas de estilo de vida que tendem a diminuir os níveis de glicose sanguíneo em indivíduos jovens e idosos devem ser recomendadas”, Dr. Floel
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