terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Autismo: há como evitá-lo?

Autismo: há como evitá-lo?

Autismo: há como evitá-lo?

O Autismo é uma condição complexa que tem aumentado de forma significativa: cerca de 80% em 5 anos. Precisamos ter mais consciência e melhor identificação, pois os fatores ligados ao problema são típicos do ambiente do mundo moderno em que vivemos, com desvios nutricionais causados por uma alimentação processada, comprometimento da ecologia intestinal e alta carga de tóxicos. Tudo isso deve ser corrigido e prevenido, não só nas crianças, mas nos pais, antes e durante a gravidez… no mínimo!

Fatores no desenvolvimento do problema

Esta é uma condição com múltiplos fatores e vamos abordá-los passo a passo.
A ciência tem mostrado que os nossos genes respondem constante e dinamicamente ao ambiente, o que significa que tudo com o que você entra em contato ou ingere pode estar induzindo o Autismo, uma somatória de tóxicos que pode ser a causadora dessa disfunção cerebral. Portanto, devemos reduzir toda exposição tóxica e melhorar a nutrição.

Fatores ambientais

São diversos os fatores que podem ter origem em ambientes internos e externos.Vamos listar os mais importantes:
Campos eletromagnéticos
A radiação eletromagnética de telefones celulares, torres de telefonia celular, aparelhos wi-fi e outros aparelhos sem fio podem estar influindo em fatores genéticos, tornando-se aceleradores de Autismo. Segundo o Dr. Dietrich Klinghardt, uma mulher exposta a campos eletromagnéticos durante a gravidez, dormindo em ambientes com essa exposição forte, possivelmente terá um filho que apresentará alterações neurológicas dentro dos 2 primeiros anos de vida, como hiperatividade, disfunção neurológica e distúrbios do aprendizado.
Um estudo, publicado em 2007 pelo Journal of the Australian College of Nutrition & Enviromental Medicine, observou crianças com Autismo durante5 anos. Chegou-se à conclusão que os campos eletromagnéticos afetam desfavoravelmente as membranas celulares, permitindo que cargas tóxicas de metais pesados, associados ao Autismo, se acumulem.
Mercúrio
É um metal que está associado com o problema, e a exposição a ele pode causar disfunções sensoriais neurológicas, motoras, comportamentais e imunológicas, bem compatíveis com as apresentadas por crianças autistas.Suas fontes de contaminação são basicamente pela queima de combustível fóssil, uso de amálgama dentário e vacinas.
Ftalatos
Esse é um exemplo de xenoestrogênio, com mais uma das suas influências negativas. Ele promove uma alteração hormonal não só nas crianças pequenas, mas também naquelas que ainda estão no ventre da mãe. Segundo estudos, crianças que viveram em ambientes com assoalho de vinil tinham 2 vezes mais probabilidade de ter Autismo 5 anos depois, em comparação com crianças que viveram em ambientes com assoalho de madeira.
Os assoalhos de vinil liberam ftalatos, substâncias usadas para diminuir a rigidez dos plásticos, empregadas também em perfumes, garrafas de plástico, cosméticos, lubrificantes, cortinas de chuveiro, vernizes etc.
Deficiência de vitamina D
No desenvolvimento fetal, precocemente os tecidos cerebrais apresentam grande quantidade de receptores da vitamina D, responsável pelo crescimento dos nervos no seu cérebro.E é sabido que a deficiência de vitamina D em mulheres grávidas tem uma correlação importante com predisposição ao Autismo.
Disbiose Intestinal
A criança com flora intestinal anormal, herdada da mãe e/ou do pai, apresenta altíssima toxicidade intestinal e cerebral.Essa situação reflete-se em todo o corpo e em especial no cérebro, comprometendo as funções normais e de processamento das informações sensoriais.Segundo a neurologista Dra. Natasha Campbell-McBride, que curou seu próprio filho de Autismo usando um tratamento natural, com mudança de dieta e desintoxicação, os motivos que levam a essa alteração e danificação de flora intestinal são: mães com dieta com muito alimento processado, uso de pílula anticoncepcional, excesso de açúcar, água clorada e alto estresse,condições que são transferidas aos filhos.
No caso dos filhos, além do erro alimentar, é importante ressaltar que grande porcentagem de crianças autistas foi alimentada por mamadeira. O leite materno é o mais importante, e não pode ser substituído. Fazer isso acaba expondo as crianças ao leite pasteurizado, altamente contra-indicado nesses casos, ou até pior: leite de soja, um fitoestrogênio. Além disso, a mamadeira feita de plástico contém bisfenol e ftalatos, ambos xenoestrógenos.  Portanto, esses fatores do mundo moderno criaram muitas mulheres jovens que têm a flora intestinal bem alterada, o que trouxe prejuízos quando chegou o momento de terem filhos.

Desintoxicar antes de ter filhos: dica valiosa

Fica aqui o conselho: as jovens, antes de terem os filhos, devem fazer uma boa avaliação e correção de flora intestinal, assim como desintoxicação de metais tóxicos. Esses metais passam pela barreira placentária e podem comprometer o cérebro do bebê, pois até os 2 anos de idade a barreira hematoencefálica não está completamente fechada. Lembre-se: os metais tóxicos têm maior afinidade por tecido gorduroso, e o cérebro é 70% gordura.
Vacinas
A vacinação pode ser uma sobrecarga tóxica, como se fosse a gota d’água para o aparecimento do problema. Se não for, pode muito bem colocar a criança bem mais próxima do risco. Praticamente todas as crianças com microflora intestinal comprometida estão sujeitas a isso e NÃOdevem ser vacinadas enquanto não se resolve esse problema.Numa revisão de estudos publicados desde 1943 sobre Autismo, há numerosos casos descritos de eclosão do Autismo por encefalite pós-vacinação.
Portanto, é necessário identificar o problema da alteração da microflora intestinal nas primeiras semanas de vida do bebê, além de um histórico médico completo dos pais sobre hábitos alimentares e intestinais.Além disso, é importante analisar as fezes do bebê já nos primeiros dias de vida para avaliar sua flora intestinal.Caso o seu bebê tenha a microflora intestinal normal, a possibilidade de desenvolver Autismo fica bem reduzida.
Estratégias preventivas
Deve-se, além de corrigir as alterações mencionadas anteriormente, pensar em fatores ambientais como:
  • diminuir o contato e a carga de tóxicos, evitando,ao máximo, substâncias químicas perigosas;
  • consumir alimentos orgânicos, dentro do possível. Eliminar os alimentos processados, transgênicos e adoçantes artificiais;
  • reduzir o campo eletromagnético, especialmente no quarto de dormir;
  • evitar leite pasteurizado, algo importantíssimo neste caso. Devem-se evitar todos os derivados de leite.
  • eliminar açúcar, frutose, sucos e refrigerantes;
  • eliminar grãos e amido;
  • procurar aumentar a exposição ao sol.
Por fim, devemos ter a consciência que o mundo em que vivemos atualmente é muito agredido e com alta exposição a tóxicos de diversas origens, associados a uma alimentação refinada, industrializada, com transgênicos e com muita proteína de animais confinados. Portanto, aconselho sempre ter em mente que é preciso fazer programas de desintoxicação e reposição nutricional personalizada, para melhor enfrentar essas adversidades. O mundo moderno tem seus problemas, mas também temos a possibilidade de combatê-los e manter a nossa saúde!
Referências bibliográficas:
  • Family Practice News, March 15, 2004:57
  • ClinInfectDis, 2002;35
  • AutismResearchReviewInternational, 1991;5(2):7
  • J NutrEnvironMed, 2000;10:261-266
  • Toxicologyand Industrial Health, 1998;14(4):553-563
  • ExpBiolMed, 2003;228:639-649
  • Autism Res RevInt, 2004;18(1):1

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