segunda-feira, 28 de março de 2016

Fibromialgia x Fadiga Crônica: farinhas do mesmo saco?

Fibromialgia x Fadiga Crônica: farinhas do mesmo saco? 
Voltando para a questão da Fibromialgia, segundo a teoria que estou lançando agora, todos estes fatores associados levam as mulheres a uma tensão muscular crônica, o que produz ácido lático e inflamação local, com mais dor e novo ciclo de tensão, inflamação e dor. Este processo, ao longo dos anos, esgota as suprarrenais, gerando a Síndrome da Falência da Suprarrenal ou da Fadiga crônica, que compartilham diversos sintomas em comum: 
Fadiga Crônica:
Muitos órgãos podem ser afetados em uma síndrome e a pessoa com fadiga crônica pode apresentar muitos sintomas como:
  1. Necessidade de aumentar o esforço para manter o mesmo nível de força: corresponde a um dos primeiros sintomas e ocorre devido a uma atividade deficiente dos músculos dos quais depende o esforço físico;
  2. Dor muscular (mialgia): é também comum e pode ser decorrente de um déficit de energia para o funcionamento da musculatura. Está muito relacionada ao esforço e, é um mecanismo de defesa do músculo para evitar sua lesão.
  3. Distúrbios intestinais: prisão de ventre, diarreia etc.;
  4. Alterações psíquicas: não são raras e podem estar relacionadas a algum comprometimento cerebral, o principal sintoma é a depressão;
  5. Dores de garganta e febre baixa por longos períodos que podem ser acompanhados pela presença de gânglios sensíveis (linfonodos). Sugerem a existência de um processo inflamatório que poderia, talvez, ser a causa da síndrome;
  6. Sono interrompido várias vezes à noite e não restaurador (o paciente acorda cansado);
  7. Distúrbios da memória: sugere que o paciente não atinge uma das fases do sono normal, em que tanto a memória como outras funções cerebrais se reorganizam. Este último fato está bem comprovado, pois existe necessidade de certo repouso para que os vários estímulos recebidos pelo cérebro possam ser classificados, localizados e aproveitados, ou não, para o futuro;
  8. Fibromialgia: dores intensas em todo o corpo, verificadas pela presença de pontos muito dolorosos, em determinados locais, presente em 50% dos casos de fadiga crônica. 
Fibromialgia:
Sintomas mais comuns:
1. Dor generalizada pelo corpo por, pelo menos, três meses.
2. Sono inquieto, superficial e não-restaurador (o paciente já acorda cansado).
3. Cansaço, perda de energia e diminuição da resistência a exercícios físicos.
4. Cólon irritado (diarreia alternada com prisões de ventre) e outras disfunções intestinais.
5. Formigamento e dormência nos braços, pernas, rosto e, sobretudo, nas mãos e nos pés.
6. Depressão e ansiedade crônicas.
7. Cefaleia (dores de cabeça)
8. Sensação de inchaço nas articulações.
9. Rigidez muscular.
10. Desconforto diante de mudanças
11. Gerais: Falta e/ou dificuldade de concentração; perturbações de memória; problemas de sono e/ou sono não reparador; visão nublada ou vista cansada; tonturas; letargia; irritabilidade; nervosismo; entorpecimento dos músculos, tendões e ligamentos; rigidez matinal; dores contínuas que mudam de intensidade e ou de sitio; sensação de queimadura; sensação que os músculos se movem sozinhos; dificuldade em engolir; dor na articulação temporo-mandibular; dor no peito; uma sensação geral e muito grande de fraqueza e cansaço muscular e por vezes a sensação de que impulsos elétricos estão atravessando o corpo; erupções cutâneas; por vezes inchaços nas palmas das mãos e solas dos pés; aumento das dores menstruais e uterinas; zumbidos nos ouvidos; maior sensibilidade ao frio; etc. 
O único exame disponível no mercado mundial que pode identificar a Fibromialgia é a Termografia, um exame feito com fotos infravermelhas que definem as temperaturas do corpo no momento do exame. Com este exame pode-se encontrar um padrão chamado de “Sinal do Manto”, encontrável em pacientes com a Fibromialgia. Sinal do Manto: 
   
Sinal do Manto 
Sinal do Manto
Fibromialgia e perfil psicológico 
O consenso do perfil psicológico dos pacientes com Fibromialgia está associado ao perfeccionismo, à autocrítica severa, à busca obsessiva do detalhe. 29
Já o Leme, do Instituto Leme, faz um aprofundamento no seu livro sobre Fibromialgia:
 27- Existe um perfil psicológico do fibromiálgico?
De uma maneira geral, as pessoas têm um perfil psicológico desde a infância ou viveram um período com tal perfil. Normalmente, os fibromiálgicos se caracterizam como pessoas muito exigentes com si mesmas e com os outros; muito perfeccionistas; consideram-se mais capazes que os demais para realizar qualquer tarefa; não sabem aguardar os outros para fazer atividades que o corpo não seria capaz de realizar sozinho (erguer peso, afastar objetos pesados, etc); têm uma auto-estima baixa e por isso, se desdobram em tudo o que fazem e têm muita dificuldade de esperar o momento de sarar para retornarem à agitação de antes. Obs. Este perfil é para apenas 60 a 80% dos casos.
Em relação ao fato de acometer mais as mulheres, ele responde:
26- Por que a Fibromialgia afeta bem mais as mulheres?
Segundo as pesquisas que desenvolvemos em nosso Centro Terapêutico, concluímos que as alterações dos níveis hormonais durante a vida e/ou mesmo durante o mês (ciclo mensal) e, em alguns casos, também a gravidez e o parto, fazem com que as mulheres tenham maior propensão a sofrer de Fibromialgia. Uma outra agravante é que as mulheres toleram permanecer com dor mais que os homens.
Elas vão “aguentando” até o dia em que não mais suportam as dores. Como o nosso sistema esquelético-muscular é semelhante ao funcionamento de uma máquina, quanto mais problemas ele apresente, e se não forem corrigidos, mais provocam novos problemas. Por isso, as mulheres, como são mais resistentes à dor, continuam a realizar todas as suas atividades sem se importarem com o que estão sentindo, agravando demasiadamente os seus casos em relação aos homens.” 30
 Um interessante estudo de Solange Silva intitulado “Características psicológicas presentes em mulheres portadoras de fibromialgia”, da Universidade de Guarulhos, serve também para reflexão: 
Observa-se que 91% das colaboradoras antes de apresentarem o diagnostico de fibromialgia passaram por perdas dolorosas como por exemplo: morte de filhos, maridos, pais e apenas 9% não sofreram nenhuma situação significativa antes de ser diagnosticado. Pode-se observar que 64% das mulheres não estão vivendo estresse situacional neste momento e 36% apresentam estar vivenciando um momento estressante. Existe um grande numero de mulheres que estão vivenciando o estresse situacional, apresentam menos recursos dos requeridos para enfrentar seus disparadores internos de tensão, ou melhor, essas mulheres estão sobrecarregada, estão recebendo mais estimulações irritativas do que seus recursos permitem, dificultando as suas reações diante de uma situação nova e geralmente funciona melhor em meios rotineiros e previsível. Quanto mais nova e complexa for a realidade que enfrentam, mais confuso se sentem, produzindo condutas ineficazes. Observa-se que 73% das mulheres com fibromialgia apresentam decisões e condutas ambíguas e 27% suas condutas e decisões são extratensivo. As mulheres que possuem condutas e decisões ambíguas reflete uma maior vulnerabilidade diante das dificuldades, pois se trata de indivíduos mais vacilantes, que necessitam mais tempo para concluir suas tarefas e têm menos coerência interna, o que torna a sua conduta muito mais imprevisível. A maioria das mulheres com fibromialgia apresentam Déficit Relacional de 37%.
Conclusões: Os resultados obtidos comprovam a hipótese de que as maiorias das mulheres antes do advento da fibromialgia passaram por situações de perdas dolorosas, que podem ter influenciado no desenvolvimento ou evolução da fibromialgia, como uma forma de expressão de forma concreta da angustia vivenciada por essas mulheres. Apresentam dificuldade de se relacionar consigo mesmo e com os outros que podem ser comprovadas através do método Rorschach, podendo ser ocasionada exatamente por essa perda dolorosa, apresentando também traços depressivos e uma autocrítica negativa. Conseguimos identificar o perfil de personalidade presente nas mulheres portadoras de fibromialgia, são mulheres que apresentam dificuldade de relacionar com os outros, ficam irritadas quando as pessoas não fazem as coisas que elas querem e da maneira que elas acreditam ser a maneira correta, apresentando o comportamento infantil, vivendo sempre o amanhã esquecendo de aproveitar o hoje, esperando que o futuro lhe reserve coisas negativas devido às perdas dolorosas que viveram, não conseguem vê o lado bom das situações que vivencia. Com isso dificultando tanto a sua vida quanto das pessoas que as cercam, buscando sempre tem atitudes adequada e corretas, ou seja, apresenta comportamentos que a sociedade acredita ser o adequado. Os resultados nesta pesquisa possibilitam que possamos pensar na fibromialgia como histeria de conversão, porém está hipótese deve ser investigada mais profundamente. 31 
Como eu tenho uma visão sistêmica da complexidade, estive questionando se estas avaliações sobre estresse são globais ou localizadas; se elas acontecem apenas no Ocidente ou também nos países do Oriente… E encontrei um estudo extremamente interessante, conduzido por uma empresa de marketing:

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