Então eu começo a explicar porque eu abri mão do pão de manhã, da aveia, da pizza nos finais de semana, do macarrão, dos bolos, biscoitos e tantos outros alimentos que fazem parte do nosso cotidiano.
Tive muitos benefícios em não ingerir mais o glúten. Desde acabar com o incômodo de uma azia permanente, refluxo e gastrite (não tomo mais o monte de remédios que tomava, o primeiro do dia era omeprazol), até uma dor na lombar que por qualquer coisinha acabava com meu sossego praticamente desapareceu. Minhas crises de enxaqueca diminuíram em frequência e intensidade e minhas unhas cresceram!
Como eu sei que é o glúten o causador de tudo isto? É só comer um pedaço de pão que logo em seguida meu estômago começa a incomodar e nos dias seguintes a azia ainda vai lembrar do que eu fiz...
É curioso ver a fisionomia de alguém enquanto eu falo que, tirando o glúten da alimentação, esta pessoa pode deixar de sentir as dores que sente, ou o incômodo do estufamento depois de uma refeição. Que isto também pode ajudar a melhorar a sua saúde debilitada, ou ainda ajudar a sair de um episodio de depressão (muitas vezes sem precisar de remédios). Nem sempre chego a falar que pode-se prevenir o Alzheimer (se chegar a ter idade mais avançada), a diabetes (se já não estiver diabético) e tantas outras situações ainda pouco associadas à alimentação.
A reação da maioria é dar um sorrisinho do tipo “me engana que eu gosto”, como se eu fosse uma vendedora querendo convencer alguém a comprar um produto milagroso! Não sou vendedora, mas retirar o glúten da alimentação me trouxe tantos benefícios, que para mim, poderia ser como um “produto milagroso”.
Até este ponto da conversa, ainda posso ser confundida com uma pessoa que se converteu a alguma religião e está tentando arrebanhar mais um fiel... rsrsrs
Agora, se eu falar que mudando algumas coisas na sua dieta, a pessoa pode emagrecer mais facilmente, daí a conversa muda... pois o interesse é outro e a motivação também.
Não estou me referindo ao fato de convencer alguém ou não. Ninguém vai sair da sua zona de conforto e mudar sua alimentação a partir de um conselho, nem deveria. Porém avaliar esta possibilidade, procurar mais informações e quem sabe deixar de ingerir o glúten por pelo menos um mês, faria uma grande diferença. Ninguém morreu por não comer trigo, pelo contrário.
Mas...entre pensar na possibilidade e a colocar em prática... vem o primeiro pensamento:
"Ah, mas por que eu vou deixar de comer as coisas que eu gosto, se eu posso "tratar" o problema com os remédios que o médico me receitou? Isto deve ser mais uma daquelas dietas da moda."
Este é o tipo de coisa que a pessoa só vai fazer se quiser. Ou vai continuar sofrendo enquanto não encontrar a solução para o seu problema.
Dali a algum tempo reencontro aquela pessoa, e as coisas estão do mesmo jeito, se não piores...
Como o pão nosso de cada dia poderia nos fazer mal?
O que a grande maioria pensa, é que só quem tem a Doença Celíaca (DC) é que tem problemas com o glúten, mas isto não é verdade. Asensibilidade não celíaca ao glúten = SGNC, está acontecendo cada vez com mais frequência na população, mas quase sempre não é identificada. As principais reações adversas ao glúten podem causar sintomas como flatulência, dor abdominal, diarréia, dor articular, náusea, síndrome da fadiga crônica, asma, deficiência nutricional, estresse, gastrite, esofagite, distúrbios hepáticos, distúrbios da tireóide, das articulações e neurológicos.
Glúten é uma proteína que nenhum ser humano digere corretamente, mesmo se a pessoa não tem doença celíaca ou sensibilidade ao glúten. Isto é um fato, não a minha opinião. (Dra. Vikki Petersen - The Gluten Doctors)
“A intolerância ao glúten pode afetar quase qualquer tecido no corpo, incluindo o cérebro, pele, sistema endócrino, estômago, fígado, vasos sanguíneos, músculos e mesmo os núcleos das células. DC e SNCG estão associadas com uma quantidade assombrosa de doenças, de esquizofrenia e epilepsia, a diabetes tipo 1 e osteoporose, a dermatite e psoríase, a hipotireoidismo de Hashimoto e neuropatia periférica. Como o leque de sintomas associados com a intolerância ao glúten é tão amplo e não-específico (ou seja, pode ser atribuído a um grande número de condições), muitos pacientes e médicos não suspeitam que o glúten possa ser a causa.” Veja mais aqui.
Uma dica de uma leitura bem interessante
sobre isto é o livro Dieta da Mente
do Dr David Perlmutter.
Recomendo!
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