Conheça 6 alimentos os quais você não sabe que possuem muito açúcar
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A vida deve ser levada “docemente”, porém, isso em quaisquer aspectos que não fazem menção à alimentação, pois, do contrário, haverão mais prejuízos do que algum possível malefício. Apesar de necessitarmos “adoçar a vida” para levá-la de uma melhor maneira, não podemos refletir esses conceitos com o que fazemos em nossa dieta.
Isso porque, açúcares, que na verdade podem ser descritos de maneira mais correta como carboidratos simples ou com poucas ligações glicosídicas (o que resulta em fácil digestão) são grandemente associados com problemas atuais na sociedade tais quais a elevação do peso corpóreo gordo, o desenvolvimento de doenças metabólicas e sistêmicas (hormonais e dislipidemias, por exemplo), com problemas ósseos, entre outros infinitos malefícios.
As recomendações diárias de açúcares hoje são cada vez mais baixas, visto os maus hábitos alimentares de grande parte da população mundial. Hoje, uma pessoa consome em média 13% das calorias simplesmente com açúcares, sendo que as recomendações médias pela World Health Organization (WHO) são de no MÁXIMO 5% das calorias diárias. Ainda, sabendo que uma das doenças mais atuais é o diabetes melitus tipo II (normalmente acarretada pelo consumo excessivo de açúcares, o que resulta em resistência à insulina), sabe-se que essa população chega a consumir até 24% das calorias diárias unicamente de açúcares.
Assustador? Talvez sim, para muitos… Porém, esse artigo traz algumas menções as quais podem ser ainda mais assustadoras: Açúcares presentes de maneira escondida em seis alimentos. Todavia, essas menções podem servir como dica e, principalmente alerta na hora de pegar quaisquer alimentos da gôndola do mercado imaginando que, por serem da mesma categoria, são as mesmas coisas. Vamos lá?
1 – Iogurtes
Iogurtes são ótimas fontes de proteínas, quando integrais de vitaminas lipossolúveis e também alguns bons lipídios. A porcentagem de carboidratos em um iogurte natural não é alta, ainda mais se ele for do tipo grego, que é o com menor teor de glicídios. Ainda, consideremos que seus carboidratos são da lactose, ou seja, um dissacarídeo com fácil digestão, portanto, toda atenção é pouca.
Todavia, o problema NÃO ESTÁ NA LACTOSE. Está no que ADICIONAM no iogurte, tanto os saborizados quanto os (aparentemente) “naturais”. Na maioria dos casos, há grande adição não somente de açúcares, mas, de xaropes (que são feitos a base de açúcares), suco de frutas (que são ricas em carboidratos simples e, frutose). E sem contar a tonelada de conservantes e corantes que muitos deles tem.
Esses iogurtes muito “incrementados” costumam atrair muito o público e, inclusive, o público infantil. Entre outras palavras: VOCÊ ESTÁ TOMANDO VENENO E SEU FILHO TAMBÉM!
Mesmo iogurtes que hoje fazem menções como “saudáveis”, “Fit” ou “light” muitas vezes possuem esses teores indesejáveis de gordura. Mesmo a grande maioria dos iogurtes gregos brasileiros possuem mais açúcares do que outra coisa, deixando até mesmo seu valor proteico um pouco mais alto do que na versão tradicional de lado. Aliás, mesmo os que não possuem açúcares possuem baixos teores de proteínas, comparados com os do exterior (EUA, Canadá e Europa, especialmente).
Portanto, quando for optar pelo iogurte, que é de fato um bom alimento, não se limite a ver o rótulo.Leia seus ingredientes por completo e observe sua tabela nutricional.
2 – Molhos de tomate industrializados
Provavelmente sua avó ou mesmo sua mãe colocavam um pouco de açúcar para deixar o molho de tomate de seu macarrão nos finais de semana um pouco menos ácido e, portanto, hipoteticamente evitar azias e desconfortos no estômago, não é? Entretanto, sabemos que isso é um mito, pois, o açúcar não terá esse efeito. Ele apenas reduzirá o sabor ácido do molho de tomate, mas, nada relacionado ao sistema gastrointestinal, propriamente dito.
Todavia, a indústria segue esses mesmos princípios, porém, ainda utiliza o açúcar como uma forma de conservante, a fim de aumentar a durabilidade do produto.
Grande parte dos molhos de tomate industrializados possuem açúcar refinado em sua composição, fazendo com que o teor calórico aumente e, sem qualidade. Eles ainda possuem poucos teores de fibras alimentares, o que facilita ainda mais a entrada de glicose no sangue, elevando os níveis de insulina rapidamente também, o que, com o tempo, poderá resultar em resistência à insulina.
Molhos de tomate são ótimos molhos, pois, possuem alto teor de licopeno, possuem baixo valor calórico, são de ótimas qualidades organolépticas e muito versáteis também. Porém, se você realmente quiser utilizar molhos que sejam saudáveis, comece a optar pelos molhos caseiros, que irão ter a composição que você colocar(e, portanto, não deverão ter açúcar) e ainda não possuem conservantes entre outros corantes.
Porém, se você não sabe ou gosta de preparar molhos de tomate, hoje já existem nos mercados (e sem custo abusivos) molhos de tomate pronto sem açúcar. São ótimas opções. Porém, vale sempre observar os níveis de lipídios adicionados.
3 – Pão de forma integral
O fato do pão de forma ser integral, quer dizer que ele possui todos os ingrediente ou parte deles sem serem refinados. É o caso da farinha de trigo, por exemplo. Porém, o alimento ser integral não quer dizer que ele seja necessariamente sem açúcar. Nesse caso, muitos são os pães altamente calóricos pela presença desse macronutriente simples.
Muitos dos pães podem nem ter o açúcar refinado em si, mas, possuem o açúcar mascavo que, não deixa de ser um açúcar facilmente metabolizado no corpo e que possui os mesmos malefícios do açúcar refinado.
Não vale a pena se iludir com pães integrais, portanto. Mesmo eles tendo bons teores de fibras, o que minimiza o impacto da glicemia na refeição, o ideal mesmo é que eles sejam evitados.
Hoje existem muitos pães sem açúcar no mercado, mas, a maioria não de linhas famosas, mas, secundárias ou mesmo artesanais. Esses pães contam não só com a ausência de açucares, mas, bons teores de fibras alimentares e outros ingredientes diferenciais como cenoura, batata doce, linhaça, quinoa entre outros. O problema maior neles está mesmo no fato de serem encontrados e, quando são, no preço o qual costumam custar, não sendo normalmente menos de que 12 reais o pacote de uma média de 300g.
4 – Manteigas de oleaginosas
Manteigas de oleaginosas nada mais são do que a parte sólida de oleaginosas (ou mesmo de leguminosas, no caso do amendoim) os quais são ou não adicionados de compostos que variam desde nutricionais até conservantes.
Hoje está na moda consumir a tal manteiga de amendoim, mais conhecida como “pasta de amendoim”. A verdade é que esses alimentos são consumidos há muitos anos no exterior, especialmente nos Estados Unidos da América. Aliás, não somente a manteiga de amendoim é consumida, mas, outras inúmeras manteigas de oleaginosas como amêndoas, castanhas, nozes etc. Elas ainda podem conter alguns aditivos como xarope de agave, cacau, chocolate branco, uva-passa, banana, canela etc.
Existem muitas marcas importadas de manteigas de oleaginosas e lá fora é muito comum que a maioria delas sejam com açúcar em sua fórmula, inclusive as intituladas “all natural”. Apesar disso, existem também muitas manteigas as quais não possuem nenhum tipo de açúcar adicionado. No Brasil, essas manteigas (especialmente a de amendoim) foram popularizadas na alimentação fit e, por isso, a maioria delas não possua açúcar na sua fórmula. Porém, para quem está acostumado a consumir frequentemente as manteigas de amendoim e outras oleaginosas de fora do Brasil sabe a diferença que há no sabor, sem elas com ou sem açúcar. O sabor das importadas são infinitamente melhores.
O teor de lipídios e de fibras alimentares são essenciais no controle da digestão desses alimentos, porém ,isso não garante nada relacionado ao açúcar, ou seja, mesmo assim ele será bem mais facilmente metabolizado no corpo, não sendo portanto conveniente. O fato delas possuírem bons teores de lipídios, muitas vezes são consumidas antes de dormir, o que pode prejudicar ainda mais quem busca a redução do percentual de gordura ou uma melhor qualidade de vida.
Portanto, não há nada mal em consumir manteigas de oleaginosas, porém, preste atenção nos açúcares presentes em cada uma delas. Seu teor é fundamental na escolha de um produto ou outro.
5 – Extratos vegetais (soja, amêndoas, castanhas, arroz)
Existem muitos extratos vegetais substitutos do leite. E ainda mais, com a intolerância à lactose bem incidente na população, aliado com o modismo de excluir a lactose da dieta, esses produtos tem se tornado cada vez mais frequentes nas gôndolas dos mais simples, aos mais gigantes supermercados do mundo.
Esses extratos são a parte líquida de alguns alimentos extraída e, portanto, adicionadas de água, juntamente com conservantes, alguns saborizantes, estabilizantes e AÇÚCARES, pelo menos a grande maioria deles.
Esses alimentos vegetais tem muito pouco paladar doce quando viram bebidas. Nesse caso, o açúcar quase que se tornou um item obrigatório neles, prejudicando por completo seus possíveis benefícios nutricionais.
Apesar de serem já poucas as opções no Brasil de extratos vegetais (sendo a maioria mesmo de soja) ainda é possível encontrar algumas marcas que possuem versões de seus produtos sem açúcares adicionados. E o preço não chega a ser tão abusivo (somente é quando comparado ao leite tradicional de vaca).
Esses extratos possuem minerais como o cálcio adicionados em sua composição, favorecendo seus quesitos nutricionais e, sendo utilizados estrategicamente e, com o cuidado de observar para que sejam ausentes de açúcares, certamente são ótimas opções na dieta.
6 – Torradas integrais e light
Na alimentação fit, muitas vezes não faltam alimentos desnecessários. Entre eles, por exemplo, as torradas. Torradas nada mais são do que massas de pães que são torrados e, portanto, ficam com aquela textura.
O primeiro malefício desses alimentos são os produtos de glicação avançada, ou seja, compostos altamente oxidantes ao corpo. Como característico dessas espécies reativas originadas da reação de Maillard, os danos celulares são evidentemente presentes, trazendo até mesmo a morte celular. Isso resulta em efeitos como o envelhecimento precoce, problemas relacionados a doenças como o câncer entre outros.
Porém, nosso foco não é falar nem dos produtos de glicação avançada, mas, principalmente do açúcar presente em alguns alimentos. E, as torradas, mesmo que integrais e light são bons exemplos disso. No primeiro caso, como mencionado, não é porque um alimento é integral que ele é isento de açúcar. Como citado, ele pode conter desde malte, xaropes de açúcares, entre outros compostos. Além disso, a presença de farinha integral, propriamente dita, muitas vezes não está em grande escala. No segundo caso, não é porque um alimento é light que ele é necessariamente sem açúcar. Neste caso, a legislação pede a diminuição de 25% em calorias do alimento e/ou a diminuição da mesma porcentagem em algum nutriente importante, que podem ser os carboidratos, os açúcares, os lipídios ou até mesmo o sódio.
Logo, torradas não são bons alimentos, tanto porque, levando em consideração os pães, já existem versões sem açúcar, mas, no caso das torradas, praticamente inexistem. Assim, procure evitá-las ao máximo.
Conclusão:
Existem muitos alimentos que aparentemente podem não trazer prejuízos ao corpo pela quantidade de açúcar neles presentes. Entretanto, é necessário olhá-los mais a fundo para conhecer suas composições e, portanto, definir se realmente não ou não saudáveis.
Diferente do que imaginamos, muitas vezes alimentos, por sua rotulagem, podem nos enganar quanto a presença (e quantidade, em alguns casos) de açúcares simples. O resultado é que consumimos desnecessariamente o mesmo e, portanto, problemas como o diabetes, a obesidade, o sobrepeso, as resistência à insulina entre outras doenças começam a se tornar mais clássicas na sociedade moderna.
Portanto, conheça seu alimento e faça boas escolhas sempre!
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