Aseem Malhotra - o Yudkin moderno.
Assim como outro cientista do Reino Unido, John Yudkin, décadas atrás, tentou nos alertar de que o problema não era a gordura, e sim o açúcar, outro especialista daquele país anda agitando o mundo da nutrição nos últimos anos. Seu nome é Aseem Malhotra.
Este cardiologista britânico começou devagar, alguns anos atrás, apenas com a mensagem de que nem todas as gorduras são ruins, e de que o foco deveria recair sobre os carboidratos e, em especial, o açúcar. Mas Malhotra seguiu as evidências. E as evidências, para quem as segue às últimas consequências, levam necessariamente ao desmonte das diretrizes dogmáticas e pseudocientíficas vigentes.
Para quem não lembra, já escrevi sobre ele antes.
Eis um extenso texto do Dr. Malhotra no jornal britânico The Daily Mail de ontem:
"Consumir MAIS gordura, desde que eliminando o açúcar ao mesmo tempo, pode ajudar a perder peso e ser mais feliz", diz importante cardiologista.
Por Aseem Malhotra, 02/07/2016
O meu plantão noturno tinha sido muito movimentado. Como cardiologista em treinamento no Harefield Hospital, eu havia tratado um fluxo constante de pacientes - entre eles um homem que sofria de doença cardíaca severa e necessitou cirurgia de emergência.
Quando eu visitava os pacientes na manhã seguinte, o carrinho com o café da manhã estava no corredor. E o que estava no menu? cereais açucarados, torrada de pão branco e geleias de todos os tipos.
Quando comecei meu discurso sobre os benefícios de uma dieta saudável, meu paciente me olhou nos olhos antes de dizer “como você espera que eu mude meus hábitos, quando o local para onde eu vim me tratar está servindo o mesmo tipo de lixo que me fez acabar aqui para começo de conversa”?
Isso foi há seis anos, mas eu ainda lembro claramente, porque foi neste momento que eu tive uma espécie de epifania .
Ele tinha razão! O carrinho do hospital, carregado de comida processada, era emblemático do estado lamentável da alimentação em nosso país.
E a minha noite, transcorrida inserindo stents de emergência (um fino tubo para manter uma artéria aberta), deixava claro o impacto das dietas ruins sobre nossa saúde e felicidade.
Ainda assim, eu não tinha resposta para a pergunta tão pertinente de meu paciente.
Então, onde havíamos errado tanto? Sim, nós havíamos dispensado os antigos demônios dietéticos - sanduíches de bacon e frituras - mas trocamos pelo quê?
Quando eu visitava os pacientes na manhã seguinte, o carrinho com o café da manhã estava no corredor. E o que estava no menu? cereais açucarados, torrada de pão branco e geleias de todos os tipos.
Quando comecei meu discurso sobre os benefícios de uma dieta saudável, meu paciente me olhou nos olhos antes de dizer “como você espera que eu mude meus hábitos, quando o local para onde eu vim me tratar está servindo o mesmo tipo de lixo que me fez acabar aqui para começo de conversa”?
Isso foi há seis anos, mas eu ainda lembro claramente, porque foi neste momento que eu tive uma espécie de epifania .
Ele tinha razão! O carrinho do hospital, carregado de comida processada, era emblemático do estado lamentável da alimentação em nosso país.
E a minha noite, transcorrida inserindo stents de emergência (um fino tubo para manter uma artéria aberta), deixava claro o impacto das dietas ruins sobre nossa saúde e felicidade.
Ainda assim, eu não tinha resposta para a pergunta tão pertinente de meu paciente.
Então, onde havíamos errado tanto? Sim, nós havíamos dispensado os antigos demônios dietéticos - sanduíches de bacon e frituras - mas trocamos pelo quê?
Atordoado, eu fui para casa e embarquei em um projeto de pesquisa que me tem absorvido por anos. E o que eu descobri foi revolucionário.
Hoje, eu trabalho para a NHS (National Health Service, o sistema de saúde inglês). Mas eu me encontro na posição peculiar de opor-me às diretrizes nutricionais que os médicos aprendem, e que espera-se que repitam para os pacientes, de que deveríamos reduzir a gordura, para perder peso e manter nossos corações saudáveis, e consumir mais carboidratos.
Este mantra tem sido cegamente defendido e repetido por profissionais de saúde, a despeito de numerosos estudos que confirmam que algumas gorduras são essenciais para nossa sobrevivência, e que consumir mais gorduras - não menos - é, na verdade, bom para você.
São estas orientações erradas que levaram o meu pobre paciente, recuperando-se de uma cirurgia cardíaca séria, a receber lixo processado carregado de açúcar, fornecido justamente pelas pessoas que deveriam ajudá-lo a se recuperar.
E eu creio que são estas mesmas orientações erradas que contribuíram, ao menos em parte, para que carboidratos processados e açúcares tornassem-se uma parte endêmica da dieta britânicas.
E não pense que apenas porque você não é do tipo que fica consumindo lanchinhos fora de hora, você estaria imune a tudo isso.
Qualquer um que coma qualquer coisa que venha em uma embalagem - de pão fatiado até molho de tomate - está em risco. A comida hoje em dia é cheia de açúcar escondido, a ponto de o açúcar estar presente em quase 80% de todos os alimentos processados.
Acrescente-se a isso o fato de que carboidrato simples, tais como farinha branca, batatas e arroz, são metabolizados em açúcar pelo corpo, e você irá perceber que estamos sentados em uma bomba-relógio dietética.
Assim, mesmo que você não sucumba a uma fatia de bolo em seu chá da tarde, uma proporção significativa de nós está consumindo até 40 colheres de chá de açúcar todos os dias, sem nem mesmo dar-se conta disso.
Enquanto isso, a gordura foi completamente demonizada. Nós somos orientados a beber leite desnatado, a tirar a pele crocante do frango, e a usar margarinas processadas, e não manteiga, muito embora estas gorduras naturais (da manteiga) sejam justamente o tipo que nosso corpo necessita para funcionar eficientemente.
Estou convencido que esta dieta alta em açúcar e pobre em gorduras tornou-se a causa dominante de morte no mundo ocidental - e não apenas devido ao fato de que o açúcar é uma das principais causas da epidemia de obesidade, mas também por ser um fator de risco independente para tantas doenças crônicas, que vão desde diabetes tipo 2 à doença cardíaca.
Pois, assim como desencadeia uma sobrecarga de insulina que pode ter impactos metabólicos catastróficos no corpo, o açúcar também parece tornar o colesterol mais inflamatório, e portanto mais danoso as artérias do coração.
Assim, não espanta que muitos de nós sintamo-nos letárgicos. Minhas próprias pesquisas, que levaram em conta numerosos estudos de todo o mundo, indicaram evidência científica convincente no sentido de cortar o açúcar e favorecer o aumento na ingestão de gordura.
Ainda assim, de forma preocupante, estes estudos são consistentemente desconsiderados ou ignorados pela maior parte dos médicos.
Neste quesito, nós, britânicos, estamos ficando atrás de nossos vizinhos. Até os americanos, que são tão frequentemente criticados por serem lentos no que tange as diretrizes dietéticas e que têm estatísticas de obesidade ainda mais alarmantes do que as nossas, estão à nossa frente no que diz respeito ao açúcar.
Em 2009 a American Heart Association publicou um artigo sublinhando os perigos do açúcar e recomendando um limite máximo diário para indivíduos saudáveis de não mais do que 9 colheres de chá para homens e 6 para mulheres.
Eu supus, então, que um limite superior seria implementado no Reino Unido também. Mas, quando fui verificar, tudo o que pude achar era uma diretriz que aceitava até 22 colheres de chá de açúcar ao dia. Fiquei pasmo!
Então, o que foi que eu fiz, frente a tanta orientação ruim? Exatamente o que estou recomendando que você faça: eu as ignorei, e transformei meus hábitos alimentares com minha própria revolução dietética, uma que vai completamente de encontro a todo o meu treinamento médico.
A dieta que eu sigo é fundamentalmente baixa em carboidratos e alta em gorduras saudáveis. Sendo assim, é diametralmente oposta às diretrizes dietéticas convencionais pelo mundo afora, mas está ganhando interesse e apoio médico e científico.
Trocar para uma dieta de baixo carboidrato e gorduras saudáveis significará comer menos carboidratos e uma porção maior de gordura do que você está acostumado.
Significa cortar o açúcar e os amidos (tais como grãos integrais, cereais, pão, massa, arroz e batatas) e colocar em ênfase em gorduras saudáveis, e ao mesmo tempo manter uma ingestão adequada de proteínas (peixe, carne, ovos e laticínios).
Significa comer alimentos in natura, cozinhar a partir dos mesmos, quando possível, focando-se em qualidade dos alimentos e no aporte nutricional da comida de verdade, ao contrário das versões processadas que tem infiltrado as dietas tipo Atkins, por exemplo.
Em uma típica dieta baseada em carboidratos, estes são convertidos em açúcar no sangue, que seu corpo queima como fonte de energia. Qualquer excesso de açúcar é convertido em gordura (sob o comando do hormônio insulina) e preferencialmente armazenado nesta forma.
Contudo, se você restringir seus os carboidratos a 50 gramas por dia ou menos, seu corpo não pode mais obter a energia de que necessita a partir dos açúcares, de modo que precisará usar outros combustíveis. E é aí que a gordura entra.
O corpo pode obter a energia que necessita a partir da gordura armazenada, e da gordura contida nos alimentos.
Uma dieta LCHF ("Low Carb, Healthy Fat", ou seja, baixo carboidrato e gordura saudável) alivia o corpo da tirania do vício no açúcar - os altos e baixos da glicose e da insulina. isto é uma excelente notícia para sua saúde, e também para sua silhueta.
Sem açúcar, você verá melhoras na sua pele, humor e concentração, além de uma redução nos desejos e, finalmente, a capacidade de perceber se o que você está sentindo é fome de verdade, ou se é apenas o desejo de comer doces.
Isso torna LCHF uma forma naturalmente simples de perder peso, porque o corpo precisa começar a utilizar gordura, retirando-a das áreas incômodas.
Eu cortei os carboidratos e radicalmente aumentei meu consumo de gorduras. Em resumo eu comia aquilo que me fazia sentir muito bem.
Hoje, eu trabalho para a NHS (National Health Service, o sistema de saúde inglês). Mas eu me encontro na posição peculiar de opor-me às diretrizes nutricionais que os médicos aprendem, e que espera-se que repitam para os pacientes, de que deveríamos reduzir a gordura, para perder peso e manter nossos corações saudáveis, e consumir mais carboidratos.
Este mantra tem sido cegamente defendido e repetido por profissionais de saúde, a despeito de numerosos estudos que confirmam que algumas gorduras são essenciais para nossa sobrevivência, e que consumir mais gorduras - não menos - é, na verdade, bom para você.
São estas orientações erradas que levaram o meu pobre paciente, recuperando-se de uma cirurgia cardíaca séria, a receber lixo processado carregado de açúcar, fornecido justamente pelas pessoas que deveriam ajudá-lo a se recuperar.
E eu creio que são estas mesmas orientações erradas que contribuíram, ao menos em parte, para que carboidratos processados e açúcares tornassem-se uma parte endêmica da dieta britânicas.
E não pense que apenas porque você não é do tipo que fica consumindo lanchinhos fora de hora, você estaria imune a tudo isso.
Qualquer um que coma qualquer coisa que venha em uma embalagem - de pão fatiado até molho de tomate - está em risco. A comida hoje em dia é cheia de açúcar escondido, a ponto de o açúcar estar presente em quase 80% de todos os alimentos processados.
Acrescente-se a isso o fato de que carboidrato simples, tais como farinha branca, batatas e arroz, são metabolizados em açúcar pelo corpo, e você irá perceber que estamos sentados em uma bomba-relógio dietética.
Assim, mesmo que você não sucumba a uma fatia de bolo em seu chá da tarde, uma proporção significativa de nós está consumindo até 40 colheres de chá de açúcar todos os dias, sem nem mesmo dar-se conta disso.
Enquanto isso, a gordura foi completamente demonizada. Nós somos orientados a beber leite desnatado, a tirar a pele crocante do frango, e a usar margarinas processadas, e não manteiga, muito embora estas gorduras naturais (da manteiga) sejam justamente o tipo que nosso corpo necessita para funcionar eficientemente.
Estou convencido que esta dieta alta em açúcar e pobre em gorduras tornou-se a causa dominante de morte no mundo ocidental - e não apenas devido ao fato de que o açúcar é uma das principais causas da epidemia de obesidade, mas também por ser um fator de risco independente para tantas doenças crônicas, que vão desde diabetes tipo 2 à doença cardíaca.
Pois, assim como desencadeia uma sobrecarga de insulina que pode ter impactos metabólicos catastróficos no corpo, o açúcar também parece tornar o colesterol mais inflamatório, e portanto mais danoso as artérias do coração.
Assim, não espanta que muitos de nós sintamo-nos letárgicos. Minhas próprias pesquisas, que levaram em conta numerosos estudos de todo o mundo, indicaram evidência científica convincente no sentido de cortar o açúcar e favorecer o aumento na ingestão de gordura.
Ainda assim, de forma preocupante, estes estudos são consistentemente desconsiderados ou ignorados pela maior parte dos médicos.
Neste quesito, nós, britânicos, estamos ficando atrás de nossos vizinhos. Até os americanos, que são tão frequentemente criticados por serem lentos no que tange as diretrizes dietéticas e que têm estatísticas de obesidade ainda mais alarmantes do que as nossas, estão à nossa frente no que diz respeito ao açúcar.
Em 2009 a American Heart Association publicou um artigo sublinhando os perigos do açúcar e recomendando um limite máximo diário para indivíduos saudáveis de não mais do que 9 colheres de chá para homens e 6 para mulheres.
Eu supus, então, que um limite superior seria implementado no Reino Unido também. Mas, quando fui verificar, tudo o que pude achar era uma diretriz que aceitava até 22 colheres de chá de açúcar ao dia. Fiquei pasmo!
Então, o que foi que eu fiz, frente a tanta orientação ruim? Exatamente o que estou recomendando que você faça: eu as ignorei, e transformei meus hábitos alimentares com minha própria revolução dietética, uma que vai completamente de encontro a todo o meu treinamento médico.
A dieta que eu sigo é fundamentalmente baixa em carboidratos e alta em gorduras saudáveis. Sendo assim, é diametralmente oposta às diretrizes dietéticas convencionais pelo mundo afora, mas está ganhando interesse e apoio médico e científico.
Trocar para uma dieta de baixo carboidrato e gorduras saudáveis significará comer menos carboidratos e uma porção maior de gordura do que você está acostumado.
Significa cortar o açúcar e os amidos (tais como grãos integrais, cereais, pão, massa, arroz e batatas) e colocar em ênfase em gorduras saudáveis, e ao mesmo tempo manter uma ingestão adequada de proteínas (peixe, carne, ovos e laticínios).
Significa comer alimentos in natura, cozinhar a partir dos mesmos, quando possível, focando-se em qualidade dos alimentos e no aporte nutricional da comida de verdade, ao contrário das versões processadas que tem infiltrado as dietas tipo Atkins, por exemplo.
Em uma típica dieta baseada em carboidratos, estes são convertidos em açúcar no sangue, que seu corpo queima como fonte de energia. Qualquer excesso de açúcar é convertido em gordura (sob o comando do hormônio insulina) e preferencialmente armazenado nesta forma.
Contudo, se você restringir seus os carboidratos a 50 gramas por dia ou menos, seu corpo não pode mais obter a energia de que necessita a partir dos açúcares, de modo que precisará usar outros combustíveis. E é aí que a gordura entra.
O corpo pode obter a energia que necessita a partir da gordura armazenada, e da gordura contida nos alimentos.
Uma dieta LCHF ("Low Carb, Healthy Fat", ou seja, baixo carboidrato e gordura saudável) alivia o corpo da tirania do vício no açúcar - os altos e baixos da glicose e da insulina. isto é uma excelente notícia para sua saúde, e também para sua silhueta.
Sem açúcar, você verá melhoras na sua pele, humor e concentração, além de uma redução nos desejos e, finalmente, a capacidade de perceber se o que você está sentindo é fome de verdade, ou se é apenas o desejo de comer doces.
Isso torna LCHF uma forma naturalmente simples de perder peso, porque o corpo precisa começar a utilizar gordura, retirando-a das áreas incômodas.
Eu cortei os carboidratos e radicalmente aumentei meu consumo de gorduras. Em resumo eu comia aquilo que me fazia sentir muito bem.
Isso não era nenhuma dieta rígida ou punitiva. Eu ainda posso me sentar e beber cálice de bom vinho tinto, com um suculento filé feito na manteiga. E adivinhe? Nunca me senti melhor. E minha saúde nunca esteve melhor também.
Tenho recomendado a todos os meus pacientes cardíacos que sigam este plano alimentar, que você poderá seguir facilmente com o guia de saúde e alimentação de Karen Thomson, que estará disponível na edição do The Daily Mail da semana que vem.
Então, como meus pacientes se saíram? Afinal, ao encorajá-los a aumentar o consumo de gordura, incluindo gorduras saturadas tais como manteiga, queijo e iogurte, eu tenho efetivamente promovido os chamados “venenos”, que lhes disseram que causaram os seus problemas cardíacos.
Felizmente, eu posso lhe dizer que suas vidas foram transformadas, e isso não é um exagero.
Meus pacientes saem do meu consultório com duas instruções simples: corte os carboidratos processados e o açúcar, e coma mais gordura. Eu os oriento a não seguir a dieta de baixa a gordura recomendada pelo governo.
Eu também digo a eles para evitar todos os alimentos que tenham “baixa gordura” escrito no rótulo, bem como “reduz o seu colesterol” e, ao invés disso, apenas comer comida de verdade, integral.
Para o espanto deles, o impacto na saúde pode ser impressionante. Um homem na faixa dos 50 anos perdeu 20 quilos em seis meses apenas eliminando o açúcar.
Tenho recomendado a todos os meus pacientes cardíacos que sigam este plano alimentar, que você poderá seguir facilmente com o guia de saúde e alimentação de Karen Thomson, que estará disponível na edição do The Daily Mail da semana que vem.
Então, como meus pacientes se saíram? Afinal, ao encorajá-los a aumentar o consumo de gordura, incluindo gorduras saturadas tais como manteiga, queijo e iogurte, eu tenho efetivamente promovido os chamados “venenos”, que lhes disseram que causaram os seus problemas cardíacos.
Felizmente, eu posso lhe dizer que suas vidas foram transformadas, e isso não é um exagero.
Meus pacientes saem do meu consultório com duas instruções simples: corte os carboidratos processados e o açúcar, e coma mais gordura. Eu os oriento a não seguir a dieta de baixa a gordura recomendada pelo governo.
Eu também digo a eles para evitar todos os alimentos que tenham “baixa gordura” escrito no rótulo, bem como “reduz o seu colesterol” e, ao invés disso, apenas comer comida de verdade, integral.
Para o espanto deles, o impacto na saúde pode ser impressionante. Um homem na faixa dos 50 anos perdeu 20 quilos em seis meses apenas eliminando o açúcar.
Ele não conseguia acreditar que esta mudança tão simples pudesse funcionar, quando as diretrizes dietéticas convencionais tinham falhado para ele durante quase toda a sua vida. Mas funcionou.
E ele não está sozinho. Eu recebi um e-mail, recentemente, de um homem com diabetes tipo 2 que havia lido uma matéria no jornal na qual eu havia falado das virtudes de consumir mais gordura.
Ele disse, horrorizando sua família, que havia começado a comer manteiga novamente, mas que estava cortando os carboidratos. Ele escrevia para agradecer, porque seus níveis de colesterol eram os melhores em muitos anos.
Uma paciente com cerca de 40 anos foi encaminhada para mim com pressão perigosamente alta. Depois de dois meses eliminando o açúcar e os carboidratos refinados, sua pressão sanguínea havia normalizado, e ela já não precisava mais de medicação.
A minha própria vida foi transformada também. Eu costumava ter uma queda por doces. Eu começava o dia com cereal matinal açucarado e suco de frutas; uma garrafa isotônico após academia; panini e uma barra de chocolate para almoço, e depois um grande prato de massa com curry, arroz e pão na janta.
Incrivelmente, dada a quantidade de comida que eu consumia, eu estava sempre com fome. Eu frequentemente comia uma fatia grande de bolo de chocolate para acalmar a fome antes de ir pra cama.
E ele não está sozinho. Eu recebi um e-mail, recentemente, de um homem com diabetes tipo 2 que havia lido uma matéria no jornal na qual eu havia falado das virtudes de consumir mais gordura.
Ele disse, horrorizando sua família, que havia começado a comer manteiga novamente, mas que estava cortando os carboidratos. Ele escrevia para agradecer, porque seus níveis de colesterol eram os melhores em muitos anos.
Uma paciente com cerca de 40 anos foi encaminhada para mim com pressão perigosamente alta. Depois de dois meses eliminando o açúcar e os carboidratos refinados, sua pressão sanguínea havia normalizado, e ela já não precisava mais de medicação.
A minha própria vida foi transformada também. Eu costumava ter uma queda por doces. Eu começava o dia com cereal matinal açucarado e suco de frutas; uma garrafa isotônico após academia; panini e uma barra de chocolate para almoço, e depois um grande prato de massa com curry, arroz e pão na janta.
Incrivelmente, dada a quantidade de comida que eu consumia, eu estava sempre com fome. Eu frequentemente comia uma fatia grande de bolo de chocolate para acalmar a fome antes de ir pra cama.
Eu comecei a revolução da minha dieta simplesmente cortando o açúcar, os carboidratos refinados, pão branco, doces, massa e arroz, e sendo mais generoso com o uso do azeite de oliva, nozes e sementes.
Então, 18 meses atrás, eu parei de comer pão completamente, até mesmo integral, e reduzi meu consumo de vegetais ricos em amidos, tais como batatas e leguminosas (“pulses”, isto é, coisas que crescem em vagens, tais como feijão e lentilha).
Arroz feito de couve-flor e espaguete de abobrinha são minhas opções hoje em dia. Minha alimentação lembra mais uma dieta mediterrânea ou grega, que tem evidência científica rica enquanto base para uma boa saúde. Eu aumentei radicalmente meu consumo de gorduras saturadas, porque tenho certeza que elas protegem meu coração, e não o atacam. Afinal, os alimentos mais naturais e nutritivos disponíveis - carne, peixe, ovos, laticínios, nozes, sementes, azeitonas e abacate - todos contêm gorduras saturadas.
Assim, hoje em dia, eu com um omelete de dois ou três ovos, cheio de vegetais, como café da manhã ou almoço, juntamente com um punhado de nozes.
Eu reforço meu café uma porção de manteiga ou com uma colher de sopa de óleo de coco para manter a minha saciedade por mais tempo.
Eu despejo azeite de oliva extra virgem generosamente nas minhas saladas e vegetais. De fato, eu tenho como objetivo consumir pelo menos quatro colheres de sopa de azeite de oliva todos os dias, pois os estudos mostram que isso é excelente para o coração. Ah, sim, eu aprecio um cálice de vinho tinto também.
Embora as pessoas pensem que sucos de frutas e smoothies sejam saudáveis, na verdade eles são apenas um pouco melhores do que açúcar líquido. Assim, ao contrário, eu consumo frutas vermelhas (berries) juntamente com meu café da manhã baseado em ovos e, uma vez por dia, uma maçã de sobremesa após a janta.
Ao fim e ao cabo, eu não poderia me sentir melhor. Antigamente, eu tinha uma barriguinha que insistia em resistir às tentativas de perder peso a despeito de um regime de exercícios diários.
Agora, aos 38 anos, peso 6 quilos a menos do que pesava 5 anos atrás.
A gordura da barriga desapareceu, embora eu me exercite muito menos do que eu costumava me exercitar. Por quê? Bem, quando você come uma dieta baseada em carboidratos, os carboidratos e os açúcares são convertidos em açúcar no sangue. Qualquer excesso de açúcar que não seja usado para energia é convertido em gordura. Entretanto, se você restringir seus carboidratos, seu corpo terá que utilizar outro combustível, e este combustível vem dos estoques de gordura do seu corpo.
Além destes benefícios, a vida é muito mais simples quando você não está distraído por desejos e pelo roncar do estômago que o consumo de açúcar e carboidratos processados gera. De fato, os carboidratos induzem comportamentos alimentares que lembram vício.
Então, 18 meses atrás, eu parei de comer pão completamente, até mesmo integral, e reduzi meu consumo de vegetais ricos em amidos, tais como batatas e leguminosas (“pulses”, isto é, coisas que crescem em vagens, tais como feijão e lentilha).
Arroz feito de couve-flor e espaguete de abobrinha são minhas opções hoje em dia. Minha alimentação lembra mais uma dieta mediterrânea ou grega, que tem evidência científica rica enquanto base para uma boa saúde. Eu aumentei radicalmente meu consumo de gorduras saturadas, porque tenho certeza que elas protegem meu coração, e não o atacam. Afinal, os alimentos mais naturais e nutritivos disponíveis - carne, peixe, ovos, laticínios, nozes, sementes, azeitonas e abacate - todos contêm gorduras saturadas.
Assim, hoje em dia, eu com um omelete de dois ou três ovos, cheio de vegetais, como café da manhã ou almoço, juntamente com um punhado de nozes.
Eu reforço meu café uma porção de manteiga ou com uma colher de sopa de óleo de coco para manter a minha saciedade por mais tempo.
Eu despejo azeite de oliva extra virgem generosamente nas minhas saladas e vegetais. De fato, eu tenho como objetivo consumir pelo menos quatro colheres de sopa de azeite de oliva todos os dias, pois os estudos mostram que isso é excelente para o coração. Ah, sim, eu aprecio um cálice de vinho tinto também.
Embora as pessoas pensem que sucos de frutas e smoothies sejam saudáveis, na verdade eles são apenas um pouco melhores do que açúcar líquido. Assim, ao contrário, eu consumo frutas vermelhas (berries) juntamente com meu café da manhã baseado em ovos e, uma vez por dia, uma maçã de sobremesa após a janta.
Ao fim e ao cabo, eu não poderia me sentir melhor. Antigamente, eu tinha uma barriguinha que insistia em resistir às tentativas de perder peso a despeito de um regime de exercícios diários.
Agora, aos 38 anos, peso 6 quilos a menos do que pesava 5 anos atrás.
A gordura da barriga desapareceu, embora eu me exercite muito menos do que eu costumava me exercitar. Por quê? Bem, quando você come uma dieta baseada em carboidratos, os carboidratos e os açúcares são convertidos em açúcar no sangue. Qualquer excesso de açúcar que não seja usado para energia é convertido em gordura. Entretanto, se você restringir seus carboidratos, seu corpo terá que utilizar outro combustível, e este combustível vem dos estoques de gordura do seu corpo.
Além destes benefícios, a vida é muito mais simples quando você não está distraído por desejos e pelo roncar do estômago que o consumo de açúcar e carboidratos processados gera. De fato, os carboidratos induzem comportamentos alimentares que lembram vício.
Quando sua dieta é predominantemente baseada em carboidratos refinados, a habilidade do corpo de reconhecer que já está abastecido de energia é prejudicada, pois o açúcar interfere com os sinais da saciedade.
Então, se os ensinamentos nutricionais que eu recebi na faculdade de medicina estivessem corretos, hoje em dia eu deveria ser uma bomba relógio ambulante, com níveis de colesterol elevadíssimos e doença cardíaca avançado.
Mas eu faço checkups regulares, e nunca estive tão saudável. Eu estou convencido de que minha dieta está protegendo-me contra doença cardíaca, envelhecimento precoce, câncer e demência.
Novos estudos que dão suporte a minha revolução alimentar são publicados todos os dias. Justamente esta semana, pesquisas importantes da Universidade de Tufts, perto de Boston, nos Estados Unidos, indicaram que mesmo uma colher de sopa cheia de manteiga todos os dias não aumenta o seu risco de doença cardíaca - o que é mais uma prova de que a demonização da gordura por décadas foi um erro.
Desde que você corte o açúcar e os carboidratos refinados, a manteiga pode sem dúvida ser parte de uma dieta saudável. Eu provavelmente consumo sozinho um tablete inteiro de manteiga a cada 4 dias. Não admira que eu tenha encontrado bastante resistência a esta minha posição.
E, a despeito de toda a evidência, os “guias de alimentação saudável” deste país permanecem imutáveis, algo que eu creio ser no mínimo escandaloso.
Então, por que todos os médicos ainda não estão recomendando este plano para seus pacientes?
As rodas da burocracia movem-se de forma muito lenta, e muito das diretrizes dietéticas estabelecidas incorporam o interesse comercial das grandes indústrias alimentícias. Você não pode deixar de observar que comida processada de baixa gordura gera grandes negócios.
Mas o que poderíamos esperar quando os jogos Olímpicos de Londres de 2012, a maior celebração de fitness e saúde neste país em décadas, foi patrocinado pela Coca-Cola e pelo McDonald's?
Enquanto organizações influentes tais como o British Nutrition Foundation tiverem um corpo de membros que lembra o “quem é quem” da indústria do açúcar - Coca-Cola, Kellogg’s, McDonald’s, Nestle e Pepsi entre eles e a British Dietetic Association continue a promover sucos de fruta como parte de uma dieta balanceada, eu receio que ainda vai levar um bom tempo antes que as diretrizes mudem.
Mas elas precisam mudar. Eu ajudei a produzir um documentário, “The Big Fat Fix”, que explica como cortar o açúcar e comer gorduras saudáveis pode aumentar nossa longevidade. Ele deverá estrear nas próximas semanas. Vamos ver se isso ajuda.
Neste meio tempo eu peço a você junte-se à minha revolução alimentar. Você simplesmente se sentirá melhor do que nunca.
Então, se os ensinamentos nutricionais que eu recebi na faculdade de medicina estivessem corretos, hoje em dia eu deveria ser uma bomba relógio ambulante, com níveis de colesterol elevadíssimos e doença cardíaca avançado.
Mas eu faço checkups regulares, e nunca estive tão saudável. Eu estou convencido de que minha dieta está protegendo-me contra doença cardíaca, envelhecimento precoce, câncer e demência.
Novos estudos que dão suporte a minha revolução alimentar são publicados todos os dias. Justamente esta semana, pesquisas importantes da Universidade de Tufts, perto de Boston, nos Estados Unidos, indicaram que mesmo uma colher de sopa cheia de manteiga todos os dias não aumenta o seu risco de doença cardíaca - o que é mais uma prova de que a demonização da gordura por décadas foi um erro.
Desde que você corte o açúcar e os carboidratos refinados, a manteiga pode sem dúvida ser parte de uma dieta saudável. Eu provavelmente consumo sozinho um tablete inteiro de manteiga a cada 4 dias. Não admira que eu tenha encontrado bastante resistência a esta minha posição.
E, a despeito de toda a evidência, os “guias de alimentação saudável” deste país permanecem imutáveis, algo que eu creio ser no mínimo escandaloso.
Então, por que todos os médicos ainda não estão recomendando este plano para seus pacientes?
As rodas da burocracia movem-se de forma muito lenta, e muito das diretrizes dietéticas estabelecidas incorporam o interesse comercial das grandes indústrias alimentícias. Você não pode deixar de observar que comida processada de baixa gordura gera grandes negócios.
Mas o que poderíamos esperar quando os jogos Olímpicos de Londres de 2012, a maior celebração de fitness e saúde neste país em décadas, foi patrocinado pela Coca-Cola e pelo McDonald's?
Enquanto organizações influentes tais como o British Nutrition Foundation tiverem um corpo de membros que lembra o “quem é quem” da indústria do açúcar - Coca-Cola, Kellogg’s, McDonald’s, Nestle e Pepsi entre eles e a British Dietetic Association continue a promover sucos de fruta como parte de uma dieta balanceada, eu receio que ainda vai levar um bom tempo antes que as diretrizes mudem.
Mas elas precisam mudar. Eu ajudei a produzir um documentário, “The Big Fat Fix”, que explica como cortar o açúcar e comer gorduras saudáveis pode aumentar nossa longevidade. Ele deverá estrear nas próximas semanas. Vamos ver se isso ajuda.
Neste meio tempo eu peço a você junte-se à minha revolução alimentar. Você simplesmente se sentirá melhor do que nunca.
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