Carboidratos multiplicaram as doenças cardíacas nos esquimós, dizem estudos.
Por: Caio Fleury
Estudos demonstram que a dieta nativa dos esquimós era extremamente rica em gorduras e em proteínas, representando mais de 55% da dieta e 35% respectivamente, enquanto a dieta moderna dos esquimós na mesma época trazida a eles através do homem branco consistia em 47% das calorias na forma de carboidratos. Resumidamente, a dieta tradicional deles consistia em menos de 5% das calorias na forma de carboidratos enquanto a dieta do esquimó moderno consistia em 47%.
O cientista chamado Gottman AW. descobriu a verdadeira incidência de doenças cardiovasculares nos Esquimós do Alaska, realizando um exame de autópsia “post mortem” na década de 50, descobrindo que 5,8% dos esquimós morriam de doenças do coração nesta época, com relação a 30,6% dos americanos com a mesma expectativa de vida que tiveram casos ateroscleróticos no coração, aorta ou cérebro.
Chocante? Você não viu os dados de câncer e diabetes ainda. Mas antes saiba que no caso de mortes por doença do coração por isquemia, as autópsias demonstraram que os esquimós nativos tinham 1/15 a 1/18 menos incidência comparado com os americanos na década de 50 e começo da década de 60.
Em mais detalhes, apenas 1% dos esquimós do Alasca morriam de doenças do coração por isquemia, com relação a 18,4% dos americanos no começo da década de 50 e 30% dos americanos em 1964.
Na década de 50 praticamente não há relatos de diabetes nos esquimós tradicionais, com apenas 5 diagnósticos feitos em 8 hospitais no Alasca. E os dados estatísticos mais importantes do governo relatam apenas 35 mortes por diabetes entre 1919 e 1951.
Não foi por coincidência que, enquanto o consumo de carboidratos aumentou em 50% durante a década de 60, a incidência de diabetes triplicou simultaneamente, nos nativos do Alaska.
Os dados estatísticos do governo demonstram que a correlação é exclusivamente com os carboidratos, pois houve redução calórica nesta década durante a transição de uma alimentação natural para um padrão de consumo moderno. Foi calculado o consumo de 3000 calorias por dia nos esquimós com dietas tradicionais, comparado com 2000 dos esquimós que seguiam a dieta ocidental alta em carboidratos (47% das calorias)
O câncer também foi analisado por outros estudos que constataram uma incidência de mais de 10 vezes superior nos homens brancos antes da década de 60 nos esquimós, comparado com o homem branco com sua dieta ocidental na mesma época. Veja o gráfico abaixo e depois a conclusão geral dos estudos.
A incidência de câncer em regiões diferentes (esquimós representados nas barras vermelhas e o homem branco nas barras azuis)
Conclusão geral dos estudos:
The traditional Alaskan Inuit diet consisted of less 10% of total calories as carbohydrate. Even with the introduction of sugar, early on, the total intake would have been less than 5% of total calories. Nowadays, however, sugar-sweetened beverages are the main sources of calories in Alaskan natives14 with added sugars making up 20% of the total caloric intake compared with 14% of calories consumed in general US population.15 16 Importantly, a higher intake of low-nutrient-dense carbohydrates is associated with a higher rate of type 2 diabetes in Alaskan natives.17 The evidence suggests that an increase in the intake of refined carbohydrates and sugar may have contributed to the health decline of the Alaskan Inuit. Thus, a reduction in the intake of refined carbohydrates and sugar may drastically improve the health of Alaskan natives.”
“Conclusão do estudo:
A dieta tradicional dos esquimós do Alasca consistia em menos 10% das calorias totais como carboidratos. Mesmo com a introdução de açúcar, no início, a ingestão total foi inferior a 5% do total de calorias. Hoje em dia, no entanto, as bebidas açucaradas são as principais fontes de calorias nos nativos do Alasca, com açúcares adicionados representando 20% da ingestão calórica total, em comparação com 14% das calorias consumidas na população geral dos EUA. O consumo mais alto de carboidratos de baixo valor nutritivo está associado a uma maior taxa de diabetes tipo 2 em nativos do Alasca. As evidências sugerem que um aumento na ingestão de carboidratos refinados e açúcar contribuiu para o declínio da saúde dos esquimós do Alasca. Assim, uma redução na ingestão de carboidratos refinados e açúcar pode melhorar drasticamente a saúde dos nativos do Alasca.”
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