Sobre cocos e colesterol!
SOBRE COCO, GORDURA SATURADA E TAXAS DE COLESTEROL
Colesterol e cocos
Dr. Ian Prior e sua equipe de Wellington, Nova Zelândia, estudaram a população das Ilhas de Tokelau e dos atóis de Pukapuka,4 onde a comida principal é feita a base de cocos, preparados de vários modos.
Frutos do mar e galinha também estão no cardápio. Cocos
contêm grandes quantias de gordura. Ao contrário da maioria dos outros
tipos de gordura de vegetais, o coco é alto em ácidos graxos saturados.
Na realidade, a gordura de coco é mais saturada que a gordura animal.
Nas Ilhas de Tokelau a quantia de gordura saturada era
quase duas vezes que a de Pukapuka que já é mais elevada que nos EUA,
enquanto o consumo de óleos poliinsaturados era baixo em ambas as ilhas.
Os cientistas confirmaram que os polinésios realmente
comem esta grande quantia de ácidos graxos saturados analisando a
gordura sob sua pele. Eles removeram um pouco desta gordura com uma
seringa e encontraram em seu conteúdo ácidos graxos saturados em quantia
duas vezes maior que o dos ocidentais. Também, as galinhas que os
insulanos do Pacífico comem têm um conteúdo alto de ácidos graxos
saturados em sua gordura, provavelmente porque elas também consomem uma
quantia considerável de coco.
O colesterol dos Tokelaus era mais alto que isso dos
habitantes de Pukapuka, como esperado de acordo com a idéia de dieta
cardíaca, mas era pelo menos 20 por cento menor do que deveria ter sido
se os cálculos de Dr. Keys estivessem corretos.
Mas a parte mais interessante deste estudo se tornou
aparente mais tarde. Em 1966, um tornado arrancou um grande número dos
coqueiros das ilhas. Os atóis já não puderam alimentar seus habitantes, e
mil Tokelaus migraram para Nova Zelândia. A Nova Zelândia mudou de
forma marcante suas dietas; a quantia de calorias a partir de gordura
saturada ficou cortada pela metade enquanto a entrada de gordura
poliinsaturada aumentou relativamente5.
Aqui estava uma oportunidade perfeita para provar a
hipótese da dieta cardíaca, mas os resultados desta mudança “favorável”
na dieta não cumpriram as expectativas. Em vez de baixar como esperado, o
colesterol dos Tokelaus aumentou em aproximadamente 10%, como mostrado
na tabela a seguir:
Proporção de energia
a partir de:
|
TOKELAU
|
NOVA ZELÂNDIA
|
Gordura Saturada:
|
45 %
|
21 %
|
Gordura poli-insaturada
|
03 %
|
04 %
|
Colesterol Sangue:
|
||
Homens 45-54 anos
|
195
|
219
|
Mulheres 45-54 anos
|
213
|
225
|
Tabela 3A. Percentual de gordura dos
alimentos para os habitantes Tokelau (na sua terra) e imigrantes
Tokelau na Nova Zelândia, e seus níveis de colesterol.
Assim, algo no ambiente ou no estilo de vida na Nova
Zelândia teve um grande impacto no Tokelaus a ponto dos níveis de
colesterol aumentarem, embora o consumo de gordura saturada estivesse
reduzido pela metade.
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