Raquitismo e Osteomalácia
Artigo traduzido por Hilton Sousa. O original está aqui.
por Barry Groves
Raquitismo
Raquitismo
é uma doença infantil na qual os ossos não se solidificam inteiramente e
são mal-formados. Ela é causada por uma deficiência de cálcio e
vitamina D. No registro arqueológico, raquitismo é raro ou ausente em
esqueletos humanos pré-agriculturais, mas comum em sociedades
industrializadas. No século XIX e início do XX, raquitismo era tão comum
nas áreas mais pobres da Inglaterra que era chamado de "Doença
Inglesa".
Os estudos iniciais mostraram que o raquitismo era causado por comer
pães integrais e ricos em farelo. Isso acontecia porque um químico
chamado fitato, encontrado no farelo, era capaz de ligar-se ao cálcio
de maneira que esse não poderia ser absorvido pelo intestino [1].
Com o advento de uma nutrição melhor nos anos 1930, o raquitismo
desapareceu em grande parte, não apenas da Inglaterra mas de outros
países industrializados.
Entretanto, não era para durar. Desde a introdução da "dieta saudável"
com sua ênfase no aumento da ingestão de cereais e comidas ricas em
fibras, o raquitismo retornou [2].
A falta de vitamina D é outra grande causa. Há muito pouca vitamina D em
qualquer alimento; nossa maior fonte de vitamina D é a luz solar. As
restrições modernas sobre não tomar sol e usar protetor quando
estivermos expostos, também contribuem enormemente para o retorno do
raquitismo [3].
Osteomalácia
Osteomalácia é a contraparte adulta do raquitismo. Nela, os ossos
tornam-se amolecidos devido tanto à insuficiência de vitamina D pela
falta de luz solar, quanto pela insuficiência de cálcio na dieta. Se não
for tratada rapidamente, a condição pode ser irreversível. Assim como
com o raquitismo, exposição regular à luz solar e restrição do farelo
podem ser tratamentos efetivos para osteomalácia.
Não é surpresa que tanto o raquitismo quanto a osteomalácia sejam muito
mais comuns entre imigrantes asiáticos em países como o Reino Unido. Com
uma dieta primariamente vegetariana, asiáticos são muitos propensos a
serem deficientes em cálcio; e a pele mais pigmentada, selecionada para
lidar com climas mais ensolarados, também reduz dramaticamente a
quantidade de vitamina D que conseguem absorver da luz solar mais fraca
do Reino Unido.
Conclusão
Tanto adultos quanto crianças devem evitar alimentos ricos em fibra,
particularmente de cereais e farelos. É igualmente importante que tanto
adultos quanto crianças exponham-se ao sol regularment edurante os meses
de verão (março a setembro) (N.T.: lembre-se que o autor vivia no
hemisfério norte ;-), ao meio-dia, sem protetor solar. 10 ou 15 minutos
por dia podem ser tudo o que é necessário. Se isso não for prático, ou
se você tiver pele escura, então suplementos de vitamina D são uma
necessidade. Dito isso, as 400 UI de vitamina D, que é a dose diária
recomendada, são totalmente inadequadas; 4000 UI está mais perto da
marca.
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