Tontura e surdez - também se trata com a alimentação?
TONTURA E PERDA DE AUDIÇÃO -
DIETA LOW CARB PODE SER UMA ÓTIMA OPÇÃO
(Texto original do blog)
Naturalmente, sabemos que a insulina é um hormônio
chave. Um personagem onipresente na química da vida e da morte para o
ser humano. O tema resistência à insulina é amplamente discutido na
esfera da endocrinologia, cardiologia, gastroenterologia e outras
especialidades médicas. Mas nem sempre é lembrada em um capítulo
importante na clínica diária: as tonturas, o zumbido e outros problemas
relacionados com a audição.
Eis que chegamos a um artigo de 1995! Sim, com quase 20 anos. E qual o seu título?
“Hiperinsulinemia: o denominador comum do tinnitus
(SIT, ou Tinnitus Subjetivo Idiopático = zumbido, sem causa
esclarecida), e de outras desordens neuro-otológicas centrais e
periféricas.
(Hyperinsulinemia: the common denominator of
subjective idiopathic tinnitus and other idiopathic central and
peripheral neurootologic disorders LINK).
Basicamente o estudo relata que a hiperinsulinemia, tal
como definido por tolerância à glicose / insulina foi identificada ter
uma relação etiológica na doença idiopática de Ménière. Isso foi
posteriormente reconhecido internacionalmente por outros. Investigadores
identificaram a hiperinsulinemia na SIT - o zumbido idiopático
subjetivo. Hiperinsulinemia e enxaqueca com zumbido e / ou vertigem
também foram correlacionados.
Os resultados desse estudo com vários pesquisadores foi
que a hiperinsulinemia foi considerada como o principal fator
etiológico representando entre 84% a 92% nos distúrbios neurootológicos
idiopáticos. Isso inclui não apenas o zumbido, como a vertigem, a
hipoacusia e a Síndrome de Ménière clássica. Outro pesquisador -
Updegraff - identificou a hiperinsulinemia em seus estudos de enxaqueca.
Independentemente das investigações houve relato de alívio dramático e
sustentada resposta terapêutica médica com o cumprimento da terapia
nutricional, o que não foi comparável às outras modalidades
(terapêuticas).
Em outro artigo, as pesquisadoras relatam que a
associação entre problemas auditivos e questões metabólicas datam de
1864, quando ficava claro que pessoas com diabetes tinham mais problemas
com a acuidade auditiva. (LINK do artigo).
Em um site que versa apenas sobre tinnitus (LINK) é citado que até 90% dos pacientes apresentam taxas elevadas de insulina (Several
clinical studies have demonstrated that approximately 90% of patients
with tinnitus have a condition called hyperinsulinemia. )
"A participação significativa de perturbações do
metabolismo dos hidratos de carbono na gênese de doenças
cocleovestibulares é inegável [14,15]. Mais de metade dos doentes com
síndrome de Ménière têm algum grau de disfunção homeostase de hidratos
de carbono [16,17]” - é uma das afirmações da publicação de 2005,
intitulada: Glucose and Insulin Profiles and Their Correlations in
Ménière's Disease (Perfis de glicose e insulina e suas correlações com a
Síndrome de Menière).
Nesse estudo os autores são enfáticos na análise do
perfil da insulina, na pesquisa de curva de insulina, e não ficarmos
presos ao exame de praxe que é taxa de glicemia de jejum, ou mesmo a
curva de glicemia.
Parece evidente que é importante entender que os
distúrbios metabólicos, que compõe o vasto leque da síndrome metabólica,
não precisam apresentar taxas alteradas de glicemia num primeiro
momento.
Todos esses estudos citam que as alterações da insulina
são muito mais precoces que as alterações glicêmicas (taxas de glicose
no sangue). Desse modo pessoas que apresentam sintomas que envolvam o
VIIIº par craniano (o nervo vestíbulo-coclear), desde o zumbido e perda
de audição, e não estejam considerando as questões nutricionais podem
ter grandes dificuldades de algum resultado terapêutico eficiente. Aliás
é reconhecido a grande dificuldade de melhora com qualquer tipo de
abordagem medicamentosa nesses casos.
É curioso perceber a o número cada vez maior de pessoas que tem apresentado sintomas dessa natureza na prática e consultório.
Também aqui a proposta de nutrição com baixo teor de carboidratos pode ser a melhor alternativa.
Vale a dica, considerando que a maioria daqueles que
estão lendo conhecem algum familiar ou amigo com esse tipo de sintoma.
Reduzir carbos - quem pensaria nisso como tratamento, não?
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