terça-feira, 24 de novembro de 2015

Será que o mel é bom ou ruim?

Será que o mel é bom ou ruim?

O mel é uma substância fantástica, requerendo um processo de fabricação sofisticado que passa desapercebido.
É necessário cerca de 60 mil abelhas viajando coletivamente, visitando cerca de 2 milhões de flores, para produzir o néctar contido em 2 kg de mel.
Há uma grande variedade de mel, cada um com cor e sabor único que depende da fonte geradora do néctar.

É um adoçante saudável?

Tem sido usado como adoçante natural desde o século 16, na Grécia antiga.
O mel deve ser consumido com muita moderação, pois é rico em frutose, sendo que cada colher de chá de mel tem em média 4 gr de frutose.
Vale lembrar que a quantidade máxima de frutose que se deve consumir por dia é cerca de 25 gr de frutose, e nos indivíduos acima do peso, diabéticos, hipertensos ou com o colesterol elevado, deve se evitar o mel pela alta concentração de frutose, pode causar ou estimular a resistência a insulina, caso consumido em excesso. Aconselho não consumir mais que uma colher de chá por dia!
Porém tenha em mente que nem todo mel é criado igual, havendo muito mel disponível que é altamente processado (cerca de 75% que está no mercado) o que destrói duas propriedades anti-bacterianas e terapêuticas.

Propriedades terapêuticas do mel

O mel também tem suas boas notícias. Veja a lista de indicações  terapêuticas do produto:
            Contra a tosse: Como o mel é demulcente, ele funciona como uma substância que alivia irritação na boca e garganta, formando uma película protetora. Ele atua perfeitamente no alívio da tosse e de dificuldade respiratória, especialmente em crianças com infecções do trato respiratório superior.
            Herpes: Pode ser usado localmente na lesão, pois age drenando o liquido da ferida e suprime o crescimento de microrganismos, pois quando em contato com a lesão, o mel libera peróxido de hidrogênio.
Segundo estudo comparativo com a pomada de Aciclovir, o mel apresenta melhores resultados, principalmente no tempo de recuperação. Nos casos de herpes labial, o mel age com 43% mais eficiência, e 59% melhor no herpes genital. Porém, lembre-se que nem o mel nem o Aciclovir curam herpes, ele só tratam os sintomas.
            Alergias da estação: O mel só tem eficiência nas alergias se for usado na região onde é produzido, pois os esporos de pólen contidos no mel liberam um estímulo imunológico natural causando uma resposta de defesa para alergias de plantas locais. O mel de outros lugares não funciona.
Mas outro estudo mostra um resultado conflitante. Ele promove uma  redução de mais de 50% de sintomas alérgicos, e, portanto, de 50% menos uso de anti-histamínico em comparação com o grupo de controle.
            Cicatrização de feridas: Por ter propriedades antibacterianas, antifúngica e antioxidante, o mel atua também no tratamento de feridas, sendo atualmente muito conhecido por essa ação.
            Energético: É um energético de ação rápida, podendo ser usado antes ou após o treino de longa duração.
            Dermatite seborréica: O uso do mel com um pouco de água morna aplicada no couro cabeludo, age melhorando esse problema, porém é necessário a aplicação em dias alternados e pode levar até 30 dias para a reparação do problema.
Além disso, por ser humectante, ele pode ser usado em produtos de higiene pessoal como cremes, shampoos e condicionadores.
            Ação prebiótica: O mel é um estimulante do crescimento de boas bactérias no trato digestivo, melhorando a ecologia intestinal.
            Ação antioxidante: O mel contém nutrientes que agem na atividade metabólica neutralizando a geração de radicais livres.
Referências Bibliográficas:
  •  Tropical Doctor, October 2000;30:249-250
  •  Med Sci Monit, 2004;10(8):MT94-MT98
  •  Nutrition, 1999;15(7/8):591-592
  • Journal of Allergy and Clinical Immunology, 1996;97(1):65-73.
  • J Med Food, 2004;7(2):210-222
  • Pharmazie, 2001;56(8):643-647
  • American Journal of Dentistry, December, 1996;9(6):236-239

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