segunda-feira, 11 de abril de 2016

Insulina elevada e as doenças crônicas comprovadamente relacionadas

Insulina elevada e as doenças crônicas comprovadamente relacionadas



Do câncer às demências:
A DOENÇA CRÔNICA E A INSULINA ELEVADA

Em breve devo colocar a tradução ou um resumo de um excelente artigo publicado na última edição de 2015 da revista Diabesity - com um título muito interessante: Hiperinsulinemia; unificando uma teoria para a doença crônica. 
Mas, a tabela abaixo já é uma síntese bem ilustrativa do artigo.
As enfermidades ilustradas abaixo possuem um bom conjunto de evidências que permite estabelecer sua relação com as taxas (cronicamente elevadas) de insulina. Naturalmente sempre quando imaginamos taxas altas de insulina devemos conceber que há uma taxa elevada de glicose no sangue. Sem qualquer dúvida, isso pode ter óbvia relação com insumos para essas taxas elevadas de glicose: o consumo de carboidratos. 
Não seria exagero imputar, com um bom grau de precisão, que a alimentação onde os carboidratos sejam uma porção expressiva de sua composição, como aquela baseada pela pirâmide alimentar habitualmente divulgada por organismos tradicionais de promoção de saúde,  possa ser o fator primordial das doenças listadas abaixo.  


Sistema Biológico


Doença

Mecanismo

Direto/Indireto








Câncer






Câncer de mama, ovários, cólon, bexiga, pâncreas, fígado
Estímulo ao fator de crescimento semelhante a insulina IGF-1 o que leva a crescimento e multiplicação celular

Estimula reaproveitamento da glicose o que estimula o crescimento e multiplicação celular

Aumenta a produção de espécies reativas de oxigênio o que causa dano do DNA e enzimas envolvidas nos mecanismos de reparação (estimulado pela hiperglicemia).
Aumento na produção de Hormônios sexuais e redução da SHBG (globulina ligadora de hormônios sexuais) que promove aumento do crescimento e proliferação celular (reforço pela obesidade).
Direto





Ambos




Indireto





Direto











Circulatório


Aterosclerose











Cardiomiopatia











Disfunção de endotélio








Trombose




Dano de parede arterial pela inflamação, aumento da proliferação e migração de células de músculo liso arterial. Estimulação da via da proteína-quinase ativada por mitógeno (MAP)

Doença microvascular, incluindo mudanças na permeabilidade capilar, formação de micro-aneurismas, vasoconstrição e microtrombos.

Estímulo da fibrose miocárdica por aumento de espécies reativas de oxigênio, desregulando a produção de colágeno

Neuropatia diabética causa mudanças nas catecolaminas, com consequentes prejuízos na função miocárdica


Vasoconstrição  e efeitos pro-ateroscleróticos por redução da biodisponibilidade e ação do óxido nitroso e aumento do tromboxano

Estímulo pelo aumento de espécies restivas de oxigênio e produtos finais da glicação

Hiperinsulinemia causa aumento de fibrinólise enquanto que a hiperglicemia provoca aumento da coagulabilidade do sangue

Ambos













Ambos











Ambos









Indireto





Gastrointestinal



Diabete Gestacional


Diabete Tipo 2






Hipertrigliceridemia


Esteatose (Gordura de fígado não alcoólica)



Resistência insulínica pré-existente ou aumento da demanda de insulina

Resistência insulínica prolongada resultando em falência das células beta do pâncreas. Regulação reduzida do transportadores de glicose 4 (GLUT-4)

Aumento na produção de triglicerídeos

A produção de ácidos graxos supera a capacidade de distribuição. Agravado pela inflamação e stress oxidativo.

Direto



Direto





Direto


Direto






Endócrino



Inflamação crônica


Obesidade
Estimulo da rota da proteína-quinase ativada por mitógeno (MAP)

Lipólise reduzida

Supressão da perda de apetite


Indireta


Direta

Direta






Sistema nervoso











Alzheimer e demência vascular









Neuropatia periférica






Retinopatia

Disfunção de endotélio resultando em doença microvascular, distúrbios metabólicos e dano neurológico

Aumento na coagulabilidade e/ou fibrinólise origina múltiplos eventos trombóticos

Modificação na regulação da beta-amilóide e proteína Tau (Alzheimer)

Redução na plasticidade sináptica pela desregulação das interações PSA-NCAM (Alzheimer)

Aumento na produção de espécies reativas de oxigênio a produtos finais da glicação promovidos pela hiperglicemia

Resistência à insulina em neurônios dos gânglios dorsais

Hiperglicemia e a disfunção endotelial contribuem para a quebra da barreira sangue-retina. Agravada pelos produtos finais de glicação.


Direto




Ambos



Direto



Direto





Indireto



Ambos


Direto

Esqueleto


Osteoporose
O aumento das espécies reativas de oxigênio e a hiperglicemia provocam a quebra do colágeno, prejudica a síntese de colágeno novo e compromete as células mesenquimais


Indireto

Aparelho urinário



Nefropatia
A doença microvascular incluindo as mudanças na permeabilidade capilar, formação de micro-aneurismas, vasoconstrição e micro-trombos

Aumento na produção de espécies reativas de oxigênio e produtos finais da glicação aumentados pela hiperglicemia

Direto






Direto



O artigo original se encontra nesse link AQUI

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